Crayons | Jenlisa

29 - Sete meses de amor.

Os últimos dois meses foram tão frustrantes para os dois lados: Lalisa tinha crises frequentes e sem falar na dor que parecia não ter fim.

Mas isso era em relação a Jennie.

Seu tratamento com terapeutas e psicólogos renomados estavam avançando e ela cada vez mais superando seus traumas mas mesmo assim... Jennie tinha se tornado um assunto sensível.

Jennie não consegiua passar um dia sequer sem chorar, era impossível lembrar-se de Lisa e não chorar pela saudade.

O que doía mais em Kim era saber que faltavam dois dias para o baile, e já não iria mais dançar com Lalisa.

Lalisa por outro lado já estava cheia das inúmeras cantadas vindas de Seulgi. Aquela garota achava que ela não sabia que todos eram loucos por si e que tentavam tê-la em certos sentidos.

Ela sabia sim, só não tava nem aí para eles.

Apesar de estar triste e magoada, seu coração ainda tinha dona.

Jennie tinha que se conter vendo todo mundo dar em cima de Lalisa à todo momento.

Mas até era engraçado vê-la ignorar e rejeitar todos, só que não era nada engraçado quando ela à ignorava porque só era engraçado quando acontecia com outra pessoa.

A tailandesa ainda tinha a boneca, não tinha coragem nenhuma para rasga-lá ou joga-lá fora, mas também fazia de tudo para não sentir seu cheiro de morango.

[...]

Kim estava cheia de ouvir o professor de física falar e falar sem parar. Queria estar em qualquer outro lugar no mundo tipo: Com Lalisa, em sua cama enquanto faziam qualquer coisa que não fosse trabalho de física ou cálculos de física ou algo que envolvesse... física.

Começou a imaginar tudo que poderiam estar fazendo se ainda estivessem juntas. Olhou discretamente - talvez nem tanto - para a garota sentada do seu lado.

Lalisa Manobal, por que tem que ser tão linda e encantar tantas pessoas? Mordeu seus lábios e colocou uma perna por cima da outra e apoiou o rosto em uma das mãos.

Resolveu dar mais uma olhada em Lisa.

A menor iá estava à olhando. As duas arregalaram os olhos e voltaram os olhares para frente novamente.

"Lalisa, estava olhando para mim... Ela ela olhando pra mim!" pensou a japonesa.

Ela até chegou a pensar que talvez ela estivesse jogando todo seu rancor apenas com o olhar.

Mas só em saber que a tailandesa estava olhando para si, ficava um pouquinho mais
feliz.

— Lalisa seu pai é ladrão? — Momo viu
Seulgi, que sentava à frente da coreana virar para trás e cutuca-lá.

— Ela não tem pai, idiota. — A coreana disse para apenas ela mesma ouvir.

Tentou não prestar atenção no resto, mas não pôde evitar.

— Porque ele roubou o brilho das estrelas pra botar em seus olhos.

"Broxante" pensou Hirai.

Queria pular na garganta de Seulgi por vários motivos. Ver ela, todos os dias sem excessão, dar em cima de Lisa era um deles. Por mais que saiba que já não tinha mais nada com a menor, assistir aquilo calada era frustrante.

[...]

— Sinceramente, todo meu esforço parece ser pra nada — Reclamava Kang. Bateu a porta do armário com todas suas forças.

— Por quê?

— Eu tive até que beijar Jennie pra tirar ela do caminho!

— Disso todos sabem — Taehyung revirou os olhos. — Mas por quê?