Mau entendido

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— Então está grávida?

Enfurecido o chefe da máfia de colarinho branco empurra a mulher pra dentro do quarto com certa força, sem iquilibrio ela cai perto da cama King macia, ela fica onde cai, por sorte não se machucou pois a parou a queda colocando as duas mãos no chão.
— Estou falando com você sua cadela! — grita — levante-se , e responde!

Levantando a cabeça para olhar‐lo, o ver servir‐se de uma bebida, depois de dar um gole, volta para perto dela, que treme assustada, sem saber o que lhe pode acontecer.

— Sabe o que queria poder fazer com você?  — ele a chuta na perna, como se chutasse um cachorro sarnento que  o incomoda. — Depois do que fez hoje, merecia apanhar até não aguentar mais se mexer, assim não tentaria bancar a espertinha comigo.

— Aiii! Por favor, pare!
Ela fecha os olhos com força e grita ao sentir a dor do puxão de cabelos que a deixa com o rosto virado para o homem que chega muito perto dos seu rosto, e a faz sentir o cheiro forte da bebida.

—  Vai fazer um teste. – avisa

— Está me machucando... Por favor Cristóvão...

Ele realmente queria aquilo, então inpois mais força no punho.

Com os olhos marejados pergunta:
— Porque quer um teste? O que pretende fazer comigo?

— Se estiver mesmo grávida... — franze a testa — Bom, eu nunca me descuido com essas vagabundos, não quero que me passem qualquer doença ou venha com essa de filho pro meu lado, mas com você, que sei que fui seu primeiro homem a te foder, confesso que fui descuidado por duas vezes... — olhando fixo nos olhos da mulher diz ameaçador — Se estiver grávida, sei que o moleque é meu, e por mais que mereça sofrer nas minhas mãos, não vou fazer até que esteja carregando um filho meu.

Cristóvão a empurra soltando ‐a. E completa:
— Torça pra esta mesmo grávida, caso contrário...

Ele volta o olhar para a porta quando alguém bate chamando por ele.

— Estou ocupado caralho! – xinga alto

— O senhor pediu que avisasse quando seu irmão chegasse... – um dos homens dele falou do outro lado.

— Está bem! Eu já desço! – acendendo um cigarro que tira do bolso, fala assoprando toda a fumaça no rosto da Izzy que vira o rosto.

— Como eu dizia... eu quebro suas pernas e não vai mais fugir, entendeu?

Com lágrimas  de pavor que rolam dos olhos, ela afirma ter entendido, e sabe que não está grávida, pois as vezes que fora obrigada a praticar ato sexuais sem proteção, tomara a pílula do dia seguinte, que pediu que a empregada comprasse. Era bom ter com quem contar ali naquele purgatório.  Pensou.

Ela sabe que todas as ameaças podem sim, acontecer, estava diante de um homem perigoso e violento, além de ter sofrido agressão desde que viera parar ali, também presenciara castigo cruéis que ele impôs em outras pessoas, ele era um verdadeiro mostro sem alma.

— Agora levante-se, tome um banho e se arrume, vou sair com meu irmão em um jantar de negócios e vou te levar comigo.  Vamos, mexa‐se!

Só quando ver a porta ser fechada atrás de si, é que finalmente se pie de pé, e se arrasta até o banheiro enquanto tira as roupas, pesarosa deixando as lágrima rolarem, lamentava seu destino.

— Preciso de um filho! – essa era sua salvação momentânea, pensa, agora só tinha que ser rápida em agir.
Não podia passar daquela noite, teria que se oferecer de bom grado para seu malfeitor, seu carcereiro.
Respira decidida enxugando o rosto e ligando o chuveiro assim que entra no box.

caminhos cruzados por FORÇA MAIOROnde histórias criam vida. Descubra agora