Dream

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Era uma tarde de verão, tão quente quanto as outras. Estacionei na frente do hotel com o coração acelerado, antecipando tudo que aconteceria ali.
Quando entrei no hotel em que você estava hospedado, meu corpo irradiava tensão e medo, medo de ser rejeitada, medo do novo e de todas as sensações que eu estava sentindo naquele momento. Um misto de ansiedade, acho que assemelhavam se aquelas borboletas que fazem cócegas no estômago.
Logo na entrada do lobby a brisa fresca me alcançou refrescando a minha pele quente do sol, da paixão, do desejo. Andando discretamente em direção às escadas analisei as pessoas, os móveis, as plantas... tudo gritava perigo em uma voz muda que me alcançava de forma dura. Subindo as escadas pude sentir as batidas do meu coração se acelerarem, a cada degrau subido era como se ele parasse.
A escadaria era de madeira, algo bem trabalhado onde os corrimões pareciam dosséis das camas do século antigo, os degraus eram cobertos por um tapete vermelho, sentia-me em um espetáculo onde eu era a atração principal e estava próximo ao início do show.
Quando finalmente consegui chegar à porta do seu quarto, pensei em desistir, mas a cada batida na porta o meu coração parava brevemente e então quando finalmente você abriu, nada me preparou para o que eu vi. Você estava coberto apenas com uma toalha na cintura, onde o breve minuto de contemplação da pele nua e exposta, me fez salivar. Cada contorno do seu corpo era como um mapa que levava diretamente para o paraíso que eu sempre sonhei. Você estava molhado e irradiava masculinidade com seu cheiro peculiar de menta e pimenta. Seu choque ao me ver constrangeu me, segundos passaram se como horas era como se houvesse um duelo dentro de você, mas logo tomou me em seus braços de forma inesperada, como se a muito estivesse esperando por aquilo, por aquela visita, com uma saudade inexistente, transformando toda a tensão e o medo em tesão e lascívia.
Você me agarrou de forma que nem nos meus melhores anseios pude imaginar, minhas pernas enroscando automaticamente em sua cintura, já sentindo a sua dureza, cada beijo era sôfrego e cheio de urgência. A cada toque seu no meu corpo era como se uma descarga elétrica passasse por mim, despertando sensações até então desconhecidas. A loucura, a rapidez, os sussurros em meu ouvido. Tudo não chegava nem perto do que eu havia pretendido.
Era como se buscássemos a libertação de algo contido, ansiado a muito tempo. Seus lábios eram quentes, macios e percorriam todo meu corpo ocasionando uma súplica silenciosa, a ansiedade fazia meu corpo tremer. Sua boca deslizando pelo meu pescoço chegando na minha clavícula com breves assopros, lambidas e beijos. Um caminho tortuoso que estava me levando ao delírio meus seios intumescidos  de desejo com o calor da tua boca quente, uma descida lenta e agonizante. Me pôs de pé para tirar meu vestido de verão, ao qual abrigava apenas meu corpo e nada mais. admirou me contemplativo e desejoso. Um olhar cheio de lascívia e promessas silenciosas, olhou me como um animal observa a sua presa antes de devorá- la. Deitou me novamente na cama e suas mãos quentes tocaram e acariciavam meu sexo, eu já estava pronta. Com a boceta pingando de antecipação senti seu dedo indicador e o médio me penetrarem em uma dança suave e ritmada, alcançando toda a extensão da minha intimidade. Senti os primeiros espasmos do prazer se aproximarem através do toque dos teus dedos e então a explosão me fez tremer em suas mãos.
Vê-lo colocar os dedos na boca sentindo o meu gosto, fez meu corpo despertar e inflamar novamente. Sua língua cobiçosa abriu me e explorou com rapidez, lambendo minha carne molhada fazendo me gemer de desejo. Lambendo meu clítoris fazendo com que eu chegasse novamente ao ápice e quando a tortura finalmente acabou, me penetrou de forma dura e rápida, arrancando gemidos guturais e ensandecidos. A cada estocada o prazer reverberava em meu corpo buscando outro orgasmo. Seus lábios devoravam os meus de forma frenética e fervorosa assim chegamos ao clímax juntos, de uma forma única e carregada de significados.
Você me aninhou com amor e carinho em seus braços como se eu fosse o seu bem mais precioso, ficamos ali durante muito tempo curtindo o nosso pos sexo. Divagando sobre o futuro incerto que nos aguardava fora daquelas paredes que hora testemunhavam a concretização arrebatadora do nosso sexo e hora a duvida e a incertaza.  Levantamos e fomos tomar banho, você abriu o chuveiro me pegando de surpresa e um jato quente nos saudou. Senti seu pau endurecer novamente sob minhas costas e então virei me delicadamente e sedenta. Perscrutei teu corpo com pesar,  sabendo que nosso tempo chegava perto do fim e eu ainda não estava saciada de tudo que podíamos fazer. Ajoelhada abocanhei seu pau sem demora, beijando e chupando com longas lambidas. Decorando cada saliência, veia e detalhe. Você fodeu minha boca com rapidez e aspereza,  logo pude sentir teu sabor, um gosto doce e inesquecível.
Sabia que nossa hora estava próxima e logo teríamos que nos despedir. Uma despedida cheia de angústia e anseios. Uma separação cheia de dúvidas e esperanças. O fim do nosso encontro chegou, nos vestimos e nos despedimos com a promessa silenciosa de uma próxima vez.
Olhei uma última vez para as longas janelas do quarto onde um lindo pôr do sol se revelava.







Por Suellane.

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