Comecei a última semana sofrendo de uma condição que, raramente em minha não tão longa vida até aqui, havia enfrentado: febre. Não tão alta, mas insistente, do tipo que deixa a cabeça pesada e o corpo molenga.
Alguns analgésicos depois e, sem melhora, após passar o dia me arrastando no trabalho e, tal qual o lendário senhor Madruga, ser acometido diversas vezes por "calos frios", procurei atendimento médico na noite seguinte ao surgimento da indesejada temperatura corporal elevada.
A princípio, a médica não foi capaz de encontrar nenhum problema aparente, então, exames foram pedidos. Dengue descartada, uma alteração chamou a atenção. A médica então voltou a me examinar, pediu que eu abrisse a boca e dissesse Ahhh... té que cravou o diagnóstico.
— Amiga Aline.
— O quê? — perguntei, sem entender direito.
— O que você tem.
— Bom, sim, tenho amiga Aline, aliás, amigas e até uma prima. Mas como isso pode estar me causando febre e esse incômodo na garganta?
— Aline não, amigdalite.
Fazendo de entendido e disfarçando a ignorância, concordei. "Das amígdalas, né?" — Nada a ver com amigas ou mesmo com aquela rainha de Star Wars que teve filhos gêmeos, justo quando os Sith estavam se vingando.
Pois bem, diagnóstico definido, medicação encomendada, dei início ao tratamento, seguindo — quase todas — as recomendações.
Repousou absoluto? Claro, deixa só eu terminar essas coisas do trabalho. O atestado só vale até às 17h, posso muito bem dar conta do que ficou atrasado durante a noite.
Alimentar-se bem? Sem dúvida! Sucrilhos e Danette são alimentação saudável, todo mundo sabe.
Dormir cedo? Deixa comigo. 2h da madrugada me parece cedo o suficiente.
Dormir bem? Sim, sim, desde que não tenha problema acordar a cada meia-hora. E claro, que seu filho não invente de acordar mais de uma hora mais cedo do que o despertador e queira ver desenhos subindo em você na cama.
Enfim, é isso. Uma febre e um mal estar provocado por amigdalite, que, no caso, faço questão de não ter amizade nenhuma.