10. CAPTURA

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Pov: Janaína
Eu tbm tive q ir junto com os policiais, eu sou policial de campo tbm, infelizmente, pq por mim eu ficaria o dia todo sentada na mesa sem fazer nada, mas Shirley falou q eu deveria atuar no campo pra eu obter mais informações, entrei na mesma viatura q o tenente Bololo, o rádio da viatura começou a tocar
- qual é a situação?
O Bololo assumiu o volante e atendeu ao rádio
- estão invadindo o fórum, o juiz do caso do Boi lambeu foi tornado refém assim como mais 6 advogados, precisamos de todos os policiais, até mesmo os q estão em casa
- estamos a caminho, câmbio desligo
Bololo ligou as sirenes e foi em alta velocidade em direção ao fórum, ainda longe do fórum, tinha obstáculos na pista, pneus pegando fogo, pra dificultar a mobilidade da polícia. Todos os policiais das viaturas q estavam atrás da gente desceram do carro e foram em direção ao fórum, eu e o Bololo fizemos o mesmo.

Pov: narrador
As ruas estavam lotadas de carros congestionados por causa dos pneus pegando fogo, tinha carros na frente do fórum pegando fogo, várias pessoas com máscaras vandalizando o fórum e o lugar ao redor dele. Os policiais q estavam indo na frente usavam um escudo pra proteger os q estavam atrás com armas com balas de borracha, todos eles com capacete e coletes a prova de balas, primeiro os policiais tacaram spray de pimenta nas pessoas q estavam de fora, fazendo eles estarem no fórum. Um homem q uma voz grossa grita da janela do lugar.
- SE VCS NÃO FIZEREM OQ EU MANDAR, EU MATO O JUIZ E OS ADVIGADOS
ele mostrou o juiz pela janela com a arma na cabeça dele
- não precisa disso, nós podemos negociar
Janaína sai de trás dos homens com escudo e tira o capacete mostrando a face dela, Bololo tentou impedir, mas falhou.
- finalmente uma policial q mostra a cara sem medo de morrer ou dos políticos acabarem com a sua carreira, vc não é só uma policial
- diferente dos outros, eu não tenho medo do meu trabalho
- personalizada forte, gostei de vc
- não importa, oq vc quer pra soltar eles?
- quero q o Boi lambeu seja solto
- vc sabe q isso eu não posso fazer, isso vai muito além da minha profissão e do meu poder
- não ligo, dê um jeito
- blz...
Janaína viu q não teria muito oq fazer, mas percebeu q a arma do cara era meio estranha, ela teria q correr o risco, ela pegou o celular fingindo q iria fazer uma ligação, ela colocou o capacete dela com o celular ainda no ouvido e disfarçadamente fez o sinal pro pelotão da polícia abrir fogo. Janaína correu em direção eu fórum entrando já tacando o spray de pimenta em todas as pessoas q tentava á atacar, ela sobe no andar q o juiz estava e encontra ele no chão com as mãos na cabeça com medo e o mandante do crime do mesmo jeito, ela encosta a arma dela na cabeça do mandante falando pra ele colocar a mão na cabeça.
- calma aí, polícia
- cala a boca e põem a mão na cabeça
Ele obedece e ela algema ele
- tenente Bololo, mandante apreendido
- bom trabalho, Janaína
Q ódio, eu sou tenente q nem ele, mas ele insiste em me chamar pelo o nome, nunca dei essa liberdade pra ele
- seja profissional, por favor
- sim, tenente Janaína
Levei ele até o carro da polícia, ele segurou o meu braço forte
- eu e a sua amiguinha advogada vão morrer, eles vão te matar
- vão nada, vão ficar só no sonho mesmo
Eu dei um soco no nariz dele, ele recuo colocando a mão no nariz parecendo uma criança
- vagabunda
Eu fechei o camburão e entrei pelo lado de passageiro e o Bololo entrou como motorista
- vc tá bem?
- tô sim, tenente, mas precisamos interrogar eles sobre esse atentado ao fórum
- a rebelião já deve ter começado

Pov: narrador
Janaína olhava pela janela pensativa, estava com medo de ser descoberta e perder as amigas, a ficha dela já tinha caído q a rebelião seria uma coisa séria, teria muitas mortes e perdas importantes

Pov: Shirley
Eu estava no meu escritório vendo a ficha criminal de alguns dos meus capangas, e a situação de algum deles na prisão, a maioria q tinha sido presos, não são tão importantes pra mim, isso era bom, não perdi pessoas essenciais no meu trabalho. Peguei um café e fui na varanda olhar a vista, tinha crianças correndo entre os bêco correndo, famílias com compras tranquilas, eu proporcionei isso, uma vida tranquila sem medo da polícia matar um inocente por simplesmente ser um negro, não quero mudar o rumo da minha liderança, eu trabalho pelos meus, pela minha favela.
- irmãzinha q eu tanto amo
Eu me virei e vi a minha irmã q eu não vejo faz muito tempo, a Sheylla, Sheylla era um pouco mais alta q eu e mais escura, tinha cabelos escuros e longo, ela é minha irmã, mas é como se fosse minha mãe, ela q me criou, e eu devo minha vida a ela, mesmo odiando ela as vezes.
- oi, Sheylla, senti saudade
Eu abracei ela
- saudades de vc tbm, maninha...
- oq vc veio fazer aq?
- eu vim aq só pra passar um tempinho com a minha irmãzinha né
- sei
Falei em um tom desconfiado
- vc sabe q eu vim por isso
Ela me abraçou de novo
- onde tá o meu cunhadinho Gargamel??
Primeira coisa q ela me perguntou assim q chega, q ódio
- q porra de cunhado oq, se fecha paraquedas
- me respeita, tampinha
Ela me deu um tapa na nuca
- oxi, rapariga, tá achando q tá mexendo com quem??
- com a namoradinha do Gargamel né, meu cunhadinho querido
- saí fora
A gente ficou nessa discussão por um bom tempo até anoitecer

Continua...

SHIRLEY, A DONA DO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora