chapter XV - Jane 'nd Nat

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Nat pov:

- Mãe? - falo

Eu prometi a ela que passaria a tarde com ela.

- Como ela tá? - Pergunto a meu pai

- Você sabe como ela é, quer ser forte, mas está caindo. - Ele diz preocupado

- Pai. - Falo. - O senhor precisa descansar. - Meu pai se acha invencível.

- Não posso... Não consigo. Eu não consigo dormir, tenho medo de me bater nela e a machucar. Acordo toda a noite para ver se ela está respirando. Ela perdeu peso e mau come. Estou preocupado, filha.

Ninguém te diz o que fazer quando alguém que você ama está doente. Só você sabe o quanto você adoece junto a pessoa amada.

- Ela passa horas no laboratório tentando descobrir uma cura, um remédio e depois fica mais cansada do que estava. - Meu pai diz

- Você ainda acha que é uma boa ideia não contar para Afrodite? - pergunto

Ficamos em silêncio por um tempo.

- Nat? - Minha mãe me chama

Vou até seu quarto e ela estava deitada na cama

- Oi...- falo e me sento ao seu lado. - Estava com saudades, senhorita Foster. - Passo a mão em seus cabelos.

– Você prometeu passar toda a tarde comigo. - Ela diz

– É claro, vamos nos divertir bastante. Por que você não vai tomar um banho e se arrumar? – Falo

Ajuda ela a se levantar.

– Eu consigo. - Minha mãe diz

– Tudo bem! - Falo tentando não irrita-lá. – Se precisar vou está na sala com o Pai.

Era doloroso. Meu pai estava sofrendo e ele não era do tipo que mostrava suas emoções facilmente, mas eu o via sofrer em silêncio.

– Pai. – Falo. – Lembra da primeira vez que nos vimos após sei lá uns 4/5 anos?

– Sim. Você cortou seu cabelo e usava roupas mais apertadas. – Ele diz. - Não conseguia acreditar no quanto você tinha crescido, você lutou bravamente contra seu tio. Afrodite... Bem, não sei se ela faria o mesmo. 

- Acho que ela o ajudaria, mesmo não acreditando que seria a decisão certa. Para ela o mais importante são as pessoas que ela ama. - falo 

- Sim, acredito em amor e família, mas acho que ninguém é capaz de amar como ela. Para mim, fazer o que é certo e sensato sempre é a melhor escolha e sei que você também acredita nisso. Mas quando te vi a primeira vez confesso que fiquei desapontado, você não era mais minha garotinha, você costumava abraçar minha perna e eu andava e voava com você presa nela e Afrodite ficava possessa. E você dizia que era a garotinha do papai e que se casaria comigo quando crescesse. Ah... isso foi há muito tempo. - Ele falava orgulhoso, mas também existia um pouco de saudades e arrependimento.  

– O que está fazendo? – Pergunto

Ele jogava temperos na panela.

– O almoço. Admito que sua mãe é um pouco melhor que eu nesse quesito. – Ele diz. - Mas estou tentando, outro dia fiz uma sopa e estava deliciosa. Palavras da sua mãe.

- O filho de Odin agora cozinha? - Falo gargalhando

- Pode rir agora, mas quando era pequena você amava meu cereal com leite. - Meu pai diz

— Isso foi quando eu tinha quantos anos? Três? A propósito, pai. Quantos anos você tem? Sempre fiquei curiosa quando você falou de coisas que sabe, aconteceram há séculos!

- Por que você não vai ver sua mãe? - Meu pai diz desconversando.

- Tá bom. Eu vou ver se ela já terminou. Mas eu vou descobrir. 

Ela pediu que fôssemos até a praia, tomar sol e beber água de coco.

– Aqui. – Falo entregando o coco para ela. – Está um dia lindo, não é?

Ela apenas sorrir

– Mãe, me dói ver você assim. – Falo. – A gente precisa falar com Afrodite, talvez ela posso ajudar de alguma forma.

– Não posso. Eu nunca vou me perdoar por deixar vocês voltarem para Asgard, Afrodite ainda sofre por causa disso. E sei você imagina que a vida poderia ter sido diferente. – Ela diz

– Mãe, somos grandinhas agora. Acho que conseguimos lidar com nossa infância, você não pode se responsabilizar sozinha. E olhando para aquele tempo, você não tinha muito o que fazer. Somos adultas agora e as decisões que tomamos são baseadas em nós mesmos. – Falo

Deixo ela em casa a noite, mas a vejo tão cansada que mal conseguia abrir os olhos.

– Tony?! Bruce?! – Falo indo na casa dos vingadores

– Aqui! – Bruce grita do laboratório

– Trouxe comida. - Falo. – Esses são os últimos exames dela. – falo colocando os exames de minha mãe na mesa

– Isso não é bom. - Bruce diz. – Olha Tony.

– Em qual estágio você disse que ela estava? – Tony perguntar

– Terceiro. - Falo

– Este não é o terceiro estágio e o Quarto – Tony diz. – Sinto muito Nat.

– Não tem nada que vocês possam fazer? – pergunto tentando não me desesperar

– Nat... sinto muito. – Bruce diz me abraçando

Não não não

– Não, não posso aceitar! Preciso falar com Afrodite. – Falo

– Onde ela está? Ela não sabe? - Stark pergunta

– Ela voltou para Asgard há quatro meses. Minha mãe não quis falar para ela, mas não vejo solução agora. – Falo

- Alguma das joias não tem o poder de cura ou sei lá algo como voltar no tempo, identificar essas células e as destruir? - Tony diz

- Eu não sei, mas preciso descobrir. Vou até Asgard. 

Vou para o jardim e chamo Heimdall.

- Até logo, meninos! - Falo

- Tal pai, tal a filha, olha só a marca que ficou no nosso jardim! - Tony diz 

AFRODITE: exileOnde histórias criam vida. Descubra agora