Capítulo 42
Desfecho…
Leonardo se debruçou sobre o corpo de Samuel, e lhe deu um beijo demorado em sua bochecha. O ruivo se ajeitou na cama colando as costas em seu peito sentindo o calor do seu corpo e a paz que parecia reinar como à tempos não acontecia. Nem acreditava que ele ainda estava ali ao seu lado. Que não se arrependeu no meio da noite e fugiu na surdina como um bom cafajeste que era. Era tão bom saber que alguém estava zelando pelo seu sono…
— Bom dia, amor… — um sorriso manhoso iluminou o rosto de Leonardo com a preguiça do parceiro em acordar.
— Bom dia… Amor?! — Samuel resmungou em uma careta, se aquilo fosse um sonho, não queria acordar. — Tá falando sério?
— Como nunca falei em toda a minha vida. — Léo esperou que ele abrisse os olhos, segurou seu queixo o fazendo encarar e beijou a sua boca com desejo. — Já dormimos demais, precisamos acordar.
— Só mais um pouquinho… — o ruivo espreguiçou lentamente em seus braços e encarou aquele par de olhos verdes. — Você está tão cheiroso…
— Eu já tomei banho, imagino que o pessoal não iria curtir ficar esperando nós dois brincando no chuveiro.
— Podemos brincar aqui na cama. — Samuel o segurou pela mão impedindo de se afastar, quando o outro decidiu levantar.
— Sério, levanta, temos assuntos a resolver e não quero irritar nossos anfitriões. — Leonardo colocou roupas limpas sobre a cama e se divertiu ao vê-lo se retorcer no colchão tentando se esconder nas cobertas. — Sam, para de provocar, vai!
— Só mais cinco minutos… — reclamou. Mas os edredons foram arrancados abruptamente deixando seu corpo à mostra. — Tá gostando do que está vendo? — brincou levantando e indo até o parceiro enlaçar seu pescoço e roubar um beijo.
— Veste algo para ir até o banheiro, por favor!
— Vai dar uma de ciumento agora?
— Você está pelado! — Léo jogou a toalha limpa na sua direção. — E sim, porra! Eu sou ciumento. Não quero ninguém apreciando esse corpo que é só meu.
— Seu?!
— Você entendeu. Não faz drama.
— Ok, mas vou me cobrir em respeito às garotas, não porque está exigindo. — Samuel falou enrolando a toalha no corpo, juntando as roupas e se encaminhando ao banheiro no final do corredor.
— Não demora! — Léo ainda gritou antes que fechasse a porta atrás de si.
Quando Samuel entrou embaixo do chuveiro, a água parecia lavar a sua alma, retirando todos os pecados que estavam impregnados nela. Poderia dizer que se sentia feliz com isso, mas era só para abrir mais espaços para os novos que cometeria. Se vestiu e olhou no espelho trincado na noite anterior. Sem fantasmas. Isso era bom. Viu a pele do pescoço marcada pela intensidade da boca do moreno a explorar toda aquela região na hora do sexo. Deixou-se estremecer sentindo o tesão que o pensamento provocou. Mas era fato, tinha que encarar as consequências da decisão que tomou. Precisava ter certeza que tinha tudo sob controle. Não queria pensar na possibilidade de ter tomado outra vez, uma decisão errada e tudo terminar da forma que as outras vezes que errou.
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Sequestrando o Playboy
RomansaPara ela... A vida era um eterno competir em quatro rodas. Sentir o motor do carro pulsar na mesma frequência do ritmo do seu coração. A adrenalina pulsando nas veias em cada segundo que antecede a largada, a emoção da vitória, o suspense do percu...