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Helena

Estou no quarto,colocando a larinha pra dormir,brincamos tanto chega bateu cansaço na pequena. Nunca que eu imaginaria que ela seria filha dele,ela é muito diferente do pai.

Ele é bem frio o contrário dela que exala felicidade por onde anda. Eu não julgo ele,pois não sei o que ele passou ou deve passar,sempre viso bastante esse lado.

São sete e meia da noite,a lua está brilhando como nunca,o som das ondas são tão forte chega eu ouço de dentro do quarto que eu estou.

Quando olho pra criança que estava ao meu lado,ela já estava dormindo feito um anjo,me levanto e vou direto pro banheiro tomar um banho de água fria,estou precisando pra relaxar a mente.

O portuga tinha mandado o homem pegar uma bolsa em que a gi separou pra mim,pelo o visto vamo passar ainda alguns dias por aqui.

Saí do banho,fui até a bolsa procurando uma roupa ou melhor um pijama em que me agradasse,achei uma lingerie azul marinho e vesti.

Sinto alguém me observando e quando olhei pra trás,o portuga estava lá,me encarando com aqueles olhos escuros e com a postura em que ele tem.

Helena: meu senhor- tentei me cobrir com a toalha.

Portuga: relaxa pô- ele veio caminhando chegando bem perto de mim.

Quando eu fui ver estava colada com o corpo dele,sentindo nossas respirações se juntarem. Ele encara minha boca e eu faço questão de continuar olhando cada detalhes de seu rosto e cara ele foi desenhado,a mãe dele não tem um útero e sim um pincel.

Ele me encostou na parede,colocou a mão em minha nuca e eu levei minha mão até seu maxilar,passei a língua entre meus lábios e vi ele soltar aquele sorriso cafajeste dele.

Ele iniciou um beijo calmo e nossas línguas se cruzavam em uma só sicronia. O gosto do beijo da boca dele era um pouco do gosto de maconha,com o de cachaça e com o de melancia.

Era um misto de sabores,mas estava uma delícia. Continuei o beijo por alguns segundos e logo finalizamos por falta de ar,em seguida acabamos finalizando com alguns selinhos e ele puxou meu lábio.

Ficamos em silêncio por um tempo,até escutarmos o celular dele vibrando em seu bolso.

Helena: não vai atender?-arqueei a sobrancelha.

Ele não falou nada,apenas saiu pegando o celular.

Que homem estranho.

Sentimento VagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora