O vento leve fazia com que os grãos de areia se agitassem e erguessem pequenas nuvens de poeira em alguns pontos do cenário. Era por volta de oito da manhã e o calor do sol estava nos favorecendo. Não sei o que esperar da batalha, pode durar horas ? Ou tudo será decidido em poucos minutos?
- Léo, para onde vamos fugir se as coisas apertarem ? - Nicolas falou, ele se tremia um pouco. Nós dois estávamos observando as naves dos caçadores no horizonte.
- Não vamos dar no pé. Lembre-se da sua família quando estiver segurando o cabo dessa arma aí na sua mão.
- Me sinto impotente.. não... não é essa a palavra. Medo - ele inspirou.
- Não é errado sentir medo, só nao deixa ele te controlar. Concentra todos esses sentimentos que estão aí dentro de você e despeja nas balas. estou aqui com você, sua esposa e filho estão te esperando - Olhei para ele, já podendo ouvir o som das turbinas chegando mais perto.
Mais alguns assovios foram produzidos, mas ainda não era hora de atacar.
Tony e pike estavam ocultos da minha visão. Não sabia qual seria a função deles na missão. Papai, Cláudia e Marta estavam posicionados na proa de um dos navios encalhados. Por insistência dele, não permitiu que eu ficasse ao seu lado na batalha, afinal eles estariam no front. Mas prometi para mim mesmo que não tiraria o olho dele, queria poder lutar ao seu lado.
Sentidos em alerta, armas em punho, coração forte, alvo na mira. A GUERRA ESTÁ COMEÇANDO.
A aeronave que vinham ao centro da esquadrilha disparou um missel contra um dos guindastes e uma volumosa explosão escaldante cobriu o teto acima de nossas cabeças.
- ABRIR FOGO !!!!! - Um dos rebeldes gritou e em seguida vários urros de agitação nos inflamaram com um só objetivo, Atacar.
Apontei o fuzil contra a nave central, mas antes que eu pudesse disparar. Nicolas e eu fomos atirados contra o chão após nosso container ser atingido por outro projétil.
Meu impacto contra o chão foi violento, meus ouvidos estavam surdos e o caos que estava se iniciando me fez ficar atordoado. tentando me levantar, percebi que parte do meu ombro estava sangrando devido algum estilhaço.
As demais aeronaves sobrevoaram o porto e seguiram para o ponto mais a oeste do porto. Talvez aterrisando próximo aos trilhos de trens de carga.
Rapidamente corri até Nicolas e o ajudei a levantar, precisávamos nos abrigar em outro lugar.
- Vamos para os navios, é o lugar mais seguro - Ele gritou em meio aos barulhos de tiros e explosões que corriam entre as ferragens do porto. Ele mancava.
Não enrolando, descemos as escadas que iam direto à praia.Mas antes que pudéssemos prosseguir para onde o papai estava, da linha do horizonte um conjunto de carros semelhantes a jipes e tanques vinham a toda velocidade. Leona não era burra de trazer poucos caçadores e armamento. Não daria tempo chegar até a embarcação.
- DROGA !! DROGA !! - Virei o corpo de Nicolas para voltar até a plataforma de concreto da base primária do porto, porém fomos impedidos por Pike e Tony que chegaram de surpresa.
- Deixa ele comigo - Tony segurou Nicolas e saiu em disparada, enquanto uma cortina de fumaça crescia mais ao fundo.
- Eles são muitos, não vamos suportar - Pike segurou meus ombros. Minha audição ainda mantinha um som agudo e desconfortável.
- Minha tia não mandou notícias? - Questionei. O barulho de mais uma explosão, dessa vez em um dos navios chegou até nós.
- Eles devem estar a caminho, mas não podemos esperar por eles - Ele segurou meu braço e foi me puxando para um conjunto de três conteiners inferrujados longe do foco do ataque.
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TEMPORADA DE CAÇA
AcciónPlagio é crime. Previsto no artigo 184 do código penal, fica proibido a violação dos direitos autorais. No ano 2035, a 3ª Guerra Mundial estorou e nos conflitos foram usados diversas armas nucleares acarretando em inúmeras nações dizimadas e terri...