Reencontro - Primeira Escrita.

Capítulo 19

Léo narrando

Depois de um mês em casa e ocupando o espaço das meninas por medo de ficar sozinho, decidi que que essa noite seria a minha noite de curtir.

Bebi e dancei bastante ao longo da noite, e meu olhar se cruzava com do Lucas em varios momentos. Ate que em algum momento, um cara bem lindo que se identificou como Marcos chegou perto de mim e me pediu um beijo.

Em primeiro momento pensei em negar, meu coração é do Lucas e todo mundo sabe disso, mas, a carência e a incerteza de que o Lucas ainda me queria fez com que eu dissesse sim.

Marcos me puxou e segurando minha bunda, me beijou. Um beijo bom, porém sem graça e sem sentimentos. Logo me soltei dele e sai andando e com vontade de cair no choro.

Olhei em volta, e já não vi mais o Lucas.

Sera que ele viu aquele beijo?

Sera que ele agora não vai mais falar comigo?

Eu pedi um tempo, mas não tinha terminado de vez. E agora, beijei outro cara na frente de todo mundo.

Fui pra casa sozinho na mesma hora, subi pro quarto em prantos e Lucas ja estava la chorando e mexendo no celular...

- Podemos conversar? - perguntei entre o choro
- Acho que você conversou muito bem na boate, com outro. - Ele respondeu deixando mais lagrimas cair
- Eu não queria... - Ele me interrompeu
- Não diz que não queria. Você pode dizer que se arrependeu, que sentiu minha falta, pode contar qualquer mentira que queira que eu acredite, mas não diga que não quis. - Ele disse se sentando na cama.
- Me perdoa. - Eu disse e me ajoelhei na frente dele.
- Leonardo, por favor, vai deitar e dormir. Amanhã quando você não estiver alcoolizado, conversamos.

Lucas nunca tinha me chamado de Leonardo, e isso me doeu. Eu deitado entre meu choro conseguia ouvir ele também em lagrimas, ate que o sono venceu meu choro e eu apaguei.

Lucas narrando

Como ele pôde? Eu estou aqui esperando ele se acalmar em relação a familia, esperando ele se sentir seguro e ele simplesmente beija outro.

Pela primeira vez Léo me mostrou o problema dos Alther, no fundo eles não se importam de verdade com nada além deles mesmos.

Como eu pude me apaixonar por ele?

Uma noite toda em claro, imaginando como ele conseguiu fazer isso e tentando relevar já que ele é solteiro. Mas nunca doeu tanto ver um beijo de alguém. Fui quebrado em tantas partes agora. Não sei se consigo falar com ele depois disso.

É como se ele só tivesse ficado comigo porque sou o unico gay da casa, e não porquê gostava de mim. Até porque, se ele gostasse mesmo de mim, não teria ficado com outro sabendo que eu estava lá.

Clara narrando

A balada estava boa, mas nem tanto. Quase toda a nossa turma sumiu, devem ter ido pra casa.

Espero que tenham todos feito as pases. Eu dançava ao som da musica e bem alterada. Helena me chamou pra ir pra casa e eu topei na mesma hora.

Chegando em casa, eu fui beber agua e ela ficou me observando. Conversamos sobre coisas aleatórias que tinham acontecido na boate e então subimos pro quarto.

Entrando no quarto, fui tomar um banho. Enquanto a agua caia, eu só conseguia pensar no quanto eu realmente estava apaixonada pela Helena e queria que durassemos a vida toda.

Quando sai do banheiro, ainda enrrolada na toalha, ela me olhou de cima a baixo, e se ajoelhou..

- Clara, você aceita ser minha namorada? - Ela disse e eu não sabia se sorria, se gritava que sim, se a abraçava, se chorava de felicidade e acredito que fiz todas essas opções juntas.
- Claro que sim meu amor! - Respondi olhando a caixa com as alianças que estava na mão dela e ela se levantou e me beijou.