Capítulo 11

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Duas semanas antes das férias, o tempo clareou, dando lugar a um branco leitoso, e todo o terreno de hogwarts e os arredores foram cobertos por uma cintilante geada. No castelo o natal estava no ar, os alunos falavam sobre onde e com quem iriam passar o natal, o professor Flitwick havia enfeitado sua sala com luzes pisca-piscas, e quando se aproximaram perceberam ser fadinhas de verdade.

E no último fim de semana do trimestre houve outra visita a Hogsmeade, visita essa que poderia não ter acontecido na visão dos amigos.

O dia estava frio e todos se enfiaram dentro de casacos e cachecóis, haviam tido um passeio agradável até então, bebido cervejas amanteigadas e comendo doces, passeando e fazendo suas compras de natal.

Mas em algum momento eles decidiram ver a casa dos gritos, ao chegar no local encontraram o Wesley e a Granger na cerca conversando, Draco se aproximou com Crabbe e Goyle.

– Olhem quem está aqui, vieram comprar sua casa dos sonhos? – Ele provocou. – Meio grande para você não é Wesleyzinho? A sua família não vive num quarto só?

– Cala a boca Malfoy! – O ruivo respondeu.

– Uh, isso não é nada gentil. Pessoal, está na hora de ensinar o Wesleyzinho a respeitar seus superiores! – O platinado disse com superioridade enquanto arrumava o casaco. 

Os outros dois começaram a se aproximar até a garota se colocar na frente do amigo rindo.

– Não deve estar falando de você! 

– Como ousa falar comigo? – Ele respondeu irritado. – Sua fedelha de sangue ruim.

O estômago de Aurora se virou ao ouvir a fala que lhe trouxe a memória rostos bem conhecids, mas logo se distraiu desses pensamentos com uma bola de neve que voou no rosto do garoto.

Todos procuraram, mas não encontraram de onde veio o golpe, até que começaram a atingir os três sonserinos, que não sabiam o que estava acontecendo.

Seja lá o que estivesse os atacando, abaixou as calças do Crabbe e o jogou no chão, pegou Goyle pelo cachecol e o girou até ele cair, derrubou Draco no chão e começou a puxá-lo em direção a casa pelos pés.

Blaise já cansado da situação, foi até o amigo e acabou vendo um pé deixar uma pegada e desaparecer, olhou para o tornozelo do garoto e viu um amarrotado do que deveria ser uma mão, entendeu o suficiente da situação e jogou neve no horizonte revelando a presença de algo do tamanho de uma pessoa 

Aurora e Pansy chegaram e enquanto a sonserina empurrava o ser transparente, que descobriram ser Harry Potter, a Lufana ajudava Draco a levantar e limpar suas roupas. E depois de mais confusão, finalmente convenceram o Malfoy a ir embora.

Já na carruagem voltando para a escola, Aurora solta o que lhe incomodava tanto.

– Você realmente acredita no que disse sobre a Granger? – Seus olhos estavam fixos no platinado.

Ele travou sem saber o que falar. Nem ele mesmo sabia a resposta daquilo. Acreditava? Fazia alguma diferença no final? Ou era apenas mais uma das coisas que ele fingia acreditar porque era esperado dele acreditar?

– Eu não sei, acho que não. – Ele respondeu, com vergonha de nem ao menos saber uma resposta.

– No final vamos acabar iguais a eles não vamos? – Ela fez outra pergunta, uma pergunta que não foi respondida.

Nenhum deles admitiria, mas tinham medo por saber que isso provavelmente aconteceria. Eles não teriam escolha, só era questão de tempo até a resposta dessa pergunta se tornar questão de sobrevivência.

ℙ𝕠𝕝𝕠𝕤 𝕆𝕡𝕠𝕤𝕥𝕠𝕤Onde histórias criam vida. Descubra agora