Capítulo 11- "Só você "

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Lucerys

Tudo estava irritante, os cheiros, os murmúrios estúpidos, tudo, eu estava a ponto de enlouquecer, meu lobo parecia que sairia a qualquer momento e mataria o primeiro que parecesse na frente e tudo isso por causa de Aemond.

Pelo seu sumiço.

— ACHE ELE! — gritei irritado, pela milésima vez, quando novamente nada de informações relevante, aparentemente ninguém sabia de Criston e do paradeiro de Aemond. — Vasculhe cada casa dessa merda, cada buraco! EU QUERO MEU ÔMEGA!

Eu estava transtornado, pouco me lixando pela imagem louca que estava deixando terem de mim, nada me acalmava, eu me sentia à beira de um colapso e tudo era demais, o casamento fracassou, Aemond se foi sem dizer uma única palavra.

Ele ainda estava no reino?! Ele escolheu ficar com aquele maldito?! Eu nunca pararia de procurar por ele, ele teria que me justificar, foda-se.

Ninguém chegou perto de mim, meu cheiro era predominante e eu me mantive em uma sala qualquer, sem conforto algum. Daemon não havia deixado eu sair do castelo e tinha guardas me vigiando.

Foda-se também vou fugir nessa merda e buscá-lo por mim mesmo.

— Lucerys — alguém adentrou a sala e eu não me importei de continuar sentado no chão, pateticamente, desolado. Esse alguém era Aegon, que parecia que chorou e que estava com cheiro de sangue. — Ajuda o Aemond.... Alicent, foi a Alicent.

Foi tudo o que ele disse antes de desmaiar e eu me levantei apavorado, o ômega parecia respirar com dificuldade e eu não havia o visto depois do tumulto do casamento, nem meus outros tios. Isso me deixou em alerta e logo gritei por ajuda, os guardas ficaram temerosos em vê-lo desmaiado em meus braços, cheirando a sangue.

Rosnei, o que eles pensavam que eu fiz?!

No fim, ele foi socorrido por um meistre e o Jace ficou em guarda para ele, já eu tinha assuntos a tratar com a rainha. Como uma mãe pode ter feito o que fez a Aegon?! Era claro que ele foi torturado sabe lá como e se ele falou sobre Aemond, então eu confiava nele.

Eu precisava que ele estivesse certo e que eu pudesse encontrá-lo através de Alicent.

— VAGABUNDA!— gritei enraivecido, quebrando tudo diante de mim. Seu aposento que cheirava a ômega barata estava vazio, parecia revirado. Os guardas entraram no quarto em alerta, me olhando com medo. — Eu quero Alicent na minha frente até o amanhecer!

Definitivamente isso era uma ameaça e todos já sabiam que eu estava atrás da rainha e por mais que isso fosse inadequado, eu estava pouco me fodendo com a nobreza e essas merdas. Não importa se ela ajudou Aemond a fugir, eu o buscaria e nada e nem ninguém me tiraria meu direito.

Aemond

Não sabia o que estava acontecendo, meu corpo estava mole, o frio estava penetrando meus ossos e até mesmo respirar estava sendo demais. Podia se ouvir algum tumulto lá fora, eu não sabia bem, já que eu estava fraco demais para tentar até mesmo me mexer.

Tudo doía e meu rosto estava com lágrimas secas.

— Aquele bastardo enlouqueceu! — disse um homem adentrando o quarto e eu estremeci na cama, tentando me encolher em dor. Ele me marcou, só que eu não sabia quem ele era e meu corpo o repudiava. — Aemond não é, querido? Sua mãe descumpriu a parte do acordo então... O que eu faço com você?

Por favor, alguém me ajuda.

Por favor, por favor.

Lucerys, por favor Lucerys!

O alfa se aproximou e ficou enojado com a minha situação, eu havia vomitado sangue e tudo estava uma bagunça, o terno antes branco agora estava sujo com sangue e eu até mesmo havia me mijado em algum momento de dor extrema. Eu estava um lixo absurdo e estava pouco me importando, contando que isso o mantesse longe de mim.

Ele retirou minhas cordas e até nisso eu repudiei seu toque, que caiu como brasa na minha pele e eu tive que segurar um grito de dor.

— O que eu faço com você, monstrinho? — perguntou o homem rindo e com uma voz assustadora. Eu poderia ganhar dele se não estivesse afetado, mais estava e também sem força alguma. — Você é asqueroso, olha sua situação lamentável... Ah, a vagabunda da sua mãe é desprezível também.

Ele parecia entediado, começando a tirar as minhas roupas o que me fez engolir um soluço de dor e fechar os olhos com força com o contato bruto dele, me fazia sentir nada além de nojo e dor.

Por favor, não. Por favor, por favor, Lucerys, por favor.

Ele me deixou apenas com a roupa de baixo e eu estremecia de frio, já fraco e cansado, minha mente estava ficando nublada, como se eu fosse para longe. A dor aguda em meu coração era enorme, só que ainda sim, eu não tinha forças para buscar por ar, eu sentia que estava morrendo e não me importava mais.

Eu queria ver Lucerys por uma última vez.

Era algo tolo do meu coração, mais eu queria ser egoísta, pelo menos uma vez no fim. Eu fiz tudo que pude para agradar a todos e a minha mãe nunca se sentiu totalmente bem com isso.

Ela fez isso por amor? Eu não quero amor se for doloroso, se machuca, eu não quero que ela me ame, que se importe. No fim, ela só fingiu ou fez apenas o que queria.

Pelo menos isso acaba comigo, Aegon, Helaena e Daeron seriam felizes.

Eu só queria ter a oportunidade de dizer a ele, dizer a Lucerys que eu queria, eu realmente queria casar com ele, eu aceitaria o fato de ele não me amar realmente, aceitaria que era só nossos lobos conectados e só.

Eu aceitaria Lucerys, por favor, saiba que eu aceitaria....

Só você.




Heeyy pessoas!!!
Voltei rapidinho!!!

Ver Aemond assim é uma dor profunda, oh coitado não tem paz.

Enfim, espero que estejam gostando!
Até logo!

Meu Ômega Lúpus - LucemondOnde histórias criam vida. Descubra agora