Capítulo 19

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Shawn
É hoje o dia. Tenho 1 hora para me encontrar no aeroporto.
É hoje o primeiro dia do resto da minha vida. (soou assim tão gay?)

Olho para o meu quarto enquanto uma nostalgia depressiva me invade. Agora é que eu penso as saudades que eu vou ter de tudo isto, até mesmo das discussões disparatadas com a minha irmã. Pego na minha mala, que insisti em levar, mesmo sabendo que me iriam dar tudo novo, mas, apesar de tudo, quero levar recordações daqui, desta pequena cidade do Canadá.

Olho uma última vez para a minha guitarra preta, a primeira, antes de a arrumar. Rapidamente sorriu ao lembrar-me de como a ganhei.

Flashback
[Shawn: 12 anos]
nos encontramos no parque de diversões de Toronto para passar um dos típicos serões em família, de Domingo.
Como sempre estou a ouvir Aaliyah a falar de um rpaz qualquer da sua escola, que ela acha muito giro. Bufo repetidamente de aborrecimento.

Já estamos a andar pelo parque há pelo menos 15 minutos e os meus pés já começavam a doer.

Chateio-me mentalmente por ter insistido em trazer os ténis mais antigos e desfeitos que tenho, mas são aqueles com mais valor sentimental. Enfim...

Eu: Pai... Para onde estamos a ir? Já estpu cansado do andar!

Pai: Estamos quase! Esforça-te mais um bocadinho, por favor Shawn.

Passámos por um descampado e vi o meu professor de música. Mas o que estará ele a fazer aqui?

Eu: Olá professor Jonh... O que faz aqui? - olho-o demasiado confuso para pensar realmente em alguma coisa.

Jonh: Então vim entregar-te o teu diploma do exame! Não te lembras?

Paraliso, estupefacto. Passei no exame! Oh meu deus! Eu passei no exame!

Eu: Mãe, Pai! PASSEI NO EXAME!

A minha emãe só se ria da maneira como eu estava a encarar a notícia. Não podia estar mais contente, isto pode abrir-me tantas portas no futuro.

Aaliyah: Shawn! Pará! Ouve-me agora! - diz tentando acalmar-me, pondo as suas mãos nos meus ombros e olhando-me nos olhos.

Eu: Que foi Aaliyah? - estava demasiado contente para a ouvir reclamar outra vez.

A minha irmã mais pequena tapa-me os olhos com uma venda, de maneira a tapar-me a visão. Por momentos sinto-me desorientado, pois caminhamos para um sitio que eu ainda não descobri.

Aaliyah: Pára! Vamos contar até 3 e depois podes ver!

Todos contaram: 1... 2... 3...

Tirei rapidamente a venda, devido à minha ânsia.

Sinto a minha visão doer, pois o tempo em que estive temporariamente 'cego' ainda foi elevado.
Só vejo a minha família alinhada com uma guitarra na mão! Tantas boas notícias num dia! Eu não aguento!

Com uma rapidez impressionante pego na guitarra e fico a admirá-la por longos segundos. Era preta, lembrando o meu lado mais sombrio ou obscuro, aqiele lado que ninguém conhece, onde eu descarrego todas as minhas frustações, atingindo a plenitude.
Logo comecei a dedilhar nas cordas e senti uma conexão com ela.
Fim Flashback

Acordando deste pensamente arrumo cuidadosamente a guitarra no respetivo sítio, tentando que esta não fique com mais mossas do que já tem. Ainda me lembro da primeira e do que chorei.

Flashback
[Shawn: 14 anos]
Estava no meu quarto, virado de frente para a porta, a cantar um das minhas música favoritas, tocando na minha guitarra, com tanto valor sentimental.

A coragem ainda não foi suficiente para contar à minha família que ando a filmar vídeos, e ainda é mais escassa para os por em alguma rede social, embora seja isso que eu queira.

Vou dedilhando cuidadosamente na guitarra quando oiço um estrondo enorme. Só passado alguns egundos é que eu percebo que foi a porta a embanter na minha guitarra.

Eu: Mãe! Olha como está agora! - reclamei apontando para a grande mossa na parte lateral da guitarra. Já estava a ficar realmente enervado.

Mãe: Desculpa filho! Pensa que vão ser marcas de guerra. - diz enquanto se ri, ficando eu sem perceber a piada.

Eu: Mãe... - estava realmente triste.

A minha mãe abraça-me pois sabe o quanto é importante para mim a música, mas repentinamente afasta-se e olha para mim confusa.

Mãe: Shawn, querido... O que fazias atrás da porta?

Até me engasguei com a pergunta, realmente não pensei no que iria dizer por estar ali atrás.

Eu: Hum... Estava...

Mãe: Vou preparar o jantar! - a minha mãe interrompeu-me percebendo o meu embaraço e piscou-me o olho de uma maneira intimista. Por esta e por outras é que eu a adoro.
Flashback

Rapidamente desço as escadas e paro em frente à porta desta casa que me acompanhou durante tanto tempo.

Vejo as horas. Bolas! O tempo está a esgotar-se!

Ainda não sei quem vai fazer parte do grupo, mas espero que seja alguém simpático e que me ajude a esquecer Emily, que me deu com os pés de uma maneira tão delicada, que até pensei que estivesse a ser querida.

Esperava receber uma mensagem doseus amigos, mas não. Desilusão. Nestes momentos é que se descobre quem são os verdadeiros amigos, e eu parece que não tenho nenhum.

(...)

O aeroporto encontrava-se relativamente calmo, de maneira que não houve problemas em estacionar o carro.
Recebi uma mensagem para me encontrar com o resto do grupo junto ao Starbucks do aeroporto. Continua com um sentimento triste dentro de mim, com um vazio, pois nenhum dos meus "amigos" se tinha lembrado de mim e deste grande passo que vou dar.

Á frente do Starbucks estava um grande grupo que, ao aproximar-me mais, percebi que eram os meuas amigos. Estava lá Cameron, Aaron, Carolin, Emily, Matt e mais algunmas pessoas que eu não conhecia.

Emily trazia um grande cartaz a dizer 'És um pão Mendes', ri imdeiatamente assim que o li. Aquela miúda é de mais!
Rapidamente demos um grande abraço de grupo.

Realmente tenho os melhores amigos do mundo!

No fnal deste terno momento foi-nos avisado que deviamos ir andando para o interior do nosso avião rumo a Los Angeles, onde irá ter lugar a nossa convenção.

Despedi-me dos meus pais e da minha irritante irmã, onde ouvi todos os habituais avisos. Vou sentir tantas saudades de todos.
De Emily despedi-me com um forte abraço e um beijo no canto do lábio. Um carinho para ela não me esquecer.

Nєɰ ɞoʏ, Nєɰ ʟıғє → Shawn MendesOnde histórias criam vida. Descubra agora