Depois que Malfoy realizou uma inspeção final na casa queimada, enquanto Elena ainda gritava com Robbards, todos eles partiram, aparatando de volta para o Ministério. Elena pediu a Hermione para levá-la ao ministro Shacklebolt, afirmando que ela tinha que falar com ele imediatamente, enquanto Harry e Ron voltavam para seu escritório, seguidos por Malfoy e a pequena Anya, para preencher a papelada. Já passava da hora do almoço, então Ron saiu para trazer comida para eles, e Harry foi deixado em seu escritório com um Malfoy e uma miniatura de Malfoy, não em aparência, mas em espírito. Foi uma situação extremamente desconfortável.
— Sintam-se em casa. — Disse Harry, caindo de novo em sua cadeira, e dizendo a si mesmo que tudo o que tinha que fazer era se concentrar em preencher sua papelada e só falar com Malfoy se precisasse de algum detalhe que não havia seguido durante o ataque, antes de deixá-lo ir. Apenas alguns minutos em uma sala com Malfoy, ele poderia ser civilizado.
— Não, isso não significa que você pode mexer nas coisas deles, Anya. — Malfoy cuspiu, puxando delicadamente a capa de sua afilhada antes que ela chegasse à mesa de Ron.
— Mas ele disse... — Anya protestou.
— Isso significa que você pode se sentar e se comportar adequadamente. — Malfoy interrompeu. — Não se comporte como você faz em sua casa.
— Bem, isso não faz sentido. — Ela disse, com um sorriso cativante cheio de falsa inocência. Malfoy apenas revirou os olhos e apontou para a cadeira em frente à mesa de Harry, e ela se sentou. Malfoy também estava visivelmente desconfortável, mas se sentou na cadeira ao lado dela.
— Então o que fazemos agora? — Ela perguntou, olhando para Harry com muita curiosidade. — Isso acabou muito rápido, podemos ir fazer alguma outra missão à tarde?
Harry olhou para Anya sem nenhuma pista de como a mente daquela criança funcionava.
— Anya, pelo amor de Merlin…! — Malfoy estava pressionando sua têmpora novamente. — Agora, Potter tem que escrever um relatório sobre o que aconteceu e eu só estou aqui para preencher qualquer detalhe que ele perdeu. Então vamos embora.
— Sério? Papelada chata? — Ela reclamou. — Sem mais ação? E depois vamos para casa? Uau! Nunca pensei que trabalhar como Auror seria tão chato. Talvez seu trabalho seja mais divertido do que eu, tio Draco.
Harry não conseguiu conter o riso. Ela era difícil de entender, mas aos olhos de Harry ela ainda era adorável. Pelo menos ela foi muito honesta.
— Bem menos glamoroso do que parece né? — Harry disse, seus olhos já fixos no pergaminho à sua frente enquanto começava a escrever seu relatório.
— Sim! — Ela disse, feliz por Harry ter concordado com ela. — Eu acho que pelo menos o Escolhido não teria que preencher papelada.
De alguma forma, ser chamado de O Escolhido por aquela garotinha não incomodava tanto Harry. Foi quase doce.
— Não há favoritos aqui! — Harry disse, piscando para ela antes de encarar seu relatório. Enquanto isso, Malfoy colocou a cópia do Profeta Diário em cima da mesa de Harry e começou a ler.
— Nossa, seus olhos são muito verdes, Sr. Potter, como os meus e os da mamãe. — Anya disse, parecendo completamente fascinada por aquele pequeno fato. — Eles são muito legais.
Harry encarou a garotinha, mais uma vez perdido. O comportamento dela deixou Harry um pouco preocupado, com medo de como seria quando Teddy, seu próprio afilhado, chegasse a essa fase. Ele olhou para Malfoy, que olhou para Harry com um pequeno sorriso, mas não disse nada, e rapidamente voltou ao seu jornal.
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Draco Malfoy and The Aeternum Caput | Drarry
Fiksi PenggemarHarry Potter estava tentando viver uma vida tranquila após a guerra, com seus amigos ao seu lado e um emprego gratificante. Ele estava convencido de que havia deixado para trás sua antiga obsessão por Draco Malfoy. No entanto, tudo mudou quando seu...