As mãos macias e grandinhas iniciaram um carinho terno na barriga saliente e não demorou para que ele procurasse se sentar na cama. E apesar da mesma ser grande e fofa, o grávido de seis meses ainda possuía certa dificuldade num ato tão simples como se sentar. Enfim, quando encostou suas costas na cabeceira ele pode sentir cada músculo de seu corpo relaxar.
"Aahh..." suspirou deleitoso.
Seu corpo estava exausto e há minutos pedia por uma trégua. O que ele não pôde atender no momento, já que sua casa foi invadida por seus familiares barulhentos e como anfitrião precisou dar atenção à todos.
Agora, com seus tios já ocupados com algo como beber uma gelada cerveja e assar a carne para o almoço e suas tias — e principalmente sua mãe — ocupadas com novas fofocas, o ômega grávido pode descansar em paz no seu quarto. Mesmo que seus demais primos corressem brincando pelos corredores de sua casa ameaçando quebrar à qualquer momento sua decoração.
Suspirou mais uma vez, porém, agora com um leve tom desgostoso ao pensar nesse último fato. Coitado dos seus vasos bonitos de plantas.
"Será que seu pai vai demorar muito?" Perguntou para seu filhote que crescia confortável dentro de sua barriga.
A gravidez junto de desejos estranhos e dores nos corpo trouxe também certa dependência de algumas coisas sendo elas mais especificamente a presença do parceiro alfa e seu cheio característico. E a cada mês que se passava, essa dependência se tornava mais forte. Fazendo com que o delicado ômega se sentisse extremamente solitário em apenas minutos da ausência de seu alfa.
Ronronou ele, se afundando mais na cama macia e cheirou o travesseiro que seu parceiro usava para dormir. Prendendo nos pulmões o aroma fresco dele que o fazia se sentir mais relaxado. Seu pequeno filhote chutou levemente do útero, gostando também da sensação de ter algo do pai perto de si. Ambos se sentiam mais felizes e protegidos.
"Amor..." O alfa moreno adentrou o quarto chamando pelo amado quando não o encontrou pelo resto da casa. Havia saído apenas para comprar mais comida para os familiares de seu esposo. Estes que estavam tão felizes pela gravidez do jovem casal que queriam comemorar todo mês de gestação que se passava. "Lix, tá dormindo, amor?" Falou com calma, quando avistou seu ômega deitado desajeitadamente na cama, sonolento. E riu baixinho quando se aproximou e olhou-o melhor, achando-o tão fofo daquela forma. Deitado torto, o vestido que usava estava todo amassado e revelava mais das pernas bonitas e lisas, o travesseiro que o alfa reconheceu ser o dele estava preso nos braços do amado, que prendia-o junto à si enquanto dormia. "Sentiu minha falta?" Sussurrou num tom carinhoso. Seu rosto se aproximou com cuidado do rosto de seu ômega e o beijou na testa numa ternura encantadora.
"Sim..." a resposta meio grogue devido o sono pegou o moreno de surpresa.
Changbin sorriu, vendo-o abrir os olhos aos poucos e focar a visão em seu rosto que ainda se encontrava próximo ao dele.
"Por que demorou?" Soou manhoso.
O sorriso do alfa se abriu ainda mais, achando todo o dengo de seu ômega uma doçura.
"Sabe que sua família é grande, tive que comprar quase todo o supermercado."
"Eles te ajudaram com o pagamento, não é?" Felix o olhou sério, seu alfa às vezes tinha a mania de ser muito caridoso com os outros. Principalmente com sua família.
"Sim, amor. Nos dividimos o valor entre nós." Viu a expressão do ômega se relaxar com sua resposta.
O loiro então subiu seus braços em direção ao pescoço do amado e o trouxe para mais perto, depositando um selinho carinhoso em seus lábios.
"Fica aqui comigo..." pediu, depositando outro selinho. A textura das bocas juntas sempre causavam uma sensação boa em ambos.
"Fico, meu ômega" disse carinhoso.
E não demorou para que se arrumasse na cama e trouxesse o esposo para seus braços. "Está se sentindo bem? Nosso filhote está bem?" Changbin em todas as vezes se mostrava preocupado com o estado de seu ômega e Felix não evitava gostar desse lado atencioso dele."Estamos bem. Só com saudades do papai." Pegou a mão dele que estava atrás de si, trazendo para sua barriga. Ambos deitados de lado na cama grande. O alfa sorriu rente ao pescoço do loiro, causando leves arrepios no corpo sensível do grávido e acariciou com amor a pele que separava seu filhote do mundo exterior. "Obrigado..." ele falou.
"Pelo que?" O ômega perguntou, enquanto apreciava aquele momento de calmaria que fazia seu coração aquecer feliz.
"Por tudo, Lix" Apesar da concepção de que todo alfa deveria ser um exemplo de masculinidade, força e rudez. Seo Changbin sempre fora gentil com todos, sempre gostou de demonstrar carinho e sempre queria enfatizar para Felix o quanto era grato e feliz por tê-lo ao seu lado. "Nosso filho está crescendo tão saudável." Parou a mão ao pé da barriga do ômega. "Vamos ter uma família, e tudo graças à você!"
O ômega comprimiu os lábios, segurando qualquer emoção que o fizesse chorar naquele momento. Os olhos miravam o nada já com gotículas de lágrimas acumuladas nos cantos. Estava tão sensível e se sentia tão amado. "Não é assim, nos fizemos juntos."
"Mas você que está tendo todo o trabalho de gerar. Não é difícil, amor?" Seu tom saiu mais manhoso e aproximou seu rosto totalmente do pescoço do ômega. Inalando o cheiro cítrico e gostoso dele.
"É, sim." Felix respondeu baixinho, gostando da sensação de ter seu alfa colado em si. Colocou os braços sobre os dele que o rodeava, procurando mais contato. "Eu te amo." Confessou, seu peito aquecido por amor, seu ser cheiro de emoções boas e indecifráveis diante tão poucas palavras de afeto que não eram o bastante para dizer com precisão o que sentia por Changbin.
E o moreno que se sentia da mesma forma pelo ômega, retribuio: "Eu também te amo."
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Sunday - Changlix ABO
Romanceonde Felix grávido sente falta de seu alfa em um domingo de manhã. versão Felix!bottom | oneshot | livre