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— Calma, calma, calma. Eu fiz o que vocês pediram.
Kiyoomi encarou seriamente Bokuto, sem nenhum pingo de pena pela maneira como ele choramingou quando Shoyo o encurralou na parede. Eles podiam ser companheiros de time, mas não eram amigos. Shoyo talvez fosse, mas Kiyoomi não.
— Você vai responder as nossas perguntas — decidiu Kiyoomi.
— Eu achei que fossemos amigos.
— E somos. É exatamente por isso que não vamos precisar usar violência, certo? — A maneira angelical com a qual Shoyo sorria não condizia com suas palavras.
— Tudo bem, tudo bem. Eu respondo o que vocês quiserem. Só preciso ter certeza de não vão machucar o Akaashi.
Bokuto de fato tinha feito o que eles pediram. Fingir precisar de aulas apenas para eles terem o pretexto de ficar perto de Akaashi. Encontrar o homem era praticamente impossível. E eles haviam tentado.
No campus era impossível porque eles estavam sempre cercados de pessoas. Kiyoomi sentia vontade de contratar um assassino de aluguel todos os dias por causa disso. Eles não sabiam os lugares que Akaashi frequentava e não colocariam um investigador atrás dele. Também não era viável invadir as aulas dele, visto que aparentemente ele odiava atenção. As únicas vezes que eles o viam era quando estava com Bokuto.
Ele era a chave para que pudessem se aproximar de seu crush.
Fazia um ano que eles haviam notado Akaashi. Embora ele tivesse uma face neutra e educada na maioria das vezes, seus olhos não mentiam. Principalmente para um artista como Kiyoomi. Anseio, desejo e amor estavam refletidos naqueles olhos.
Shoyo também havia percebido. E eles ficaram... Curiosos. E procuraram saber um pouco mais sobre Akaashi. Bokuto era a fonte de informações deles, cuspindo ansiosamente qualquer história deles ao menor interesse demonstrado. Então a curiosidade se transformou em desejo e, posteriormente, carinho.
Eles queriam Akaashi.
— Se fosse para machucá-lo já teríamos feito há muito tempo. Esqueceu que você nos deixou sozinhos com ele? — disse Shoyo. O queixo de Bokuto caiu. Como era idiota.
— Tem razão. Então, o que vocês querem saber?
— Ele teve um namorado abusivo? — perguntou Kiyoomi. Shoyo lhe lançou um olhar questionador. — Quando estávamos na cozinha, eu levantei a mão para tocar o rosto dele. E ele se encolheu e me pediu para não bater nele.
Bokuto era um maldito livro aberto, então sua agonia e dor ficou expressada em cada linha de seu rosto. Era aquele tipo de semblante que externava como ele se sentia impotente.
— Não. Akaashi nunca teve um namorado. Ele só se envolveu com alguns caras depois de entrar na universidade, e foram casos que não duravam nem um mês.
— Então aquela reação não veio de um relacionamento abusivo?
— Não foi o que eu disse. Você perguntou se não foi um namorado... — Se Kiyoomi fosse um animal, com certeza já estaria rosnando. — Não precisa me olhar como se fosse me matar. A pessoa abusiva na vida do Akaashi era a mãe dele.
— Era? — repetiu Shoyo.
— Sim, ela passou alguns anos internada em um hospital psiquiátrico, mas cometeu suicídio faz alguns meses.
— Como era a relação deles? — questionou Kiyoomi. Precisava saber.
— Olha, eu acho que eu não devo falar mais do que isso. Akaashi é o meu melhor amigo e isso é invadir a privacidade dele.
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O Sol, A Lua E As Estrelas Que Akaashi Queria Beijar (OmiAkaHina)
Fiksi PenggemarAkaashi Keiji está ansiando. E qual o problema disso? Ele está ansiando não apenas por uma pessoa, mas por duas. E essas duas em questão são a alma gêmea uma da outra. Não havia espaço para ele. Pena que o destino não pensava assim.