Capítulo 21

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- E você não vê que você não vai para essa viagem? - ela disse frisando a negativa enquanto jogava outra camisa dele dobrada em cima da cama.
Os dois se encararam, estavam bravos um com o outro.
- Reddington  pelo amor de Deus me escuta. - ela disse desesperada. - Você em Paris, é tudo o que ela quer... Ela está em seu território, vai armar pra você e sabe Deus o que aquela praga vai querer fazer com você. - ela disse irritada e ainda em tom desesperado.
- Isso não vai acontecer meu anjo, eu estou preparado para tudo o que ela possa vir fazer contra a minha pessoa... - ele disse segurando o rosto de Amanda com uma mão, fazendo carinho ao mesmo tempo.
- Não, você não está preparado sabe por quê? - ela disse irônica, quando ele não respondeu ela continuou: - Porque você está indo com raiva... E isso te deixa completamente cego. Sem contar o fato de que você ainda foi o único que não viu essa praga pessoalmente e lá no fundo, você está louco para vê-la novamente, não está? - ela disse irritada.
Ele não respondeu, não podia mentir para ela novamente.
- Viu só? Eu sou lerda, mas não sou burra. - ela falou mediante ao silêncio. - Por favor, Reddington, não vá... - ela pediu e segurou o rosto dele com as duas mãos.
- Lamento meu anjo, mas eu tenho que ir... Tenho assuntos pendentes com ela e tenho que resolver... - ele disse sorrindo meio chateado.
- Então eu vou junto. - ela disse levantando da cama e cruzando os braços, ainda séria, só que em tom de birra.
- Você não vai, tá louca? - ele disse sério, fazendo a birra ao contrário.
- Eu vou. Ou você não vai. Você escolhe. - Amanda disse e continuou de braços cruzados mas voltou a se sentar na cama.
Reddington não sabia o que dizer, ele estava atônito e com raiva e apressado para não perder Katarina de novo e ao ver Amanda ali, sentada, fazendo birra e querendo ir junto, o deixava sem ação. Até que por fim ele disse:
- Tá bom, você vem junto. Mas vai ficar com Dembe o tempo todo e me deixar falar com ela. - seu tom era de rendição.
- Ok...
- Vai fazer suas malas então... - ele disse.
- Não vou sair daqui Reddington... - Amanda disse se encostando na cabeceira da cama, se ajeitando cruzando as pernas e instintivamente apoiou suas mãos na barriga. - Não sou mais aquela garotinha ingênua que acredita que você aceitou essa história de eu ir junto sem problemas... - e com isso ela sorriu debochada, fazendo ele se recordar do dia em que ele deixou a menina para trás quando foi para a ONU.
Reddington suspirou irritado por ela ter percebido sua jogada e disse contrariado fechando sua mala e jogando-a para o chão:
- Ok. Você venceu.
- Não pense você que fazendo essa ceninha aí me comove viu? - Amanda disse debochada apontando dele para a mala e vice-versa.
- Vou buscar uma bebida... Quer uma? - ele disse se levantando dos pés da cama.
- Refrigerante, tem? Coca? - ela disse normalmente.
- Você não está bebendo... Aconteceu alguma coisa? - ele observou se virando para encarar ela.
- Não... Nada... Apenas deu vontade de beber uma Coca-Cola... - Amanda disse fingindo normalidade.
Reddington não sabia muito bem se acreditava ou não, mas não discutiu e foi pegar as bebidas.
Enquanto isso, Amanda mandou mensagem para Lavínia que retornou em ligação e gritava histericamente:
- VOCÊ ESTÁ LOUCA? VOCÊ NÃO PODE FAZER ESSE TIPO DE COISA AGORA AMANDA... PELO AMOR DE DEUS, VOCÊ TEM QUE SE CUIDAR... NÃO PODE PASSAR POR ESTRESSE E MUITO MENOS NERVOSO! SE AQUELA DEMÔNIA RESOLVER APRONTAR ALGUMA COISA EU SEI QUE VOCÊ NÃO VAI AGUENTAR.... VOCÊ NÃO VAI. EU TE PROÍBO. VOLTE PARA CÁ IMEDIAMENTE.
- Nossa... Acabou? Acho que ele não te ouviu ali da sala... Grita mais alto... - Amanda disse debochada voltando o celular na orelha.
- EU TÔ FALANDO MUITO SÉRIO AMANDA. VOLTA PRA CASA IMEDIAMENTE! - Lavínia gritava brava.
- Obrigada pela preocupação, eu vou me cuidar, não se preocupe e vai ficar tudo bem amiga linda, também te amo, mantenho contato... Beijoooos... - Amanda disse debochada e irônica e desligou na hora que Reddington estava entrando.
- Por acaso era Lavínia gritando no celular? - ele disse rindo, mas achando estranho.
- Pois é... A doida surtou porque entrou uma barata em casa... - Amanda disse desconversando naturalmente.
- Hum... - ele fez encarando a menina nos olhos e ele estava desconfiado de que estava acontecendo alguma coisa, mas ainda não conseguia descobrir o que era. - Aqui está sua coca... Eu pedi com gelo e limão, fiz mal?
- De forma alguma... Adoro! Obrigada! - ela disse sorrindo agradecida pegando o copo e brindou com ele sem ele esperar.
Amanda ficou por lá, saindo do quarto e indo para a sala de estar em frente a lareira, pegando um livro em uma estante e se sentando no chão, no tapete peludo e começou a ler: O Conde de Monte Cristo.
- Tinha que ser... - ela disse sorrindo saudosista.
Reddington ouviu e não pôde deixar de sorrir também, ele se lembrou que ele já havia citado a obra em um dia quando Amanda ainda morava em uma pequena casa móvel e soube que ela se lembrava disso com certo carinho.
- Você está com fome meu anjo? - ele perguntou parando no encosto do sofá.
- Agora que você falou... Estou sim... - ela disse sorrindo.
- E o que quer jantar? Comida japonesa? - ele deu uma leve alfinetada.
- Pelo amor de Deus... Não quero nem ver na frente... - ela disse já ficando meio verde. - Sabe o que me deu vontade de comer?
- O quê? - ele a olhou curioso.
- Um belo cheesburguer com batata frita e Milk Shake... - ela disse e sentiu sua boca salivar imediatamente.
Reddington a olhou super curioso e chocado, mas fazia tempo que ele mesmo não comia algo assim e então ele disse:
- Se ainda existir, conheço um lugar excelente aqui na cidade que serve o melhor cheesburguer da cidade... Vamos?
- Agora! - ela disse se levantando igual criança e eles e Dembe saíram.
Ao chegar na lanchonete de modelo retrô, os três se sentaram perto do balcão em uma janela dos fundos e pediram as mesmas coisas.
Os três conseguiram descontrair da tensão e conversaram sobre o passado de cada um em que eles haviam comido aquilo pela primeira vez e ficaram rindo e de certa forma se divertindo.
Quando eles acabaram, eles voltaram para o hotel, mas Amanda, havia pegado no sono, fazendo Reddington a levá-la no colo até a cama, colocando-a delicadamente e ajudando-a a tirar suas roupas, deixando-a apenas com sua lingerie.
Reddington percebeu que a menina não estava mais tão magra como ela era, mas imaginou ser por conta que agora ela morava na Itália e comia massa quase todos os dias e deixou esse detalhe de lado, indo tirar suas próprias roupas e se deitar ao lado dela, ficando virado para a menina e fazendo carinhos suaves no rosto de Amanda, que dormia tranquilamente, pensando em como ele queria voltar à ficar com ela e em como ele pediria o perdão da menina por todas as asneiras que ele havia falado e feito naqueles três meses e meio que já haviam se passado. E com esses pensamentos, ele acabou adormecendo, sonhando com algo que ele jamais imaginaria que pudesse ser verdade novamente: ele tendo uma família ao lado de Amanda.
No dia seguinte, Amanda acordou primeiro, pois o bebê havia acordado ela com vontade de ir no banheiro, fazendo a menina dar risada sozinha. Quando voltou para o quarto, viu Reddington dormindo tranquilo e que havia um suave sorriso em seu rosto e ficou contente de ver que ele havia dormido ali com ela.
Como ela não iria conseguir dormir novamente, devido à ansiedade de irem atrás de Katarina, ela foi fazer um café da manhã para eles e foi mandando mensagem para Cooper, avisando que eles iriam partir muito provavelmente depois do café para Paris.
- Não se preocupe Amanda, eu, Ressler, Parker e Aram iremos para lá também... - ele disse para ela quando ele ligou.
- Parker? Quem é? - Amanda perguntou meio desconfiada.
- A nova agente que entrou no lugar de Samar... - ele disse meio sem graça. - Ela é confiável e acho que você vai gostar dela... - Cooper disse sorrindo.
- Ok... Mas a Keen não vai? Porque? - Amanda disse.
- Ela disse que quer ficar um tempo com a Agnes... - ele disse e ambos sabiam que era mentira.
- Mas é claro, que você não acreditou... - Amanda disse.
- Exatamente, vamos ficar de olhos abertos para qualquer movimento dela. - Cooper disse sério.
- Ok... Então a gente vai se falando... Até mais então e obrigada por tudo... - ela disse sorrindo e desligou na hora que Reddington saía do quarto.
- Estava falando com alguém? - ele perguntou parecendo meio ensonado.
- Bom dia pra você também... - ela disse irônica. - Estava... - ela respondeu sorrindo.
- E quem era?
- Cooper... - ela disse calmamente.
- O que ele queria? - ele disse se aproximando da menina.
- Saber como eu estava e se eu havia feito você desistir dessa ideia maluca de ir atrás daquela praga... - ela respondeu calmamente e pegou uma xícara. - Café? - ela ofereceu.
- Sim, por favor. - ele disse e ela colocou na xícara e o serviu. - E o que você respondeu?
- Eu disse que eu estava bem e que você continua teimoso igual uma porta... - ela respondeu sorrindo e colocando suco de laranja para ela em um copo.
Ele riu alto, gostava do senso de humor de sua esposa, principalmente quando ela estava brava com ele por alguma coisa.
- Vou me arrumar e já volto para o café... - ele disse deixando a xícara vazia na mesa e foi para o quarto.
Ela ficou observando ele sair e ficou pensando em como ainda o amava e faria de tudo para ter ele de volta.
Seu telefone tocou e ela viu ser sua amiga e atendeu normalmente.
- Oi Vi...
- Oi Vi é o caralho. Você desistiu da ideia maluca de ir para Paris atrás daquela demônia? - Lavinia disse brava.
- Lógico que não... Não vou deixá-lo ir sozinho... - Amanda disse decidida.
- Ótimo. Então pede pra gentil moça da recepção me deixar subir? - Lavínia disse tão decidida quanto a amiga mas estava um pouco mais irritada.
- Você está aqui?
- Lógico né? Agora por favor? - Lavinia disse cortando o assunto.
- Claro... - Amanda disse desligando e ligando para a recepção dizendo: - Oi bom dia, Lavínia Berwald, sim, pode deixá-la subir. Obrigada. - e com isso ela desligou e ficou esperando a amiga na porta do elevador.
Quando o elevador chegou e Lavinia foi saindo, Amanda disse baixo:
- Tá maluca?
- Não mais que você né?
- O que você tá fazendo aqui? - Amanda disse e viu uma mochila com a amiga. - E que mochila é essa?
- Se você não vai desistir dessa ideia absurda... Eu vou com você... - Lavínia disse como se fosse algo totalmente normal.
- Oi?
- É isso mesmo. Eu aprendi a lutar e a atirar quando você foi presa.... Briga com seu marido se não gostou mas foi ele quem me ensinou, então... Eu vou junto porque não vou deixar meu sobrinho à mercê de uma demônia e de pais doidos... - Lavínia disse furiosa mas em tom baixo e quando Amanda ia responder, Reddington apareceu falando:
- Impressão minha ou o telefone tocou? Ah, Lavínia... Que surpresa... Está tudo bem? - ele disse vendo a menina conversando com Amanda.
- Está sim... - ela disse séria, ainda estava brava com ele pelo papel ridículo que ele fez na Itália com a amiga.
- O que faz aqui tão cedo? - ele perguntou curioso, sabendo que a menina não havia perdoado ele.
- Vim avisar que vou com vocês para Paris porque não vou deixar minha amiga sozinha correndo perigo... - ela disse direta e sucinta.
- Mas ela não vai sozinha Lavínia, estará comigo e Dembe... - ele disse. - E também terá o apoio da Força Tarefa...
- Não interessa. Eu vou junto e ponto final. Não quer que eu vá? Desista você dessa palhaçada... - Lavinia disse cruzando os braços, peitando ele.
Houve um minuto de silêncio constrangedor que Amanda não sabia se saía correndo ou se escondia em algum lugar.
- Tudo bem. Vamos tomar café então e aí partimos. - ele disse sério, perdendo o tom animado que tinha.
- Agradeço a gentileza, mas já tomei café, vou esperar os dois ali na sala... - Lavínia disse e foi para a sala da lareira.
O café entre Amanda e Reddington foi silencioso, beirando ao constrangimento.
Os dois se olhavam mas não falavam nada: Amanda por estar apreensiva com tudo aquilo e Reddington por estar bravo por ela ser teimosa ao ponto de querer ir com ele.
Depois do café, eles saíram direto para o jatinho e então partiram para Paris.
Reddington estava irritado ao ponto de deixar Amanda e Lavínia sozinha e ele sozinho com Dembe.
- Nossa, ele tava assim desde sempre ou foi porque eu cheguei? - Lavínia disse.
- Acho que ficou assim depois que tu apareceu... - Amanda disse chateada.
- Desculpa Mandy... Mas não podia deixar você sozinha com ele depois de tudo... - Lavinia disse chateada, segurando a mão da amiga ao seu lado.
- Tudo bem amiga... - Amanda disse sincera. - A gente tava de boa, mas nada além de amigos...
- Mesmo assim né amiga... Vocês agora estão se tratando como dois estranhos. - Lavínia disse chateada.
- Relaxa amiga... - Amanda disse sorrindo abraçando como dava a amiga.
Enquanto isso, Reddington e Dembe repassavam o plano que seguiriam uma vez em Paris para despistar Amanda e deixar o FBI observando de longe.
Quando o avião pousou, eles saíram e foram para o apartamento triplex que Reddington tinha adquirido recentemente especialmente para a missão de achar Katarina Rostova.
- Dessa vez ele se superou hein. - Lavínia disse assim que entraram pela porta, olhando tudo a sua volta.
- Realmente... - Amanda disse chocada olhando também à sua volta. - Quem chegar por último no último andar é a mulher do padre... - Amanda disse dando um empurrãozinho em Lavínia e saiu correndo para as escadas.
- Volta aqui... - Lavínia disse imediatamente e saiu correndo atrás.
Reddington viu a cena e parou olhando para Dembe e disse:
- Tem certeza que elas tem mais de 15 anos?
- É o que consta nos registros... - Dembe disse achando engraçado e os dois riram.
- Bom, vou aproveitar que as duas não estão prestando atenção e vou me encontrar com Pierre... Você vem comigo Dembe... - Reddington disse e saiu com o homem sem fazer nenhum barulho.
Amanda e Lavínia correram para o terraço do apartamento, que tinha uma jacuzzi enorme e um projeto de jardim.
- Nossa não sabia que ele era chegado a uma coisa assim... - Lavinia disse admirada, indo para perto do peitoril.
- Nunca foi... - Amanda disse estranhando também e indo até a amiga. - Acho que ele fez... - mas ela parou ao ver lá embaixo, Reddington e Dembe entrando no carro e saindo. - De propósito para me deixar aqui enquanto ele vai atrás daquela vagabunda... - ela já estava gritando. - Eu vou matar o Reddington Lavínia... - e com isso, ela foi descendo as escadas.
- Calma Mandy, olha o bebê, pelo amor de Deus... - Lavínia dizia atrás da amiga, tentando acalmá-la. - Talvez ele foi comprar alguma coisa pra gente comer? - Lavínia disse.
- Claro... - Amanda disse irônica e furiosa indo até a cozinha e abrindo a porta da geladeira, mostrando que ela estava abarrotada.
- Merda... - Lavínia falou colocando a mão em sua testa enquanto fazia não com a cabeça. - Assim fica difícil de defender né?
- Não tem o que defender Lavínia... - Amanda disse chateada e já tinha lágrimas em seus olhos.
- E o que você vai fazer?
- Vou ligar para Cooper, avisar que perdi o bonito de vista. - Amanda disse secando com raiva seus olhos e pegou seu celular e ligou para o chefe.
- O quê? Como assim Amanda? - Cooper perguntou irritado.
- Como eu disse. Ele me enganou e saiu com Dembe me deixando presa no apartamento. - Amanda disse irritada também.
- Você não faz ideia para onde ele foi?
- Se eu soubesse, você acha mesmo que eu tava te ligando? - Amanda deu uma patada como resposta, fazendo Lavínia rir baixinho.
- Tá bom. Vou ver o que consigo fazer e te aviso... - Cooper disse.
- Me avisar não... Manda o Ressler vir me buscar porque eu quero estar junto Cooper. - ela disse furiosa.
- Tá bom Mandy... Eu falo para ele ir te buscar. - Cooper disse e então desligou.
- Nossa que amiga meiga eu tenho... - Lavinia debochou abrindo a geladeira e pegando uma cerveja.
