11° Capítulo

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Katy

Acordei cedo, arrumei minhas coisas e desci para tomar café, todos já estavam lá, até as crianças que usavam um uniforme escolar.

-Vou levar o Jonathan na escola e depois deixar você no trabalho. - Ele me entrega uma xícara de café.

-Não precisa, eu pego um táxi.

Deixei o meu carro no meu apartamento no dia que fui deixar minhas coisas, os meninos vão poder usar agora que eu tenho um motorista particular. Espero que o tanque esteja cheio, evito andar com o meu carro que gasta muito gasolina. O planeta agradece.

Ele se aproxima de mim e sussurra:

-Somos um casal feliz, esqueceu?

Eu lembro muito bem das palavras que ontem para o Joseph, coragem que foi causada pela bebida, eu nunca diria um negócio desse sóbria. Achei que hoje ele estaria com raiva, mas o mesmo continua agindo normalmente.

-Não quero atrasar você.

-Não vai. - Dei de ombros.

-Katy, você vai ficar aqui até o final de semana, tem algum problema? - Pergunta a Denise, disfarçadamente.

Eu queria muito passar o tempo que a universidade deu, com a minha família. Mas o estágio não parou igual as aulas, essa reforma na empresa vai tomar muito do meu tempo, e agora, ainda tem esse acordo.

-Sem problemas, vocês me lembram a minha família.

-Oh querida, você é da família agora.

Dou um sorriso pequeno procurando por Joseph. Ele era o único que não estava arrumado, provavelmente subiu para se arrumar.

-Bom dia.

Eu quero criar um vínculo especial com o Jonathan. Apesar de que algo dentro de mim diz para não fazer isso, ele é só uma criança, não tem que passar por uma coisa assim. Não é como se eu fosse ficar no lugar de sua mãe biológica, eu quero ser uma amiga que ele pode contar.

-Oi, Katy. Você gosta de cornetto?

Franzi as sobrancelhas, o único cornetto que eu conheço é o sorvete. Sei que italianos são especialistas em sorvete, mas comer no café da manhã?

-E o que seria um cornetto?

-Você não sabe o que é cornetto? - Pergunta uma das filhas da Mïllan.

-A Katy não é italiana.

Nem tive a oportunidade de raciocinar direito, Jonathan levou um negócio parecido com um croissant direto na minha boca. Minha única reação foi mastigar a massa macia... muito deliciosa.

-Eu preciso experimentar mais comidas italianas. - Digo ainda raciocinado o gosto de baunilha - Muito bom, Jonathan.

-Como assim você nunca levou a Katy para comer uma boa comida italiana? - Pergunta a Josephine assim que o Joseph entra na cozinha.

Com um terno impecável.

Não posso mentir nessa coisa nem que eu queira, Joseph é um homem muito bonito.

-Geralmente meus encontros com Joseph aconteciam no meu apartamento ou no restaurante do meu, a especialidade dele não é comida italiana, e nem a minha.

Que mentira, faz 2 anos que você não aparece no restaurante do seu pai e você nem mora sozinha.

-Eu levei ela em alguns restaurantes italianos.

-Aqui você vai comer muita comida italiana.

Encarei o Joseph que me discretamente com a cabeça. Entendi que isso era um sinal para irmos, olhei para o Jonathan que terminava de comer.

O Acordo [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora