Dois

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Olá pessoal?
Vocês estão gostando da história?
Robin pode ser um tanto quanto...rústico. Mas ele tem seus motivos para ser um cawboy tão turrão dessa maneira!
Agradeço por todas as vizualizações estou muito feliz!
Espero que gostem do capítulo! ❤️🥰

Dois

O frio era mesmo um dos piores que Regina  havia passado em toda sua vida, o vento forte atingia sua pele quase que desprotegida daqueles poucos graus que estava fazendo naquele início de noite, apesar de ter colocado uma única blusa de malha que tinha em sua mala nada adiantou ou melhorou, seus dentes batiam freneticamente um no outro fazendo os mesmos doerem, certamente não estava preparada para uma tempestade.

Os pingos de chuva começaram a cair sobre seus cabelos pretos, pingos tão gelados quanto cubos de gelo caindo sobre seu corpo, ela estremeceu no mesmo segundo que começou a sentir suas roupas molhadas atingirem sua pele bronzeada, a estrada estava ficando escura e Regina  começou a sentir além de frio, medo, naquela região alguns peões não tinham uma boa reputação quando se tratava de mulheres caminhando sozinha na estrada escura.

Começou a procurar um possível lugar para se esconder a noite, um celeiro, uma cabana abandonada, uma traseira de picape, qualquer coisa que ela pudesse se proteger até que o dia raiasse e Regina  pudesse caminhar até a Vila.

Pensou em dar meia volta e pedir abrigo na fazenda Raio de Sol, mas ao se lembrar de Robin  desistiu imediatamente.

Ela respirou fundo, seus olhos estavam buscando qualquer lugar que fosse um pouco seguro.

Uma pontada surgiu em seu peito ao pensar em sua família, em todos naquela cidade que achou que Regina  era culpada por tudo que aconteceu com sua família, que ela foi cúmplice de seu então noivo Daniel para roubar toda a riqueza da família Mills. As lágrimas caíram ao se lembrar que seu pai morreu de infarto um ano depois dela ser presa, sem saber que Regina  era completamente inocente.

Distraída com seus pensamentos Regina  não viu que havia um buraco bem a sua frente, sentiu a fisgada em seu tornozelo assim que seu corpo atingiu o chão, seus pulmões doeram quando ela puxou o ar com força, as roupas molhadas e a rajada de vento frio dificultaram para que ela pudesse se levantar, mas assim que deu o primeiro passo sentiu que seu tornozelo estava bem pior do que imaginava.

"Ótimo, esse então é meu fim, morrer congelada"

Pensou Regina .

Sentiu uma pontada de esperança em seu peito quando avistou um farol vindo ao seu encontro.

-O que a moça está fazendo nesse frio, belezinha?

Era um homem, de mais ou menos seus quarenta anos, pele morena, barba por fazer, touca na cabeça e casacos bem grossos na cor marrom, pelo seu sorriso malicioso Regina  sabia que era encrenca na certa.

-Precisa de uma carona belezura?

-Não, não preciso muito obrigada- respirou fundo e ajeitou a mala em seus braços.

-Vai acabar morrendo aqui - o homem desceu da caminhonete e se aproximou. - Tão linda para morrer aqui... - levou as mãos em seu rosto, Regina  se afastou.

-Você pode ir, eu não preciso de carona.

-Assim tão fácil?

O homem então agarrou Regina  pela sua cintura fina fazendo seu corpo colar no seu, no mesmo instante ela pode sentir seu hálito de cachaça, suas mãos grandes cravadas em sua cintura.

-Me solta - ela disse com a voz firme.

-E porque eu deveria? - tentou aproximar seus lábios nos de Regina , rapidamente ela virou o rosto.

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