Frost Bite quando o lobo e a ovelha viram um só

Capítulo 1 ida ao mercado

A neve era Fria e impiedosa fora do carro
eu começava a ficar tensa com a possibilidade de ficar atolada a essa hora da noite e num frio tão espesso

Mesmo que dirigindo a uma hora não encontrava nenhum lugar, nehuma casa, só neve

Até que..

(Avisto de longe uma luz.. parecia ser de um mercado!)

- Maravilha (digo sorrindo e soltando um suspiro de alivo)

Vou em direção ao mercado e estaciono na frente, estava deserto.. mas também quem seria maluco como eu de sair em plena tempestade de neve?

Adentro o local tremendo de frio, amo o clima frio mas vindo do Rio de Janeiro não estava acostumada com um tão intenso

Dou boa noite com um sorriso simpático para o adolescente nem um pouco simpático e totalmente entediado no balcão, ele olha pra mim como se dissesse "não vê que acabou de atrapalhar o meu nada?"

Me aproximo do rapaz e percebo em seu crachá o nome "Vic", pergunto a ele onde posso encontrar suprimentos para o frio

Vic - Estão na última fileira na parte do meio (diz  apontando a direção sem tirar os olhos da revistinha)

- Ah sim, obrigada. (pego um carrinho e vou na direção que Vic me mostrou). Pego lentamente todas das muitas coisas que vou precisar enquanto penso que apesar de não estar em casa pelo menos estou em um lugar quentinho, um pouco sombrio, mas quentinho. Olho pela janela e vejo que não poderei desfrutar do meu momento de paz pois o motivo dela está congelando as portas do meu carro sem pena.

Acelero o passo e pego quase tudo, olho na lista que fiz antes de sair de casa e vejo que só falta.. A carne! ando mais um pouco e vejo a parte do açougue, paro em frente ao balcão e chamo por alguém... sem respostas, toco a pequena campainha ao meu lado e de repente sinto uma presença ameaçadora atrás de mim e um frio corre por toda minha espinha. Dou um pulo assustado virando para ver quem é e me deparo com um homem grande como se fosse um armário, cabelos compridos meio grisalhos e olhos violetas hipnotizantes, na real ele inteiro era hipnotizante e assustador.

??? - Desculpe senhorita, não era minha intenção te assustar

-Está tudo bem rsrsrs, eu estava tentando chamar o açougueiro

??? - Pois bem, estou aqui a sua disposição (pisca e eu coro de leve)

- E-eu preciso de 2kg de carne moída por favor Senhor?..

Tate - Tate frost, mas pode me chamar de Tate

(Se esse homem chega um pouco mais perto de mim eu vou desfalecer no balcão)

-Obrigada Tate, a-lias meu nome é Eleonora mas pode me chamar de Nora

Tate - Que nome adorável, assim como você my sha~ diz dando uma piscadela pra mim me fazendo corar de leve

Tate então vai para trás do balcão e começa a cortar e moer a carne pra mim, o silêncio se instala entre nós, mas apesar do conforto nessa quietude Tate resolve puxar assunto

Tate - Então, my sha, o que traz você aqui numa nevasca forte dessas?

- Estou voltando de viagem e esqueci completamente de repor o estoque kkkkkkkkk

Tate - Pra onde foi?

- Fui visitar meus pais, eles moram na minha terra natal o Brasil.

Tate - Então a my sha é brasileira hum, agora to entendendo de onde veio tanta beleza.

- Obrigada Tate, e de onde você veio?

Tate - Sou daqui mesmo, me mudei pra Califórnia depois de pedir baixa no exército.

- Oh você também é do exército? em qual área?

Tate - Cabo do exército, você já esteve lá?

- Sim!, eu era médica da área militar. Fiquei lá por 4 anos

Tate - E por que saiu?

- Eu gostava, pagava bem, e meu avô e meu pai também eram militares. Mas depois de um tempo eu fui mandada pros hospitais públicos como médica geral, no meu país a maioria dos hospitais públicos não são dos melhores as pessoas ficam em situações péssimas na fila e não tem muitos médicos ou enfermeiros pois eles não são bem pagos. Eu saí depois de perder um paciente que tinha virado meu amigo...E então resolvi deixar tudo pra trás e ter um novo recomeço, as vezes me pego pensando e me sinto culpada por abandonar meus pacientes dessa forma, mas se eu não saisse a sensação de imponência ia me deixar doidinha kkkkkkkkkk.

Tate - Eu também sairia, não se sinta culpada my sha {disse Tate com os olhos focados em mim como se quisesse me assegurar que eu não era culpada de nada}

-Obrigada Tate, mas agora estou muito melhor estou num lugar que parece que é natal o ano todo, trabalho em um hospital infantil onde eu tenho recursos pra curar os pequenos

Tate - E agora tem eu rsrsrs

- Sim é sempre bom fazer ami-

Minha fala é cortada pelo susto
A luz acabou, escutamos um grito de frustação vindo do começo do mercado era vic resmungando de raiva e pegando suas coisas para ir embora. Tate e eu andamos até ele com uma lanterna

Tate - Onde você pensa que vai?

Vic - Eu vou embora, nem fudendo que eu ficaria aqui, no escuro, com você

Sai pela porta correndo e tentando se esquivar da neve que não para de jeito nenhum

Tate - Bom.. parece que somos só nós dois my sha~

Diz sussurrando em meu ouvido pegando em minha cintura com suas mãos enormes, penso brevemente, porque não? o que de pior pode acontecer.