Prólogo

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ᴬⁿᵃ ᴶᵘˡⁱᵃ ᶜᵃʳᵛᵃˡʰᵒ

Eu odeio a escola, quero me matar.

É isso que passa pela minha cabeça toda segunda-feira quando acordo e lembro que tenho que tomar banho 06h da manhã, e estar na escola as 07h. E ainda voltar pra casa sobre o sol escaldante do meio-dia.

Queria estudar de tarde, ou melhor, queria não estudar.

Toda vez que uma carro passava ao meu lado no caminho da escola, eu me perguntava se doeria se me jogasse na frente dele. Hoje eu tinha prova, e se tirasse nota baixa eu podia ter certeza que seria melhor me jogar na frente do carro do que voltar pra casa. Eu odeio meu pai.

Quando chego a porta da escola, vejo um demônio que atormenta minha vida a um ano se aproximar de mim.

--- Olha só meninas, a esquisita veio hoje - Alicia ria enquanto falava com deboche, seus olhos me encaravam com desprezo. 

Suas amigas Evelyn e Maria riam e me encaravam da mesma forma. Elas me tratam assim desde que cheguei aqui no inicio do ano, nunca entendi porque me odeiam. Deve ser baixa autoestima.

--- Ei, Vagabunda, responda quando eu falar com você - Não havia percebido que ela falou mais alguma coisa, estava concentrada nos meus pensamentos - Perguntei porque faltou a semana passada inteira, fiquei sem dinheiro pra pagar meu lanche. -- Ela disse com raiva

--- Não tenho culpa que você é pobre, vai culpar o capitalismo. - Murmurei, estava sem paciência hoje. Não quero falar sobre a semana passada.

Surpresa brilhou em seus olhos, parecia que ela estava chocada por eu ter respondido, já que normalmente eu só deixava elas pisarem em mim. 

A surpresa rapidamente virou raiva, e antes que eu possa reagir, ela me empurra com força em direção a rua.

Ao cair no chão de asfalto, ralo meus joelhos e cotovelos, além de espalhar meu material no chão. Atordoada, tento recolher meus lápis e levantar logo.

Fui tudo muito rápido, em um momento estava perto da calçada, tentando alcançar meu caderno, no outro, eu estava do outro lado ca rua, sentido muita dor e com a cabeça sangrando.

Alunos que esperavam na porta da escola gritaram, o motorista do caminhão que me atropelou tentava ligar pra ambulância em desespero. Mas já era tarde de mais.

Meus olhos se fecharam, e tudo ficou escuro.

Mas novamente a luz brilho, e agora eu estava nos braços de uma mulher que me encarava sorridente, com lagrimas nos olhos.

--- O nome dela será Tsuki. - A mulher levantou a cabeça enquanto falava, provavelmente olhando para as outras pessoas presentes na sala --- bem-vinda a família, meu amor.

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⏰ Última atualização: Sep 04, 2023 ⏰

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𝙽𝚎𝚠 𝙻𝚒𝚏𝚎 - 𝘉𝘯𝘩𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora