Hyunjin e Jeongin não tinham um convívio muito bom, mas, mesmo assim, o Hwang fazia questão de deixar um pote de sorvete para o Yang todos os anos, no aniversário de morte de sua mãe, para tentar anima-lo.
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Yang Yuna e Hwang Yeji sempre foram melhores amigas, desde o ensino fundamental, e faziam tudo juntas, incluindo apoiar uma à outra na criação de seus filhos, e por isso, Jeongin e Hyunjin passaram a vida Inteira juntos.
Os dois nunca se gostaram, e isso deixava suas progenitoras bastante chateadas, mas elas tentavam relevar essa parte, por saberem ser coisa de criança, e que as crianças agiam dessa forma aos dez anos.
Yeji era madrinha de Jeongin, assim como Yuna era de Hyunjin.
— Por que nós temos que jantar na casa deles todo domingo? -Enquanto sua mãe ajeitava sua camiseta, Jeongin tinha um bico em seus lábios, encarando a mais velha.
— Porque nós somos uma família, e esses momentos são importantes -Yuna deixou um beijinho na testa do filho, e eles seguiram para o carro.
Quando a Yang descobriu seu câncer, não foi uma época fácil para ninguém; seu filho foi morar na casa dos Hwang, e pode se dizer que Hyunjin teve um pouco de compaixão com o mais novo, resolvendo apenas ignorar sua presença, ao invés de encher o seu saco.
Após seis meses morando com a madrinha, e alternando entre noites mal dormidas no hospital, e crises de choro quando estava em casa, Jeongin perdeu sua mãe para aquela doença tenebrosa, e já podia dizer ter passado por muita coisa para uma criança de dez anos.
O garoto dificilmente saia do quarto para comer, e Hyunjin também não falava com ninguém; ver seus garotinhos tristes só fez Yeji se afundar ainda mais no poço em que havia entrado desde que recebeu a notícia de que podia perder a melhor amiga, mas a Hwang tentou se manter firme pelos dois.
Enquanto passava pelo corredor, o pequeno Hyunjin ouviu soluços vindo do quarto ao lado do seu. Haviam recebido a notícia do falecimento de Yuna na manhã daquela quarta-feira, no dia 22 de setembro, e não vira a cara de Jeongin desde então.
Ele entendia o sofrimento do Yang, pois também sentiu bastante com a partida de sua madrinha.
Querendo ver o mais novo um pouco melhor, ele aproveitou quando este saiu para usar o banheiro, e deixou um potinho de sorvete sobre a cômoda do garoto, vendo, pela brecha da porta, o menor sorrir minimamente ao abri-lo.
Se passou pouco menos de um ano, e a ruiva finalmente conseguira a guarda de Jeongin; o garoto já tinha todas as suas coisas lá, e havia se acostumado com ideia de morar com sua madrinha, mas ainda não aceitava, de jeito nenhum, a morte da mãe.
Quando ele completou seus doze anos, a mais velha teve que fazê-lo sair de casa, e o colocou na mesma escola de Hyunjin.
Aos treze anos, o Yang começou a sair mais com suas novas amizades, e parecia bem melhor psicologicamente.
Yeji chorava todas as noites, relembrando de tudo que vivera com a loira, mas se mantinha forte na frente dos garotos.
Hyunjin não estava muito diferente; o moreno fazia visitas frequentes ao psicólogo, assim como Jeongin, –Yeji achou que seria o melhor para eles– mas ainda ficava muito vulnerável, quando o assunto era sua madrinha, até porque eram bem próximos.
