"Ravenswood": Pacto das Sombras

Acidente ou assassinato?

Adrian segue a van com cautela, mantendo uma distância segura para que Ryan não perceba que está sendo seguido. Ele desliga as luzes da viatura, usando as sombras da noite para se manter discreto. Seu treinamento como policial experiente o ajuda a se movimentar de forma silenciosa e eficiente.

Enquanto dirige, Adrian mantém um olhar atento na van à frente, observando cada movimento de Ryan. Seu objetivo é garantir que o jovem não alcance a próxima cidade e, assim, proteger os segredos que a pequena cidade de Ravenwood guarda. A responsabilidade de manter a ordem e a tranquilidade na cidade se mistura com sua lealdade ao prefeito e ao culto que ele representa.

As estradas escuras da noite são testemunhas silenciosas desse jogo de gato e rato entre Adrian e Ryan. Ambos têm seus próprios objetivos e segredos para manter, e essa dança noturna perigosa pode selar o destino de todos os envolvidos.

O ar da noite estava pesado de tensão enquanto Adrian seguia silenciosamente a van de Ryan. A escuridão ao redor era interrompida apenas pelos pontos fracos da viatura, lançando sombras inquietantes na estrada deserta. Adrian mantinha os desconexos, tornando a concentração ainda mais furtiva.

A estrada serpenteava pela paisagem, levando-os a uma curva acentuada. Foi então que Adrian tomou sua decisão. Com um movimento rápido e decidido, ele acendeu os faróis da viatura e pisou fundo no acelerador. A viatura atirou como um projétil e seu motor rugindo com força enquanto se lançava na direção da traseira da van.

O impacto foi brutal. A van de Ryan foi atingida com uma força devastadora, fazendo-a perder o controle e sair da estrada. A rotação descontrolada começou, e então a van desapareceu do alcance dos inclinados da viatura, mergulhando no abismo do desfiladeiro abaixo.

O som do metal retorcendo e o estalo das janelas quebrando foram ensurdecedores. A van colidiu com o solo abaixo, uma nuvem de poeira e destroços se erguendo no ar. O silêncio interrompido, quebrado apenas pelo crepitar das chamas que começavam a consumir os destroços da van.

Adrian respirou com dificuldade, seu peito subindo e descendo com a adrenalina da ação. Ele olhou para o abismo, onde agora só havia o brilho inquietante das chamas. O som da destruição ecoou em seus ouvidos, misturando-se com a batida frenética do seu próprio coração.

Adrian permanece ali, à beira do abismo, seu olhar gélido fixo nos destroços em chamas abaixo. Um sorriso quase imperceptível se forma em seus lábios, enquanto uma piada ácida escapa de seus pensamentos sombrios.

"Adolescentes imprudentes no trânsito nunca têm um bom final," ele murmura para si mesmo, uma ironia presente em suas palavras contrastando com a gravidade do que acabaria de acontecer. Seu tom frio e distante ecoa no vazio da noite, como se ele fosse um espectador impassível do caos que ele mesmo desencadeou.

O silêncio paira ao seu redor, e por um momento, parece que a escuridão da noite absorveu até mesmo suas palavras cortantes. Adrian permanece ali, imóvel, como uma figura solitária e enigmática em meio às sombras. Seus pensamentos são um misto de emoção, frieza e um toque sutil de satisfação por ter executado a ordem do prefeito de forma tão eficaz.

Enquanto o brilho sinistro das chamas dançando nos destroços iluminam o cenário, Adrian permanece ali, envolvido por sua própria aura orgânica.

Adrian se afasta da beira do abismo e volta para a viatura, seus passos calculados e expressão impassível. Ele entra no veículo e liga o motor, deixando o local do acidente para trás. A escuridão da noite envolve uma paisagem, encobrindo os destroços em chamas e o desfiladeiro onde a van de Ryan agora descansa.

Enquanto ele dirige de volta para a cidade, sua mente parece distante, imersa em seus próprios pensamentos sombrios. A estrada se estende à sua frente, iluminada apenas pelos reflexos da viatura, e o silêncio é rompido apenas pelo suave ronco do motor.