OFERTAS

393 45 1
                                    

Caetano: Se precisa de conselhos legais, por favor, vá à cooperativa durante o expediente.

Antony: Não, esse não é motivo.

Ele invadiu a casa, seu corpo tocando o de Caetano levemente.

Antony: Onde estão as suas coisas?

Caetano percebeu que Antony ignorou completamente a presença de David, mesmo o vendo. David estava observando eles, e então se dirigiu a Caetano.

David: Está tudo bem?

Antony respondeu à pergunta dele, mas soou duro e rude, até bravo.

Antony: Caetano e eu temos coisas importantes a conversar.

David: Bem, eu também estou no meio de uma conversa importante com o Caetano. Certo, Caetano? Eu acabei de te fazer uma oferta.

Antony: Não sei que tipo de oferta você fez a ele, mas ele vai comigo. Caetano, vou pegar as suas coisas. Você vai morar comigo e nenhum outro lugar.

Caetano: Espere um minuto! Como sabe que eu tenho que me mudar? Quem te disse isso?

Antony: Eu sei o que eu quero saber. Onde estão as suas coisas?

Ele viu as malas de Caetano em um canto e foi pegar elas.

Caetano: Antony, esse não é o jeito certo.

Antony: E qual é o jeito certo? Você não tem lugar para ficar, eu vou te levar para a minha casa.

Caetano: Você sabe que isso não é inteligente.

Antony: Você vai ter o seu próprio quarto.

David: Você vai ter o seu próprio quarto na minha casa também.

Antony ignorou completamente as palavras de David.

Antony: Nós temos muita coisa para discutir. Eu não vou sair daqui sozinho. Você não precisa da pena de ninguém.

Caetano: Só da sua?

Antony deu um passo a frente para se aproximar dele. Ele olhou para Caetano com os seus olhos claros profundos, e parecia que ele via a sua alma.

Antony: Você vai ter tudo, menos pena de mim, Caetano, você sabe disso. Não tente negar.

Caetano: Não vou negar nada. Você me conhece bem demais.

Finalmente David falou e encerrou a discussão.

David: Então, Caetano, com quem você vai?

O coração de Caetano começou a bater mais rápido. Ele olhava para os olhos de Antony. Aquele olhos claros provocava ele, afogava ele, mas ao mesmo tempo o salvava. Caetano respirou fundo e disse a sua decisão em voz alta.

Dandara: Eu vou com ele.
.

.

.

Caetano colocou as suas malas no carro em que Antony veio, e eles dirigiram até a propriedade. Caetano não tinha certeza se foi um erro, mas ele sabia que foi uma decisão honesta.

Caetano: Onde você conseguiu esse carro?

Antony: É o meu carro. Eu fui para Oxford buscar ele, assim como todos os documentos que a Amélia tinha tirado de mim.

Caetano: Então vocês se viram depois...

Antony: Sim. Ela não podia fazer nada comigo, vou receber minha resposta em um mês e meio. Tenho quase certeza de que vai ser positiva, não tem porque me rejeitarem, eles podem me deixar voltar ao trabalho logo.

Caetano notou que Antony estava estranhamente calmo, como se nada tivesse acontecido.

Antony: Entre, está frio. Aqui, pegue, são suas de agora em diante.

Antony deu a ele as chaves da casa, e Caetano sentiu como se tudo estivesse normal de novo.

Caetano: Por que você fez algo tão grande por mim? Por que me ofereceu a sua casa?

Antony: Eu não podia deixar aquele babaca te jogar na rua. Agora vamos entrar.

Caetano destrancou a porta e entrou na casa e Antony seguiu ele, carregando as duas malas. Ele colocou as malas no chão e se aproximou de Caetano. Eles ficaram parados em silêncio, olhando nos olhos um do outro.

Caetano: Não era a minha intenção...

Antony: Eu sei.

Caetano: Minha mãe também não pretendia...

Antony: Eu sei.

Caetano: Você me fez ir embora sem ouvir a minha explicação...

Antony: Eu sei, Pérola.

Caetano: Você sabe de tudo?

Ao invés de responder, Antony colocou a mão no cabelo dele e começou a brincar com ele de forma erótica e sedutora.

Antony: Feliz aniversário! Pérola.

Continua...

O toque da Besta (Romance Gay +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora