Sou eu!

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Vou até uma loja de conveniência. Pego Um refrigerante pago e caminho em direção a meu apartamento. Estava de noite e não estava muito movimentado. Estava tão distraido observando a praia que alguém esbarrou em  mim. Só percebi quando estava no chão.

- Ai meu Deus. Me desculpa! - A mulher estende a mão para mim.
Os olhos verdes e intensos daquela mulher me prendiam. Seu olhar se destacava por conta da luz emitida pela Lua. Aceito sua ajuda e me levanto.

- Não se preocupe.. eu vou pagar pra você. - ela pega a latinha que tinha caído no chão.

- Você..

- Ahn? - ela volta o olhar para mim e seus olhos arregalam.

- Cézar? - ela sorri ao me ver. No mesmo instante Aurora corre para meus braços e eu a pego em meus braços.

- Oi Aurora! - falo com uma voz fofa.

- Parece que ela gostou mesmo de você. - ela sorri e cruza os braços.

- Eu também gostei dela. - sorrio e coloco a chupeta na boca da bebê.

Observo Luísa atentamente. Estava segurando uma sacola transparente que continha alguns alimentos.
Estava vestida com um cropped vermelho e uma saia preta que vai até acima dos joelhos. Confesso que fiquei um pouco enciumado de vê-la vestida assim. Observo que seus joelhos estão feridos.

- Luísa.. - me aproximo dela e toco seu ombro. Uma corrente eletrica passa pelo meu corpo. Sinto meu coração acelerar.

- Hm? - Luísa eleva um pouco a cabeça pra me encarar.

- o quê aconteceu com você? - minha voz sai falha. Não sei se pelo nervosismo ou pela Saudade que me corrói.

Luísa me olha espantada e se afasta de mim.

- O.. oquê está falando? - ela pega Aurora de meus braços.

- isso em seus joelhos.. o quê foi?

- Vo.. você não tem que se meter na minha vida! Mal conheço você! - ela se vira pra mim e ia sair. Mas a puxo pelo punho com mínimo de força possível e a coloco frente a frente a mim. Cansei de esconder isso.

- Na verdade me conhece sim. E muito. - levo minha mão até Aurora.

- Você é um louco!  - solto uma risada nasal. - mas se você quer saber.. cai da escada.

- Você sempre disse isso de mim. - a encaro. Consigo ver as pupilas de seus olhos verdes dilataram. Ela sabe

- Sabe.. hoje eu posso dizer que não existe só uma vida. - sorrio.

- Oquê?..

- Sou Otto.. Luísa, eu sou o seu marido. - seguro sua mão disponível

- Isso só pode ser brincadeira né? - lágrimas escorrem dos olhos de Luísa

- Sabe lu.. - a aproximo ainda mais de mim. Consigo ouvir sua respiração acelerada. - eu procurei tanto você.. - sinto lágrimas caindo em meu rosto.

- Não.. Não não não! Você não é ele!

- Não? Não lembra dos incríveis momentos que passamos juntos? Nosso primeiro beijo lá na minha casa? Não lembra de nada disso? - minha voz sai embargada.

- Otto...  - ela desaba. - Meu amor. - ela fala soluçando. - Por quê não me disse antes?

- Estava esperando o momento certo.. - Luísa coloca Aurora no carrinho de bebê e enlaça meu pescoço com os braços. Selando nossas bocas em um beijo calmo cheio de saudade. Amor. Afeto. A seguro pela cintura com uma mão e com a outra a seguro pelo pescoço delicadamente.

Ali todos nossas mágoas foram embora assim como a saudade. Tendo Luísa em meus braços e poder sentir seus lábios quentes sobre os meus era a melhor coisa que podia imaginar. Só queria tê-la em meus braços. A beija-la e cá estou fazendo isso. O amor quando é pra sempre nunca acaba. Só têm a oportunidade de se reencontrar e fazer esse amor ser mais vivo e mais forte.

Otto pendlenton.

Talvez  em outra vida, meu amor. •°| LuottoOnde histórias criam vida. Descubra agora