| LUNA |
- sai Coimbra, não tô com tempo. - aumento os passos - já te falei pra não me procurar mais.
- pô nega tô com mo saudades de tu, e você fica me tratando assim. - me puxa pelo braço - conversa comigo.
- tô falando sério cara, saí da minha cola. - aumento o tom de voz - não temos nada pra conversar.
- Qual foi, O que eu fiz pra tu? - me encara serinho - tô entendendo legal não.
- Só me deixa tá, é difícil entender? Ou vou ter que desenhar. - sinto meu celular vibrando, chegando uma mensagem atrás da outra - da pra me soltar Rafael, que inferno.
Ele não disse nada só ficou me encarando por alguns segundos antes de me soltar e sair andando arrumando o fuzil nas costas.
Me senti uma filha da puta em ter tratado ele assim, sem nem ao menos explicar o meu afastamento. Motivos eu tinha e ele era o dono daqui, vulgo meu pai. Que ameaçou em fazer algo com Rafael se eu não me afastasse. E isso tudo sem nem ao menos me explicar o porquê.
Peguei meu celular vendo as mais de dez mensagens do meu pai, mandando eu ir na boca porque ele queria conversar comigo. Já até imaginava o motivo, nesse morro qualquer coisa que eu faça é avisada a ele, vivo sendo vigiada.. vinte quatro horas por dia .
Arrumei minha bolsa no ombro e fui subindo o morro para escutar meu pai fazendo mais e mais ameaças.
[...]
- tu tá escutando porra. - bate na mesa me assustando - Se eu ficar sabendo que você anda de papo com ele, já sabe o que vai acontecer né ?
- tudo isso porque? - grito - você nem ao menos me deu um motivo. - sinto um nó na garganta, estava prestes a chorar - eu estava feliz com ele.
- Não te interessa, se eu tô mandando e pra me obedecer, eu sei o melhor pra você Luna. - aponta o dedo na minha cara, via a raiva em seu rosto - esse é meu último aviso.
- já sou maior de idade, não preciso dos seus conselhos. - encaro ele - você me sufoca, tô cansada disso.
- eu que mando nesse caralho, você vai me obedecer querendo ou não. - grita - por bem ou por mal.
Olhei pra ele e sai batendo a porta, sentia minhas vistas embaçadas pelas lágrimas que lutavam pra não cair, parecia que meu meu coração estava sendo dilacerado e o choro engasgado implorava pra sair.
Meu pai sempre foi protetor, mas essa proteção virou extrema quando a minha mãe foi morta. Passei anos da minha vida regrada em tudo, não podia brincar na rua igual todas crianças, não podia nem ter muitos amigos.
Convivi só com o Rafael pois seu pai era sub do vidigal e amigo de longas datas do meu pai, além disso a mãe dele é minha madrinha e sempre cuidou de mim.
As memórias da minha infância sempre tem Rafael do meu lado, acho que a memória da minha vida toda foi sempre nós dois.Atravessei a rua correndo, precisava ver Rafael uma última vez nem que seja pra por um ponto final em tudo, andei por algum becos pra cortar caminho e fui em direção a sua casa. Sabia que ele estaria lá... Precisava que esteja.
Senti algumas lágrimas descerem pelo meu rosto e o nó na garganta aumentar, sentei na porta de uma casa qualquer e desabei. Chorei igual uma criança sentindo uma dor crescer dentro de mim. Acabar com tudo isso vai ser pior do que eu pensava.
| COIMBRA |
Po, dias já que tô sem a minha morena, tá fácil não papo reto. Não entendi nada dessa parada dela tá me ignorando, fiz nada de errado nessa porra.
Essas ideia partiu do cuzão do pai dela que já tô ciente, foi só meu pai sumir que isso tudo começou. Meu coroa deixou só um bilhete falando que ia resolver umas parada e que quando voltasse a verdade e a justiça ia vim a tona
Entendi nada.
Mas isso aí já tem uns cinco meses, tenho notícias nenhuma dele. Minha mãe sofreu no início achando que tinha acontecido algo pior, mas os dias passaram e ninguém ligou, ninguém sabia de nada. Ele simplesmente evaporou.
Grego ficou na neurose depois de três meses do sumiço do meu coroa, e veio com esses papo de me afastar da minha dama.
Fui tirar satisfação com ele, e o pela saco me ameaçou e me cortou das missão tudo. Daqui a pouco ele me rebaixa pra aviãozinho, aí o bagulho vai ficar sério... porque além de tá com ele a anos nesse trem, nunca dei motivo pra desconfiança.
Conheço a Luna a mo cota desde que eu era um pivete, crecemo junto tá ligado. Nunca chegamo a ter algo sério, mas sempre tamo um do lado do outro nós bagulho... Considero ela pra carai.
- coe Coimbrinha faz um rango lá pra nós po, mo larica. - passa a mão na barriga.
- tô com cara de cozinheira nessa porra é? Tá tirando já. - solto fumaça do cigarro - vai lá na dona Tereza e pega uns marmitex.
- pra já amorzinho. - da um pulo levantando do sofá - cadê meu beijinho de despedida? - põe as mãos na cintura.
- viaja não Marçal, vai caçar quem te
quer vai. - levanto do sofá jogando a blusa no ombro.- porque você me trata assim hein - finge jogar seu cabelo imaginário - Luna nem te quer mais.
- qual foi, sai logo daqui tô com papo pra tu mais não. - fecho a cara - vacilão.
- relaxa viado, sofrer por amor é normal
po - da uma risada - todo mundo passa por isso.Ignorei ele e fui subindo as escadas, tava afim de me estressar hoje não. Precisava de uma ducha logo... Calor do rj tá de matar.
NOTA ↓
Oi amorecos.
Como estão?
Espero que tenham gostado do
primeiro ep, estou muito animada
pra essa história.Cliquem na estrelinha pliss e
comentem muitooo!Até o próximo.
Beijos da Cindy 💋
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PARA SEMPRE NÓS
Fanfiction📍𝙫𝙞𝙙𝙞𝙜𝙖𝙡 - 𝙧𝙞𝙤 𝙙𝙚 𝙟𝙖𝙣𝙚𝙞𝙧𝙤 [+16] "vai ser nós contra o mundo sempre, contra toda caretice de mãos dadas"