A CARTA

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Antony: Os procedimentos ainda não terminaram, mas você vai receber os documentos logo.

Caetano estava parado na frente dele, chocado e tocado, mas acima de tudo, quebrado. Porque isso significava que o fim estava chegando.

Caetano: Não, eu simplesmente não posso...

Antony: Sim, você pode. E você vai, Caetano. Fique aqui, faça o que quiser, e quando não precisar mais, pode se livrar da casa como quiser. Eu só quero que você tenha um teto sobre a sua cabeça.

Caetano: ( Eu não preciso da merda de um teto, preciso de você aqui! )

Ele não tinha forças para discutir, então só fechou os olhos e respirou fundo quando os lábios de Antony tocaram o seu rosto.

Antony: Vou empacotar algumas coisas. Mas em geral, estou pronto.

Caetano: Ok, vou esperar pelos convidados aqui.

Batidas são ouvidas na porta.

Caetano: Ah, aqui estão eles!

Apesar de Caetano estar lutando contra o choro, não escondia sua felicidade com o fato de ver a garotinha e passar o dia todo com ela.

Antony: Eu vou abrir a porta.

Assim que David entrou na sala com a bebê, Caetano correu até eles.

Caetano: Aqui está a minha belezura! Venha aqui, amor.

David : Espero que ela não sugue a sua energia até eu voltar.

Caetano: Não, é claro que ela não vai.

Naquele momento, Antony se aproximou de David e falou com ele.

Antony: Você tem um minuto? Eu gostaria de conversar com você sobre uma coisa.

David: Sim, tenho.

Caetano ficou confuso com as palavras de Antony, tanto quanto o próprio David.

Caetano: ( Que diabos... )

Logo David foi embora e Caetano ficou sozinho com a garota e Antony. E ele surpreendeu Caetano com outro ato.

Antony: Você provavelmente está se perguntando sobre o quê eu conversei com ele, certo?

Caetano: De fato, estou um pouco curioso.

Antony: Nós falamos sobre você. Você foi o assunto principal da nossa conversa.

Caetano: Sobre mim? O quê, exatamente?

Antony: Não vou falar mais nada. Você vai descobrir de qualquer jeito. Me dê a bebê, vou cuidar dela enquanto você faz o almoço.

Ele pegou a garota em seus braços e começou a falar com ela.

Antony: Você é uma verdadeira boneca, não é? Você adora o Caetano, certo? Você gosta do cabelo dele? Sim, é bonito.

Caetano tentou continuar sorrindo apesar de estar morrendo por dentro. David veio buscar a menina de noite, e depois que eles foram embora, Caetano sentiu a sensação de vazio novamente. Naquela noite ele não dormiu muito. Estava nervoso porque sabia que o inevitável aconteceria em breve. Caetano acariciou a pele de Antony enquanto ele dormia, como que se despedindo.

No dia seguinte ele tentou não pensar sobre o que viria, porque ainda tinha alguma esperança.

Antony: Ei! No que você está pensando?

Caetano: Eu queria que você me ajudasse na cozinha, já que eu não tenho nenhuma das suas habilidades culinárias.

Antony: Tudo bem, Pérola, se é isso o que você quer.
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Mais tarde, enquanto Antony estava no quarto empacotando as últimas coisas, Caetano estava olhando pela janela, perdido em pensamentos. De repente, algo chamou a sua atenção e ele voltou à realidade.

Caetano: ( O carteiro? Não, não, não pode ser ele. Ele não parou aqui, só passou pela casa. )

Quando ele foi para a rua e olhou em volta, não viu o homem.

Caetano: ( Ainda bem! Só foi um cara aleatório. )

Ele decidiu assistir TV para desfazer a ansiedade que sentia. No entanto, naquele momento, Antony entrou no cômodo, falando no telefone.

Antony: Sim, sim, sou eu. Tudo bem, estou indo, espere aí.

Caetano mal conseguia respirar e só acompanhava os movimentos rápidos dele. Antony saiu por alguns segundos, e logo voltou segurando algo em suas mãos.

Antony: Caetano, chegou. Finalmente chegou!

Continua...

O toque da Besta (Romance Gay +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora