𝗰𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗱𝗲𝘇𝗼𝗶𝘁𝗼

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𝐄ngolindo em seco, nosso jovem herói andou, pé ante pé, até a janelinha de vidro na porta da cozinha

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𝐄ngolindo em seco, nosso jovem herói andou, pé ante pé, até a janelinha de vidro na porta da cozinha. Mesmo que o pânico tomasse seus poros, dificultando sua respiração, ele se surpreendeu com a visão do que acontecia no salão da confeitaria e se permitiu aliviar parte da tensão de seu corpo.

Apenas a parte de vidro da porta estava quebrada e ninguém adentrara a loja. Fora somente um ato de vandalismo realizado por jovens arruaceiros, muito comuns naquela região, Jisung, podia, inclusive, escutar seus gritos afobados descendo a rua, se afastando do local.

Não demorou mais que alguns minutos para o choque passar e começar a amaldiçoar até a quinta geração daquele infratores, cuja imbecilidade ultrapassava os limites imagináveis, antes de começar a limpar todo aquele vidro espalhado pela loja inteira.

— Senhor L-lee? — Jisung levou um pequeno susto antes de reconhecer aquela frágil vozinha que o chamava. — O senhor está bem?

— Oh, Sunoo! Que susto, menino! — repreendeu, ele, o jovem garotinho loiro que sempre o ajudava a carregar as compras do supermercado em troca de algum dinheiro para a família. — O que está fazendo na rua a essa hora, pequeno?

— Peço perdão, senhor Lee, não foi minha intenção assustá-lo. — respondeu ele se encolhendo pelo frio do inverno. Também pudera, o pequeno usava roupas de tecido tão fininho que seria milagre se o protegesse da mais leve brisa da primavera.

— Não respondeu minha pergunta... — Jisung insistiu largando a vassoura de lado. — Não gostaria de entrar? Posso preparar uma caneca de chocolate enquanto conversamos…

Mas ele negou com veemência a cabeça, no entanto seu olhar salivava com a ideia de algo tão saboroso e quentinho.

Jisung conhecia bem esse olhar, por isso continuou a convidá-lo.

— Sinto muito senhor. — respondeu finalmente o garoto desviando o olhar para o chão. — Mas não tenho dinheiro para pagá-lo…

— Oh não Sunoo, estou convidando você, não precisa se preocupar. — disse o mais velho com um aperto no coração. — É por conta da casa, entre…

— Tudo bem... — respondeu tímido aceitando a mão de Jisung que o guiou até a cozinha, onde se pôs a preparar duas xícaras quentinhas de chocolate.

— Então... porque não está em casa essa hora, anjo? — Han questionou novamente ao entregar a caneca nas mãozinhas delicadas dele.

— Não tenho mais casa... — confessou o pequeno com um certo brilhinho de vergonha no olhar. — Mamãe foi embora quando o banco a tomou semana passada…

— Você está vagando por essas ruas geladas durante todo esse tempo? — perguntou seriamente e arfou quando recebeu a confirmação do menor. — Santa Cenourinha, Sunoo, você tem o que? 11 anos?

— Eu tenho 12, senhor Lee... — suspirou. — E não é como se eu tivesse escolha…

— Sinto muito, pequeno... Sei como se sente…

— Sabe?

— Infelizmente... — falou pesaroso, contando sua triste história para aquela linda criança, que a escutava com atenção.

— Então o Minho te perdoou mesmo assim? — perguntou espantado com a narrativa.

— E perdoaria mais um milhão de vezes. — uma terceira voz se fez presente na cozinha, assustando Jisung e Sunoo.

— Querido! Você deveria estar na cama! — censurou Jisung se levantando imediatamente para guiar seu amado, enrolado em um cobertor, até um banquinho ao redor da mesa.

— Você estava demorando, então desci para verificar, estavam tão entretidos na conversa que nem me escutaram chegar... — explicou Minho com sua voz alguns tons mais roucos que o normal por causa do resfriado.

— Oh, sinto muito por atrapalhar vocês... — Sunoo se manifestou sentindo-se culpado. — Acho que é hora de ir…

— Você não precisa ir se não quiser. — Jisung se pronunciou fazendo Sunoo parar seus movimentos. — Digo, não tem problema, não é, querido?

— Se você não o convidasse para ficar, eu mesmo o faria. — respondeu Minho sorrindo para o garotinho. — Você terá que dormir no sofá-cama essa noite…

— Podíamos ligar para o Hyunjin e pedir para trazer a antiga cama do Seungmin pra cá amanhã. — planejou Jisung com um olhar sonhador. — Agora que ele está vivendo com o Christopher, não vai precisar dela…

— Isso, então transformaremos o armazém em um quarto de verdade! — concordou Minho animado com as possibilidades.

— Hyunjin pode nos indicar um bom advogado para ajeit…

— Esperem! — Sunoo interrompeu a conversa dos senhores Lee assim que saiu de seu transe. — Querem que eu fique?

— Se você concordar, é claro... — Han disse se sentindo subitamente inseguro, apertando com força a mão do marido.

Segundos se passaram antes que resposta fosse finalmente dada por Sunoo com uma voz chorosa:

— Eu aceito…


vou postar o último mais tarde

𝗹𝗶𝘁𝘁𝗹𝗲 𝗺𝗼𝘂𝘀𝗲 ▸ 𝗆𝗂𝗇𝗌𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora