A rosa de Poseidon

brilhante, brilhante

Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o inseto faz seu ninho;

Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;

Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te escuso, e me convenço

Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,
Dou-me ao ladrão amado e amoroso.

William Shakespeare

( quanto mais comentários mais rápidos novos capítulos viram)

Existe vários tipos de sentimentos que podem marcar a sua vida, pra alguns são o amor já outros são o ódio e a raiva, alguns dizem que não devemos guardar rancor contra os outros mais como podemos fazer isso se o ser humano é desprezível desde sua essência

Talvez seja por isso que os deuses odeiam tanto esses seres desprezíveis que se acham superior a eles, talvez seja por isso que não consigo julgar o deus a minha frente por não me olhar

A onde fica Atlântida?

Resolvi tentar cortar o gélido silêncio mais não adiantou em nada, Poseidon permaneceu olhando para o horizonte

Já fazem quase uma semana que estamos dentro dessa carruagem a caminho de uma entrada para a tão famosa cidade governada por Poseidon, Fitoria e Hades obrigaram a gente vir de carruagem pois não sou acostumada com os poderes dos deuses, ainda lembro-me da expressões alegres de Hades e Fitoria

Ayla estava completamente entediada e a única coisa que fez no trajeto foi olhar pro horizonte assim como Poseidon que não falava nada ao ouvir os suspiros que a mulher hora ou outra soltará

A carruagem parara e Poseidon sai fazendo Ayla se perguntar se ela deveria sair também

Ao descer pode perceber que estava no meio de uma floresta e se perguntava a onde estava

Mais logo deu um pulo ao sentir pequenas mãozinhas tocarem seus longos cabelos

Brilhante

Falou uma pequena ninfa

Você não deveria tocar só porque é brilhante

Falou Poseidon repreendendo a ninfa que encolheu ao perceber o olhar ameaçador do deus dos mares

Ayla ao perceber o olhar de Poseidon tocou nos cabelos da pequena ninfa

Está tudo bem pode tocar em meu cabelo

A pequena ninfa tocava no cabelo de Ayla quase babando enquanto insistia em falar

brilhante, brilhante

Você não deveria deixar esse ser tocar seus cabelos

Porque?

Poseidon se aproximou e tocou em uma das mechas de cabelo de Ayla fazendo por um momento a garota segurar a respiração já  a pequena ninfa ameaçou a cortar a mão do deus que se enfureceu

Brilhante, brilhante

Poseidon apenas empurrou a ninfa fazendo Ayla ficar sem entender  o que acabara de acontecer

Ninfas da terra são obcecadas com coisas belas e brilhantes, ao ponto de arriscarem a própria vida para obter, esses seres não se importariam em te matar se isso significasse que você continuaria brilhando e nunca os abandonaria

Brilhante, brilhante

Falava a pequena ninfa choramingando enquanto tentava abraçar Ayla

Seu pequeno ser insignificante como você ousa me desobedecer?

Questionou Poseidon  com um olhar ameaçador fazendo a pequena ninfa se encolher e apertar a cintura de Ayla enquanto chorava e murmurava

Brilhante, brilhante

Poseidon pegou a pequena ninfa e a jogou longe, assustando Ayla e a criatura

Vamos logo

Poseidon falou continuando a caminhar e ignorando completamente Ayla e a pequena ninfa que começou a seguir os dois

Logo o ambiente começará a mudar e uma grande árvore no meio de um pequeno riacho apareceu, Poseidon apenas pisou no riacho e uma grande luz apareceu

Vai ficar plantada aí até quando?

Perguntou Poseidon impaciente, Ayla sem falar muito seguiu os passos do Deus que a levou até uma bela praça