Capítulo 1

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Dias atuais

Maya

Acabei de chegar em NY, fui contratada para trabalhar na maior empresa de Engenharia daqui, estou muito empolgada, nesses 1 mês que fiquei esperando a resposta de algumas entrevistas, me desempenhei em vários projetos, estava fazendo alguns bicos por fora para pequenas empresas e tive ótimos feedbacks, além disso trabalhava como secretaria executiva de um grande advogado, quando pedi demissão ele me implorou para ficar, mas meu sonho ainda estava vivo, só estava esperando uma oportunidade.

E aqui estou eu, quando recebi o e-mail de que fui aprovada, fiz minhas malas, aluguei um apartamento e já logo comprei minha passagem. A ENG FERREIRA LTDA é a maior empresa de Engenharia que já vi, meu pai já quis fechar parceria com eles, mas nunca conseguiu, apesar de papai ser bilionário, não foi bem visto pelo grande CEO, que agora é meu chefe.

O avião acabou de pousar e eu já estou aqui esperando minhas malas, apenas com uma bolsinha de mão com algumas coisinhas, fiz a burrice de deixar meus documentos, minha carteira e meu telefone dentro da mala, estava tão animada que acabei não vendo quando guardei tudo e entrei no avião.

Maya: Hello!

Recepcionista: Olá, é brasileira?

Maya: Como descobriu?

Recepcionista: Pelo sotaque puxado, meu nome é Raissa, em que posso te ajudar?

Maya: Bom Raissa, não consegui achar minhas malas em lugar nenhum, poderia verificar por favor.

Recepcionista: Posso sim, só um instante. – Ela olha para o computador e demora uns 10 minutos até voltar a olhar para mim. – Bom Sra. Maya, não consegui identificar esse código, sua mala pode ter sido perdida, mas já pedi ao pessoal do desembarque olhar e me passar mais informações.

Maya: Como assim perdida? Meus documentos estão lá dentro moça, meu celular e tudo que tenho de mais precioso também está lá.

Recepcionista: Calma Sra. nos já vamos resolver, se puder esperar um pouco sentada ali naqueles bancos, assim que tivermos um retorno eu lhe chamo.

Maya: Tudo bem, obrigada!

Estou aqui desde as 14:00 da tarde, no relógio do aeroporto já está marcando 19:00 da noite, isso não pode estar acontecendo comigo, logo no meu melhor momento, sinto lagrimas caírem involuntariamente pelo meu rosto, as limpo e levanto da cadeira indo em direção ao guichê novamente.

Maya: Boa noite! Conseguiram achar minhas coisas?

Raissa: Bom, não conseguimos achar, mas você não foi a única que perdeu a mala, estamos procurando a melhor solução, o jeito é a Sra. esperar até amanhã de manhã...

Maya: Amanhã de manhã eu tenho que estar no meu novo serviço, e não tenho outro lugar para ir, o cartão e a senha do meu apartamento estão na mala. – Sinto mais lagrimas caírem.

Raissa: Calma, meu turno está acabando agora, posso te ajudar com essa situação, eu não moro muito longe daqui, você pode ir para minha casa e eu te empresto umas roupas para sua entrevista de amanhã.

Maya: Aceitaria uma estranha na sua casa?

Raissa: Sinto que não é uma estranha, me espera ali, que eu vou buscar minhas coisas.

Assinto e sento novamente na cadeira, pelo menos conseguirei ir na empresa amanhã, me lembro bem da moça do RH me dizendo que se eu me atrasar ou não comparecer, eles irão entender isso como uma falha enorme e não serei contratada.

Raissa vem em minha direção já sem o uniforme e com um sorriso no rosto, ela é bem simpática, ela me guia até seu carro, e quando vejo o que ela está dirigindo fico com cara de espanto.

Maya: Como consegue dirigir isso? – Aponto para o carro que é uma lata velha caindo aos pedaços.

Raissa: Foi o único que achei barato, não é tão ruim assim.

Maya: Desculpa, mas não consigo ver você dirigindo um carro assim, eles pagam tão mal assim?

Raissa: Eles pagam o que podem. – Ela me olha com uma certa tristeza.

Maya: Eles são a melhor companhia área do mundo, como pagam o que pode?

Raissa: Vamos indo que ainda tenho que pegar meu cachorrinho no pet shop.

Maya: Tudo bem.

Entramos no carro e ela dirigiu em direção ao pet shop, entrou para pegar seu cachorrinho, quando saiu pude ver uma bolinha de pelos bem pequena e muito fofa, ela o colocou no banco de trás e seguiu para sua casa.

Paramos em frente um apartamento bem antigo, digamos quase caindo aos pedaços, sinto ela ficar envergonhada, mas não digo nada, fui inconveniente com o carro, não vou ser com a casa.

Raissa: Chegamos. – Ela sorri, pega o cachorro e abre a porta.

Subimos as escadas, ela mora no 4º e não tem elevador, quando ela abriu a porta senti um cheiro forte de flores do campo, ela é igual minha mãe, ama flores do campo, entro e deixo minha bolsa em cima da escrivaninha.

Raissa: Bom esse é meu lar, vou pegar umas roupas para você dormir e ir na sua entrevista amanhã.

Maya: Não é entrevista, é meu primeiro dia.

Raissa: Hum, e onde irá trabalhar?

Maya: Na ENG FERREIRA LTDA, sou formada em Arquitetura.

Raissa: Uau, vejo muitos gringos engravatados pedindo ajuda para chegar lá, falam muito bem dos donos. – Ela diz isso indo no quarto e trazendo as roupas para mim.

Maya: Donos? Pensei que fosse apenas um.

Raissa: Os irmãos Ferreira, Diego e Marcos. Diego é o grande CEO, já o Marcos é o gerente, muitas mulheres dizem que são Deuses Gregos de tão lindos.

Maya: Há há, você fez uma cara engraçada.

Raissa: Bom vamos comer algo, deixa eu ver o que Nick fez de comida.

Maya: Nick?

Raissa: Meu irmão, não moramos juntos, ele dormiu aqui ontem. Ele é um grande cozinheiro, faz muito sucesso. – Ela sorri e abre a geladeira. – Ele fez lasanha, vou esquentar para comermos, nossa nem lhe mostrei o banheiro, é aqui. – Ela aponta para a primeira porta a minha direita.

Pego as roupas que ela me emprestou, separo as que irei usar amanhã, abro a porta e adentro o banheiro, está bem cheiroso, tiro minhas roupas e tomo meu banho, lavo meu cabelo e saio do banheiro já vestida com as roupas, que são um blusão e um short bastante confortáveis.

Me sento na mesa e pego o prato onde ela já havia me servido, comemos caladas apenas aproveitando o clima ambiente, sem muito barulho e com um cheiro gostoso no ar, termino de comer, lavo meu prato e sento no sofá.

Raíssa: Já vou deitar, ali tem um quarto de hospedes, você pode dormir. Que horas tem que acordar amanhã?

Maya: Tenho que estar lá as 09:00.

Raissa: Ótimo, Boa noite.

Maya: Boa noite, e muito obrigada por me ajudar. – Ela assente e sorri, vai até seu quarto e fecha a porta.

Eu me levanto, pego minhas coisas, as roupas que ela me emprestou e vou até o quarto, fecho a porta, deito na cama e fico pensando no que vai acontecer amanhã, até que adormeço.

CEO ARROGANTE E A ARQUITETAOnde histórias criam vida. Descubra agora