Amanda não respondeu, apenas fulminou a amiga com os olhos e foi para a sala, onde pegou um cinzeiro de vidro e arremessou longe, quebrando-o.
- Mais calma? - Lavínia falou debochada de longe.
- Menos puta. - Amanda respondeu ainda brava.
- Nota-se... - Lavínia falou bebendo sua cerveja.
Amanda ia responder alguma coisa, mas seu celular vibrou e ela viu a mensagem de Ressler avisando que estava na porta do prédio esperando ela.
- Ressler tá lá em baixo, você vem? - Amanda disse.
- Claro. Vambora... - Lavínia disse ainda com sua cerveja na mão.
As meninas saíram do apartamento, Lavínia pegou sua mochila e então elas foram descendo pelas escadas, uma vez que o elevador iria demorar e era só cinco andares.
Ao chegarem no carro de Ressler ele disse:
- Achei que só ia você Mandy, não trouxe outro colete...
- Não esquenta comigo... Vou ficar bem quietinha aqui no carro Donald... - Lavínia disse rindo.
- Ótimo, então vamos? - Amanda disse colocando seu colete e arrumando sua arma em seu coldre.
- Vamos... - Ressler disse desconcertado e então eles saíram e foram para o local onde Aram tinha localizado como o ponto onde Katarina sempre passava.
- Nada vai acontecer né Donald? - Amanda perguntou aflita, estava com um mau pressentimento sobre aquela operação.
- Nada Mandy, fica calma... - Ressler disse colocando sua mão direita sobre a mão esquerda dela e então eles chegaram ao local.
- Mas aqui é uma rua Donald, o que está acontecendo afinal??? - Amanda perguntou aflita estranhando.
- Tivemos a informação de que Katarina passa aqui todas as noites e que Reddington sabe disso e vai interceptá-la hoje... - ele disse calmo.
- Eu vou matar esse homem meu pai... - Amanda disse nervosa, passando as mãos no rosto, fazendo Lavínia acalmar a amiga, fazendo massagem nos ombros dela.
Eles esperaram por pouco tempo, e então eles viram Reddington sair do carro e andar pela calçada, sentido uma mulher que vinha na direção oposta que Amanda reconheceu ser a mulher do avião: Katarina Rostova.
- É ela Donnie. - Amanda disse e apertou sua mão em sua arma, pronta para usar se fosse preciso.
- Calma Mandy, respira... - Lavínia disse atrás dela.
Ressler comunicou pelo rádio sobre Katarina. Mas quando eles viram, Reddington abraçou a mulher, ela deu um selinho nele e então, ele caiu na calçada, como se estivesse drogado e quando Amanda viu tudo aquilo, Ressler e Lavínia não conseguiram segurar a menina no carro, que já tinha saído, sacado a arma e atirado contra Katarina, mas como estava longe, ela fez questão de acertar de raspão na coxa dela enquanto gritava:
- Eu vou matar você Rostova.
- Só se me pegar primeiro Evans.... - ela respondeu rindo debochada enquanto homens dela bloqueavam a visão de Amanda com uma van preta e quando saíram, todos haviam sumido, incluindo Reddington.
Amanda ficou tão furiosa, mas tão furiosa, que quando Dembe veio falar que homens renderam ele no carro, Amanda virou um soco na cara dele e disse:
- Saiba que isso é culpa sua... - e com isso, ela saiu furiosa pelas ruas desertas daquela parte da cidade, sendo seguida por Lavínia, que passou seu braço pelos ombros da amiga enquanto andavam e Ressler que alcançou as duas de carro, fazendo-as entrar e levando-as para um hotel.
- Brigada Donnie... - as meninas agradeceram quando ele as deixou na porta do Ritz.
- Que isso... Me liga qualquer coisa... - ele disse sorrindo. - Vamos pensar em alguma coisa para trazê-lo de volta...
- Tá bom Donnie, valeu... - Amanda respondeu séria, mas gentil.
- A gente liga Donald, obrigada por tudo... - Lavínia quem falou sorrindo mais gentilmente.
Lavínia foi quem falou na recepção, apresentou os documentos das duas e pegou o quarto, Amanda estava se controlando para não surtar muito, mas quando chegou no quarto, pegou um travesseiro, foi para o banheiro, se trancou lá dentro e gritou tudo o que seus pulmões aguentavam, dando socos nas paredes, tamanha sua raiva e frustração.

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