Imaculado

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Certo, pessoal, vou dar a vocês a opinião sincera da Magenta - disse a ruiva, enchendo mais um copo com uma bebida barata em um bar sombrio na Ilha dos Perdidos

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Certo, pessoal, vou dar a vocês a opinião sincera da Magenta - disse a ruiva, enchendo mais um copo com uma bebida barata em um bar sombrio na Ilha dos Perdidos. Rodeada pelos membros peculiares de sua gangue, os Asas Escarlates, ela continuou - Fui questionada se esse cara Freddie é perigoso ou uma ameaça, e minha resposta é sim - Ela tomou um longo gole da bebida, mantendo uma expressão impassível, enquanto sua gangue escutava em silêncio. Magenta limpou os respingos da bebida de sua boca avermelhada e prosseguiu - Houve um tempo em que eu pensava que era a mais mortal carrasca nesta ilha... - Ela soltou uma risada alta, mas logo ficou séria e pensativa - Mas esse cara... é um cão temível que se alimenta de confusão e caos. Já o vi derrubar uns seis brutamontes como se fosse fácil. - Magenta abandonou o copo e pegou a garrafa, derrubando bebida direto em sua garganta - Entre todos os infortunados que vivem nesta ilha, ele está entre os mais experientes. É astuto e conhece cada beco e viela deste lugar - Depois de esvaziar a garrafa sobre a mesa e ajustar uma mecha ruiva atrás da orelha, Magenta olhou para o vazio, enquanto todos escutavam atentamente - Apenas... não se envolvam em seus assuntos pessoais, pois há mais mistério nesse homem do que até eu me atrevo a perguntar.

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Em uma noite tardia, Brooklyn insiste em me seguir por aí - Não enche, já te falei que tô de boa - resmungo, mãos nos bolsos, sem olhar para ela. Rapidamente, ela se coloca à minha frente e começa a andar de costas - Já te disse para parar de se envolver com a Magenta. Aquela rata sanguinária não merece você, Freddie. Acorda, porra! - Antes evitando o contato visual, agora sustento seu olhar. - Eu não me envolvi com a Magenta. É ela que vem pra cima de mim, e a culpa não é minha se ela faz a mesma cara quando quer transar e quando quer briga - reclamo alto, para ela colocar as mãos no rosto em frustração. - Pelo menos você não vai mais dormir com aquela vagabunda - ela suspira aliviada, me encarando depois com um olhar interrogativo. - Não é? - pergunta, voltando a ficar irritada. Eu apenas desvio o olhar em resposta. - Foda-se, você enfia sua pica onde quiser, passarinho que come pedra sabe o cu que tem - diz, se afastando e me mostrando o dedo do meio. - Palhaçada - murmuro, ficando sozinho diante do mar. Observo um pequeno trecho do reino dos ricos privilegiados, logo após uma ponte maldita e mágica, que só eles podem cruzar. Eles nos deixam viver literalmente entre os ratos, enquanto se banqueteam com dinheiro e magia.

Tenho certeza de que qualquer um aqui mataria mil pra cruzar essa porra - falo, reconhecendo a ambição que muitos compartilham. No entanto, à medida que essas palavras escapam da minha boca, percebo algo se aproximando. Cruzando a ponte e avançando em direção à Ilha dos Perdidos, dou uma leve batida na minha própria cabeça, dizendo a mim mesmo - Devo estar ficando maluco. Nenhum deles seria idiota o suficiente para vir até aqui. - Pisco várias vezes, tentando afastar essa possível alucinação. Foi somente quando o brilho atravessou a barreira mágica, ainda distante de mim, que percebi sua realidade. Era um veículo, um carro preto, cruzando a ponte de luz e se aproximando da ilha. Apesar da incredulidade, me forço a apenas observar. Contudo, o veículo caiu da ponte pouco antes de concluir o percurso, aterrissando na parte inferior da ilha. A queda foi amortecida por algum tipo de intervenção mágica, mas o impacto ainda fez o carro aterrissar de forma brusca. Embora eu tentasse me conter e permanecer no lugar, logo me encontro correndo em direção ao local. Deslizando por um barranco rochoso, chego à parte mais baixa. O carro estava ameaçadoramente amassado, com o capô soltando fumaça. Tento abrir a porta, mas ela está emperrada. Sem alternativa, utilizo a pequena quantidade de magia que possuo para estender minha mão através do vidro e destrancar a porta. Encontro uma garota no banco do motorista e sem tempo para detalhes, a retiro do assento e a seguro nos meus braços. Sem hesitar, me afasto rapidamente da cena.

Freddie FacilierOnde histórias criam vida. Descubra agora