E se a única noite em que você pudesse se perder em desejos e luxúrias, acabasse sendo o fim de toda sua liberdade? E, se o homem que te tirou de órbita e a levou a sentir coisas deliciosas, de um dia para o outro se tornar seu segurança pessoal?
A...
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Olho para meu pai, o sorriso em seu rosto era tão destoante que eu não sabia se me sentia satisfeito ou preocupado. Sento-me em sua frente, esperando que ele me diga alguma coisa. Já fazia duas semanas desde que entrei na mansão dos Killman's. Por enquanto, as coisas estavam muito tranquilas, apenas aquele único inoportuno me incomodava.
— Consegue me trazer alguma coisa em breve? — Meu pai me olha, amassando seu cigarro no cinzeiro em seguida. — Precisamos agir rápido, Alec. Estou muito satisfeito por ter entrado tão rápido, mas não adianta nada se não conseguir provas.
— Estou trabalhando nisto.
— Seja firme, garoto. Você é bom demais, não deixe esse seu lado te impedir de completar o trabalho, aquelas pessoas não merecem benevolência, você sabe.
— Claro. — Aceno com a cabeça, tentando não encanar com o "bom demais". Onde diabos isso era um defeito?
— Seria muito bom se fosse algo forte o bastante para derruba-los, mas sei que é difícil de primeira. Estou confiando em você, sabe que no final algo bom te espera.
— Falando nisto. — O encaro. — Já que estamos em um acordo, gostaria de pedir algo em troca.
— Depois falamos nisto. Só faça o que eu mando por enquanto.
Vejo-o se levantar, acenando com a cabeça antes de seguir até a porta pouco iluminada. Bufo de frustração, que porra! Engulo o líquido âmbar de uma vez, sentindo o ardor de imediato. Minha mente passa a pensar em como eu acharia algo que fosse do seu agrado e o mais importante, em como eu conseguiria tempo para vasculhar. Anelise estava comigo a maior parte do tempo.
Penso nela e em como as coisas estavam esquisitas. Eu estava seguindo fielmente o plano de não me aproximar dela, eu não precisava de mais problemas na minha vida. Entretanto, era um pouco complicado não pensar nas inúmeras coisas que eu queria fazer com ela, ainda mais quando a garota decidia se vestir de forma tão deliciosa toda hora. Na verdade, eu acho que a culpa era totalmente da minha mente depravada.
Mesmo depois da festa de Natan, a vontade louca de me afundar nesta morena ainda estava forte. Suspiro, afastando essa ideia da minha mente.
Olho para o relógio, eu precisava voltar a mansão o quanto antes. A desculpa de uma reunião de seguranças havia colado bem já que nem o Killman nem Anelise desconfiaram.
Entro no carro, seguinte rápido pelas ruas. Me preparo mentalmente para passar mais um dia sem dirigir nem uma palavra a ninguém. Não vou negar, está sendo tedioso para um caramba.
Eu precisava agir rápido para que essa merda toda acabasse de uma vez.
Não demora para que eu chegue até a casa, entrando rapidamente no local. Abro a porta devagar, vendo que o ambiente estava silencioso. Anthony havia saído cedo e pelo visto ainda não tinha retornado.
