MY MIND- MATIAS ROJAS &YURI ALBERTO⚣

°Casual° MR4

𝙱𝚘𝚖, 𝚓𝚊́ 𝚟𝚘𝚞 𝚊𝚟𝚒𝚜𝚊𝚛 𝚊𝚗𝚝𝚎𝚜 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚚𝚞𝚎 𝚗𝚊̃𝚘 𝚏𝚒𝚚𝚞𝚎 𝚌𝚘𝚗𝚏𝚞𝚜𝚘. 𝚀𝚞𝚊𝚗𝚍𝚘 𝙼𝚊𝚝𝚒𝚊𝚜 𝚁𝚘𝚓𝚊𝚜 𝚊𝚙𝚊𝚛𝚎𝚌𝚎𝚛 𝚗𝚊 𝚌𝚘𝚗𝚟𝚎𝚛𝚜𝚊, 𝚟𝚊𝚒 𝚑𝚊𝚟𝚎𝚛 𝚊𝚕𝚐𝚞𝚖𝚊𝚜 𝚙𝚊𝚕𝚊𝚟𝚛𝚊𝚜 𝚎𝚛𝚛𝚊𝚍𝚊𝚜 𝚎𝚜𝚌𝚛𝚒𝚝𝚊𝚜. 𝙽𝚘 𝚎𝚗𝚝𝚊𝚗𝚝𝚘, 𝚎𝚞 𝚗𝚊̃𝚘 𝚎𝚛𝚛𝚎𝚒 𝚒𝚗𝚝𝚎𝚗𝚌𝚒𝚘𝚗𝚊𝚕𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎. 𝙴𝚞 𝚎𝚜𝚌𝚛𝚎𝚟𝚒 𝚊𝚜𝚜𝚒𝚖 𝚍𝚎 𝚙𝚛𝚘𝚙𝚘́𝚜𝚒𝚝𝚘, 𝚙𝚘𝚛𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚕𝚎 𝚎𝚜𝚝𝚊𝚟𝚊 𝚖𝚒𝚜𝚝𝚞𝚛𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚙𝚘𝚛𝚝𝚞𝚐𝚞𝚎̂𝚜 𝚎 𝚎𝚜𝚙𝚊𝚗𝚑𝚘𝚕 𝚊𝚘 𝚝𝚎𝚗𝚝𝚊𝚛 𝚏𝚘𝚛𝚖𝚊𝚛 𝚞𝚖𝚊 𝚏𝚛𝚊𝚜𝚎- Matt (Author)
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•|𝚈𝚞𝚛𝚒 𝙰𝚕𝚋𝚎𝚛𝚝𝚘|•

A chuva havia começado a cair suavemente, sem trazer consigo um frio intenso. No entanto, mesmo com as condições climáticas amenas, eu me encontrava naquela posição peculiar: com a cabeça recostada na janela do carro, estacionado em frente a um mercadinho local. A fina película de chuva escorria pelo vidro, criando um efeito levemente embaçado. Desviei o olhar para o retrovisor no teto do carro e notei um corta-vento jogado lá, de coloração branca.

Movido por um impulso, desprendi o cinto de segurança e alcancei o objeto, que revelou em si um inesperado escudo do Palmeiras. Minha reação foi um misto de desinteresse e frustração, e decidi descartar o corta-vento no banco traseiro. Nesse momento, finalmente, Veiga abriu a porta do carro, trazendo uma energia diferente ao ambiente.

- Ah, tenho um do Corinthians no porta-malas - ele comentou com um riso divertido ao me ver rejeitando o item do Palmeiras.

- Por que você teria uma blusa do Corinthians? - indaguei, perplexo, enquanto o observava ingressar no carro.

- Isso era seu, cara - Veiga respondeu, rindo, e fechou a porta com um gesto casual - você o esqueceu aqui da última vez que nos encontramos.

Dei uma risada diante do esclarecimento e voltei minha atenção para a frente.

Com uma sacola em mãos, Veiga trouxe consigo uma atmosfera de curiosidade. Ele acomodou a sacola no banco de trás e, de repente, tomou coragem para propor uma conversa.

- Podemos conversar? - Veiga passou a mão pelo cabelo, me olhando de maneira inquisitiva. A tensão era palpável, ainda mais quando seu olhar se dirigiu à estrada à frente.

- Sobre o quê? - questionei, me reclinando no banco e preparando-me para ouvir.

- Sobre o Roger - Veiga engoliu em seco, desviando o olhar antes de encará-lo novamente - Sabia que eu sinto que você é muito mais autêntico sem ele?

A observação me pegou de surpresa, e eu me peguei refletindo sobre suas palavras. Veiga continuou, agora sorrindo com um olhar de cumplicidade.

- É como se você estivesse mais... livre, feliz até. Sabe, lembra daquela vez que nos beijamos?

A lembrança trouxe um misto de sentimentos à tona, e minha reação imediata foi afastar sua mão do meu ombro, demonstrando uma mistura de desconforto e resolução.

- Eu prefiro não pensar nisso - respondi com um tom brusco, encerrando qualquer menção àquele momento.

- Yuri, eu preciso te falar... Eu gosto de você, sempre gostei, de um jeito amoroso, sabe? - Veiga vira seu rosto para a frente e fecha os olhos, parecendo vulnerável. - Eu te quero, Yuri, quero muito. Precisamos discutir isso. Sei que não compartilha dos mesmos sentimentos por mim, e entendo isso. Quero muito poder continuar sendo seu amigo.