32. Que Deus me defenda dos amigos, do inimigo eu me defendo

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Harry estava apagado há dois dias seguidos.

Quando Fred encontrou-o desmaiado em um dos corredores, enquanto voltava de um encontro secreto com uma formanda da Lufa-lufa,  ele entrou em desespero e correu até o escritório de Dumbledore com o menino nas costas. O diretor não perdeu tempo e convocou todos os professores e monitores para que fizessem uma busca na escola, a intenção era descobrir quem poderia ter feito isso.

Todos, menos Cedric Diggory, apareceram. Mais tarde, ele foi encontrado apagado ao lado do corpo de Ron em um dos corredores perto da grifinória. Depois que reverteram o feitiço, os dois ainda ficaram algumas horas presos na enfermaria e mais algumas no escritório de Dumbledore para prestar esclarecimentos.

Desde então os alunos de Hogwarts ficaram apreensivos. Ron e Cedric alegaram que não sabiam o que tinha acontecido e Harry não acordava para dizer o que de fato aconteceu, se é que ele sabia alguma coisa. Então tudo o que sabemos até agora são os boatos e as fofocas que se espalham como pragas.

— Eu sinto que vou vomitar. — Gina reclamou. Ela estava andando de um lado para o outro há minutos. — E se ele nunca mais acordar? E se Harry morrer?

— Gina, ele não vai morrer. — Lilith respondeu dando ênfase na negativa.

— Então ele pode só nunca mais acordar?

— Amiga, ele vai acordar! — Luna assegurou.

Diggory se aproximou das meninas antes que Gina pudesse contestar, mas ele não se sentou ainda e ficou em pé atrás da Weasley esperando que ela se virasse. — Potter? — Ele perguntou.

Gina respondeu com uma simples negação de cabeça e um suspiro pesado.

— Porra. — Diggory resmungou. — Vocês acham que ele vai ficar bem, né?

— Espero que sim.

— Claro que sim. — Gina e Luna responderam ao mesmo tempo e, em uma situação normal, isso teria arrancado uma risada delas, mas não era uma situação normal. Lili percebeu, pela visão periférica, que Diggory estava olhando para ela, esperando por sua resposta, mas a corvinal não queria falar com ele. Pra ser exata, não queria que ele estivesse lá, sentado com elas como se fossem amigos de anos, então fingiu que não percebeu e continuou respondendo às questões de poções até que, finalmente, fosse a hora da aula extracurricular de estudo de fantasmas e ghouls.

— Preciso ir. — A ruiva recolheu o material rapidamente e se levantou para sair.

— Fantasmas e ghouls? — Luna perguntou. Lili respondeu com um aceno simples de cabeça, pronta para ir embora, mas Gina também queria comentar sobre.

— Não sei porquê você puxou essa matéria.

— Porque eu sou louca. — Lili brincou.

— Nossa, mas você deve se odiar muito. — Gina continuou com um sorriso implicante no rosto e os braços cruzados sobre o peito.

— Totalmente! — Mais uma vez, ela brincou de volta. Isso fez a grifinória soltar uma fraca, mas verdadeira risada pela primeira vez em dias. — Até depois.

Não demorou muito tempo para que Cedric voltasse a falar, querendo a atenção das duas meninas para si. — Acho que ela me odeia, sabia.

autodestrutivo × draco malfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora