Olho para o espelho e vejo, uma criatura tão assombrosa que me assustara de início.
Penso comigo mesmo.
"Quem és tu?"
Aqueles olhos me encaram, de repente, todas as paredes do meu quarto parecem mais próximas.
"Quem serei eu? A não ser o seu monstro, tu me criastes, menino."
Como pudera? Tudo parecia tão encaixado, tão certo.
Por que veio a mim esta noite, Monstro?
"Eu nunca lhe deixei, criança, infelizmente, sempre estive aqui."
Nada parecia real.
Nada era tão... real.
Todas as dores que um dia sofri, sendo jogadas na minha cara, por um monstro.
"Por que se assustara tanto? Eu não sou nada além de você. Tu me criou, e agora, eu te domino."
Então, sem luta...
Deixo-me levar pelo Monstro, que agora, empunha uma arma, apontada para meu rosto, com um sorriso triste.
Aceitação
1, 2, 3....
Nada mais vejo, a não ser a paz.