30-‟...Você é uma bêbada muito irritante."

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YOUR POINT OF VIEW

9:27 PM - Los Angeles


Após alguns minutos dirigindo, finalmente chego ao bar que o GPS indicava e me apresso em estacionar o carro na pequena área destinada a isso.

Assim que desço do automóvel, analiso a fachada atentamente. Duas das partes da parede frontal é de vidro, me dando a visão completa de dentro. Não é um local espaçoso, mas parece ser agradável a quem o escolhe para um encontro entre amigos.

Empurro a porta também de vidro, afim de entrar no espaço, passando meus olhos mais uma vez por ali, mas dessa vez, a procura da loira que a dias atrás era o motivo do meu baixo-astral. Não que isso tenha mudado

Como o esperado, o lugar não estava lotado, afinal era uma quarta-feira, e a maioria das pessoas iriam ali nos finais de semana, então não foi difícil encontra-la no único balcão. Me aproximo de si, me encaixando entre seu corpo e a banqueta ao seu lado, para finalmente falar.

— Vamos, eu vou te levar para casa.- Elizabeth levanta sua cabeça, apenas o suficiente para me encontrar, e me dou conta do quão bêbada está. Seus cabelos loiros estão levemente bagunçados, enquanto sua camisa social tem os 3 primeiros botões abertos de qualquer forma, mostrando o vale do seus peitos e seu sutiã vermelho, desvio minha atenção dali, indo até seu rosto, onde encontro suas pálpebras pesadas, quase se fechando, e o rímel passado, está todo borrado, formando alguns caminhos pretos quase imperceptíveis pelas suas bochechas.

— Veio porquê quis, não vou a lugar nenhum com você.- Diz um pouco embolada por causa da embriaguez. Desvia seu olhar do meu, apenas para pegar o copo em cima do plano de madeira e leva-lo até sua boca, porém antes que terminasse a ação, eu seguro seu pulso, a impedindo, mas como a mulher estava colocando força, metade do líquido dali acaba caindo em sua roupa. — Olha o que fez!.- Levanta-se com rapidez, e por um segundo, suas pernas falham, e a loira vai em direção ao chão, a não ser por minha causa que a segurei antes que isso acontecesse.

— Você bebeu o bar inteiro? Olha a sua situação, não consegue nem ficar de pé.- Tiro o copo da sua mão, antes que caísse. 

— Não é da sua conta.- Tenta me afastar, mas não obtém sucesso por causa da sua fraqueza. — Me deixa!

— Não vou te soltar, é capaz de beijar o chão se eu fizer isso.- Falo. Ela me olha atentamente como se pudesse atravessar minha alma.

— Talvez assim eu morra de traumatismo craniano, e todo esse sofrimento acabe.- Profere de um jeito caótico. Reviro os olhos.

— Credo, quanto drama.- Aproximo-nos do balcão, ainda rodeando sua cintura firmemente para que se permanecesse de pé. Aceno para o bartender entender que estava lhe chamando, o que rapidamente ele fez, parando na minha frente. — Me traz uma água e a conta dela, por favor.- Peço educadamente, sentando Olsen no seu antigo assento. Após alguns minutos, o rapaz volta com um pequeno papel e um copo cheio de gelo e o líquido transparente. Dou uma olhada rápida no valor final antes de tirar meu cartão do bolso e entrega-lo.

— Eu não sou uma criança S/n, eu pago.

— Pode não ser, mas está agindo como uma.- Arrasto o recipiente de vidro pelo plano do balcão, deixando-o o mais próximo de si.

— Eu não quero tomar isso.- Cruza os braços, bufando de tédio. Reviro os olhos ao escuta-la.

— Para de teimosia e bebe logo.- Falo seriamente, para mostrar que não estava brincando. A mais velha resmunga, mas faz o que pedi logo em seguida. O homem me entrega o cartão novamente, dizendo que tinha dado tudo certo, eu lhe agradeço e sento-me na cadeira do lado da mulher, esperando-a terminar sua bebida.

Teacher's love ||Elizabeth Olsen// YouOnde histórias criam vida. Descubra agora