Capítulo 8

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No dia seguinte, eu acordei antes de Sanzu, então desci para a cozinha, enquanto eu estava fazendo o café da manhã, eu recebi uma ligação do hospital dizendo que eu precisava ir trabalhar, havia tido uma briga entre duas gangues muito perigosas na...

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No dia seguinte, eu acordei antes de Sanzu, então desci para a cozinha, enquanto eu estava fazendo o café da manhã, eu recebi uma ligação do hospital dizendo que eu precisava ir trabalhar, havia tido uma briga entre duas gangues muito perigosas na cidade, então o hospital estava um caos. Terminei de fazer o café da manhã do Haruchiyo e subi novamente para o meu quarto, onde me arrumei rapidamente e em silêncio para não acordar Sanzu.

Eu tinha pensado em deixar um bilhete para não precisar acordar o Haru, mas não tinha certeza se ele sabia ler, pois a aparência dele ainda estava igual a do dia anterior, de uma criança de 6 anos. Então tive que acordar aquela fofura, era mais seguro, por que se ele não me achasse em casa ele poderia se desesperar.

- Sanzu -o chamo baixinho e vejo ele resmungar- Vamos Haru -eu disse e ele se sentou na cama ainda sonolento e esfregando os olhos com um pequeno bico nos lábios- Eu vou precisar ir trabalhar, aconteceu uma situação e o hospital está um caos e precisam de mais funcionários, tu consegue ficar sozinho? -eu pergunto.

- Sim, m-mas não quero q-que você demore m-muito d-dona... -ele disse de forma um pouco envergonhada, ele estava tão fofo que eu apenas o abracei.

- Não se preocupe, irei tentar chegar o mais cedo possível... o café da manhã já estava pronto e não abra a porta para ninguém, ok? -digo e ele concorda.

Eu me despeço de Haruchiyo beijando as duas cicatrizes, que ele havia em forma de losango, uma em cada canto da boca, ele ficou um pouco vermelho e eu dei um pequeno sorrisinho. Logo depois saí de casa e dirigi o meu carro em direção ao hospital que eu trabalho.

❦ღ♥ღ❦

Já havia se passado algumas horas que eu havia chegado no hospital e estava um completo caos. Eu já perdi a conta de quantas balas eu já ajudei a retirar do corpo desses adolescentes, muitos deles pareciam vir de famílias boas e outros carregavam sobrenomes de respeito, e estavam desperdiçando as oportunidades que os pais davam para eles de mão beijada. Sei que alguns não tem uma vida boa e são influenciados a entrar nessas coisas, mas alguns dos que eu atendi os pais eram uns mesquinhos e os filhos mais ainda.

Agora eu estava sentada numa poltrona, tomando aquele café ruim que o hospital dava para os enfermeiros. Meu estado era um pouco lamentável, eu estava toda descabelada e com as mãos vermelhas e ardidas, por ter levado muito elas.

Finalmente o relógio, que havia no canto da sala, marcou o horário para a minha saída. Eu saí do hospital o mais rápido possível e fui até o meu carro.

No carro, eu fiquei refletindo, não é como se eu não gostasse do meu trabalho, mas achava ele cansativo demais e não era o que eu queria para a minha vida. Mesmo que eu ainda não tivesse descobrido o que eu queria para a minha vida, eu sabia que enfermagem, e nem medicina, era o meu sonho.

Quando eu abri a porta e entrei em casa, eu fui recebida por uma criancinha de cabelos rosas pulando em mim e me abraçando.

- Dona! Você finalmente chegou - Sanzu disse e me abraçou mais forte ainda.

- Sim, Sanzu, eu cheguei -disse rindo levemente.

Pink Cat - Sanzu HaruchiyoOnde histórias criam vida. Descubra agora