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— Boa noite, eu vim saber sobre um border collie na cor branca que foi encontrada. — o moreno falou, meio ofegante e ansioso, para o atendente assim que entrou na clínica.

— Ah, sim! Você é o dono?

— Sou namorado do dono dela.  — Ouviu latidos e rosnados conhecidos. — Céus, me deixa ver ela? Ela foi criada nos Estados Unidos, não entende coreano.

— Isso explica muita coisa, pode me seguir.

O alfa viu como a cachorra estava agitada e, mesmo machucada, ninguém conseguia chegar perto. Ela rosnava e latia para qualquer um que tentasse chegar perto, porém, aquela pose de cachorro raivoso e de poucos amigos, caiu por terra assim que Sunghoon entrou na sala.

A pequenina abaixou as orelhas e passou a lamber o rosto do humano, recebendo afagos e palavras de incentivo. Seu olhar dizia como estava aliviada em ver um rosto familiar e palavras que entendia. O humano não saiu de seu lado em momento algum e, depois dos exames e de colocarem a tala em sua pata traseira, pode finalmente descansar com a cabeça na perna do moreno.

Basicamente, essa madrugada foi um caos completo. Pelo menos a cadela não estava tão mal assim e foi um alívio. Porém, o Park teria que voltar para o hospital, lugar que jurou não ir mais depois dos últimos dias de sua mãe.

Precisava cuidar do seu alfa… Ômega! Era tanta coisa para digerir.

(... Dias depois…)

Parando o carro no estacionamento, Sunghoon saiu e abriu a porta de trás, sendo recebido por uma lambida no rosto.

— Hey, calminha. — pediu, colocando a mochila nas costas e pegou a cadela no colo.

Bem, se o humano queria carregá-la, não iria reclamar e se aconchegou, colocando a cabeça em seu ombro, ficando quietinha enquanto via os corredores brancos e sorria para alguns dos humanos.

Ao chegar no quarto, o Park pôs a bola de pelos no chão e se esticou por seu peso.

— Boa noite, desculpa a demora, tinha muita coisa para resolver no trabalho. — deixou a mochila de lado e ficou perto da maca, os machucados não estavam tão feios quanto antes, e deu um beijo na testa dele.

Jake permanecia em seu pequeno como induzido, por conta da limpeza em seu corpo e s machucados. Sua bochecha e lábios tinham cortes, estava roxo perto do olho direito e, por muito pouco, sua costela não foi quebrada, mas possuía escoriações em seu abdômen.

Eram 8 da noite e foi cuidar de Layla. Tirou a caminha, o pote de ração e a água, deixando perto da poltrona, com sempre. Viu a cachorra ir jantar e sentou para comer também, sendo agraciado pelo olhar pidão dela. Tirando Sunoo, a bola de pelos era uma ótima companhia naquele quarto gélido e com cheiro de produtos de limpeza.

Fazia 4 noites que a poltrona era sua nova cama e, não podia negar, estava cansado. Layla notava isso ao lamber as partes escuras em baixo de seus olhos, porque elas não saiam? As vezes ele fala coisas sem sentido, ela tombar a cabeça para tentar compreende-lo. Já estava até virando rotina ver ele encostar a cabeça na parede e cochilar antes mesmo de terminar a comida, dando brecha para a cachorra tentar rouba-la, como agora.

— Layla! — o tom irritado fez a bola de pelos recuar, mancando até sua caminha.

Notando sua idiotice, terminou de comer e pediu desculpas para ela, dando um pedacinho de pão por ser ignorante sem motivo. Guardou o pote vazio na mochila e saiu do quarto para ir escovar os dentes.

Lavou o rosto também e esfregou os olhos pesados. Precisava de um tempo, entretanto, não queria deixar Heesung na mão e isso estava custando seu sono, pela preocupação. Só queria poder descansar um pouquinho e resolveu voltar para o quarto e ir dormir.

Chefe TemporárioOnde histórias criam vida. Descubra agora