I made a promise.

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⠀⠀Eu fiz uma promessa, mais para mim do que para nós, talvez. Para me distanciar. Quem poderia garantir que não passaria de mais um compromisso cadente? Palavras vazias e a rotura de uma ferida tão exposta. Em meio ao desalento, penso sobre como não fomos capazes de dizer "adeus" além de um covarde "até breve", sabendo de seu significado subjacente. Poderíamos, ou poderia eu, tê-lo evitado desde o início?

⠀⠀Então por dezesseis longos dias, eu não te liguei. Pela primeira vez, consegui manter minha palavra e cumpri-la por tanto tempo. E um velho hábito, tão ruinoso quanto não ter o acalento da tua voz, voltou. Me condeno por ter sido tão falho a me render de volta para o vício. Tragar um cigarro não me traria prazer, mas por um momento, mitigava a agonia de ir contra as próprias vontades para manter a sobriedade.

⠀⠀Mas não importa quanto tempo eu resista à tentação, eu sempre vou perder.

⠀⠀Nunca fui bom nas classes de exatas, os números eram iguais a uma dor de cabeça. Ainda são. Já fiz as contas, inúmeras, para a mesma resulta: não tem solução. Nós nunca vamos durar. Pelo menos desta vez, poderia ter sido um erro de operação — sabíamos que não. Por que não posso abrir mão disso? A angústia dolente é como uma hasta invisível que perfura o peito e, definhando, ainda não sou capaz de ceder.

⠀⠀Então, se de fato houve uma, eu quebrei minha promessa. Previsível. A distância é um martírio e eu, tolo, refém desse ardil. Eu liguei para você ontem à noite. E eu não deveria, eu não teria se não fosse pela visão de um menino — tão pragado sem culpa própria — quem se parecia com você destacando-se na Melrose Avenue.

⠀⠀E minha ruína foi escutá-lo do outro da linha
⠀⠀tão ciente quanto eu do que estava fazendo.

⠀⠀Dói ser algo, jeongin.
⠀⠀É pior não ser nada
⠀⠀com você.

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