Capítulo 1 sem título

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Desci da moto, tirando o capacete, movimentando o meu cabelo como se estivesse em um comercial de shampoo, tantas horas dele sendo asfixiado pelo o capacete deixou o meu couro cabeludo irritado. Abri a jaqueta para deixar que o meu corpo respirasse um pouco. Usava uma calça jeans clara com alguns rasgos, botas coturno pretas, com uma blusa branca juntamente com a jaqueta. Olhei a fachada da casa, ou melhor o que o meu irmão mais novo chamava de casa. Parker o meu irmão irresponsável de recém 20 anos completados nesta semana, estava morando em sua primeira republica, desde que tinha entrado na Universidade Estadual de Ferris, por causa de ser um atleta burrão entrou com uma bolsa por causa do futebol americano, mas agora o nosso pai morreu, é agora eu tenho que resolver as coisas da morte do nosso pai e nosso relacionamento falhado.

Olhei para a única janela central, onde estava uma gritaria infernal de rapazes, como se fosse um ritual de iniciação- Dei três batidas na porta e um silêncio mortal se formou pela casa.

-Eu sei que vocês estão aí, eu já os ouvi - disse pela campainha -

O barulho dos móveis rangendo no chão, juntamente com o barulho de muita correria para todo o lado. Várias vozes vieram à tona na campainha. Várias vozes de fundo enlouquecendo quando perceberam que se tratava de uma mulher. Sim você não leu errado eu sou uma mulher não uma garota de uma república vizinha. Como eles acharam que eu era.

-Uma garota - ouvi um sussurro -

-Fofinhos eu consigo escutar vocês, eu não sou uma garota, sou uma mulher. Agora abram logo a droga dessa porta e me tragam o Parker.

-PARKER! - uma voz grave ecoou pelo o microfone -

Quando a porta se abriu dei de cara com um monte de armários me encarando como se fosse uma estranha. Passei por entre eles, empurrando sem medo algum enquanto recebia alguns olhares de reprovação.

Dei uma olhada pelo o local, prateleira de bebidas, vários sofás, globo de espelhos e luzinhas de discoteca, fotos dos membro da casa, troféus dos vários campeonatos, um mixer de doritos na mesa de centro, pesos espalhados por todos os lados, uma caixa de emergência com camisinha e pílulas do dia seguinte, lubrificantes. Alguns segundos a mais naquela casa iria me dar urticária. Respirei fundo olhando para o meu irmão no meio daqueles brutamontes.

Parker era o meu irmão caçula, porém não compartilhamos a mesma mãe, quando eu tinha seis anos, os meus pais se separaram um ano antes dele nascer, quando o meu pai se casou com a sua mãe Barbara, ela logo engravidou do Parker, ganhando um irmão com quase oito anos de diferença entre a gente. Nunca fui muito fã de visitar o meu pai e sua nova família, mas sabia da existência deles, assim como eles sabiam da minha existência. Visitava eles durante o verão mas nada de mais, eu e Parker tínhamos uma boa relação até ele seguir fielmente Brandon Blaker.

Chegava a ser ridículo como o meu irmão o seguia como um cachorrinho. Porque era o que eu estava presenciando agora nesta sala. Todos fizeram um corredor assim que Blaker desceu as escadas ficando no pé da escada me medindo de cima a baixo, meu irmão estava na ponta da esquerda.

-Quem é esta? - ele me média de cima a baixo, como se estivesse vendo só mais uma menina qualquer de alguma outra parte do campus -

Blaker, a querido Blaker. Como podemos descrever um clássico imbecil da faculdade, cabeça grande é pau pequeno? Pensa muito com as bolas e pouco com o cérebro? Sem falar que se acha dono do seu pequeno mundinho criado na faculdade, mal ele sabe que daqui uns tempos ele vai ser substituido por um mais idiota que ele, vai restar apenas fotos e memorias dos momentos que ele viveu. Como caras nessa idade assim podem ser tão idiotas? Sem falar que se pareciam todos, mas Blaker ele era diferente 1,95, ombros largos, corpo bem definido, cabelos pretos e olhos azuis como o oceano, em uma calça jeans semi aberta, mostrando a cueca branca da calvin klein, pés descalços, pele bronzeada naquela altura do inverno.

Cruzei os braços, encarando o mesmo e andando em direção ao meu irmão, puxando o mesmo até a saída comigo.

-A onde pensa que vai levar o calouro? - ele disse mais alto -

-A onde eu quiser - retruquei - Afinal ele não é vossa propriedade. Agora se me derem licença eu preciso falar com o meu irmão em particular sobre assuntos familiares. - abri a porta e puxei Parker de uma vez só para fora - Anda vem, a gente precisa conversar.

Conduzi até uma pequena cafeteria, Parker ficou calado o tempo todo, só falou quando foi fazer o pedido da sua comida. Cabisbaixo e envergonhado ele ainda não tinha coragem de me encarar.

-O papai queria você lá quando lessem o testamento - joguei a bomba -

-Eu tentei Mad - ele suspirou -

-Tentou errado como sempre.

-Madison, estou fazendo isto por nós - ele finalmente levantou olhar -

-Mas eu nunca pedi para você tomar conta de mim, eu sou a mais velha aqui, sou eu quem tem de tomar conta de você. - os pedidos foram colocados na mesa neste mesmo instante - Obrigada - tirei uma nota de 20 dólares - Pode ficar com o troco.

-Eu sei que não precisa de mim, mas o papai me fez prometer que iria cuidar de você em falta dele.

-Ah claro, jogar a culpa no morto é sempre mais fácil, até porque ele não está aqui para se defender.

-Mad eu já sabia que ia ser difícil falar isso com você mas pelo menos uma vez na vida, deixa eu cuidar de você.

-Parker eu não preciso de cuidados, eu sou a irmã mais velha, eu sou a policial aqui.

-Eu sei que você é superior a mim em muitos aspectos, mas não precisa ficar sempre jogando isso na minha cara irmãzinha.

-É que eu adoro tirar sarro do meu irmãozinho - baguncei o seu cabelo -

-Mas me deixa ajudar, pelo menos neste caso eu posso ajudar.

-Parker - resmunguei -

-Ele está aqui, ele vai fazer algo aqui. Eu conheço isso muito bem, eu posso te ajudar eu prometo que se as coisas ficarem feias eu deixo isso de lado, ou melhor eu deixo para você resolver da sua maneira e nunca mais eu me meto em um dos seus casos.

-Se eu falar não você vai se meter na mesma, eu não tenho escolha a não ser dizer sim.

-Jura? - seus olhos brilharam -

-Não me deixe arrepender por favor.

-Jamais.

Bom como eu explico isto, eu sou a irmã mais velha que fugiu aos estereótipos de se casar e construir uma família feliz. Quando terminei o ensino médio, acabei fazendo voluntariado durante um ano por quase todos os cantos do mundo, decidi fazer investigação criminal, Harley Cult Factory Racing, um apê legal, um cão que passa mais tempo na minha mãe do que comigo. Atualmente estou a procura de um possível serial killer que tem gosto em universitarios sedentos de festas, sexo e drogas. Meu trabalho é tentar solucionar esse caso. Então ligando A mais B dá para entender o que o Parker quer. 

Dangerous CurvesOnde histórias criam vida. Descubra agora