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| LUNA |

Aqui estava eu, criando coragem para bater no portão do Coimbra. Sabia que a minha vinda aqui era arriscada e podia colocar ele em perigo.. mas queria tanto isso, depois de días sem ele, precisava de só alguns minutos.

Respirei o mais fundo que consegui e dei três batidinhas no portão, se passou alguns minutos e nada dele. Talvez é melhor assim, onde eu estava com a cabeça de vim aqui.

Decidi me virar e ir embora, mas escutei o portão abrindo e uma voz meio rouca que eu conhecia bem tomar meus ouvidos.

- Luna? - olhei pra trás encontrando suas íris escuras me encarando - o que aconteceu, por que voc...

Sai correndo em sua direção e o abracei, a vontade de chorar voltou bem mais forte.. não queria sair dali. Senti seu perfume inundar minhas narinas, poxa que saudade eu estava.

- me desculpa por tudo - abraço ele mais forte sentindo minhas lágrimas rolarem - eu juro que não queria.

Sinto suas mãos me impulsionar pra cima fazendo minhas pernas interessarem em sua cintura, me senti segura ali como se nada me abalasse mais.

- se acalma um pouco amorinha, po quem ta te fazendo chorar assim hum? - fecha o portão me levando pra dentro  - me fala o nome que eu juro que mato.

- não queria me afastar de você. - desço do seu colo olhando pra seu rosto - ele tá me obrigando.. todo dia ameaças. - passo a mão no rosto enxugando um pouco as lágrimas.

- seu pai virou um cuzão por causa das neuroses dele. - bufa - porra o que a gente tem haver com o b.o dele e do meu
coroa? - senta no sofá me puxando.

- eu não entendo, ele não me explica nada.. eu tô cansada de viver presa. - olho pro chão - eu já tenho dezenove anos mas ele me trata como se eu fosse uma criança.

- vamo ir comigo pra França, a gente passa um tempo lá com a minha mãe. - coloca a mão na minha coxa - ela vai amar te ver po, vive me perguntando de você. - sorri.

Aquele sorriso que me fazia sentir segura, me fazia esquecer de tudo.

- queria muito, mas você conhece meu pai né.. capaz dele colocar até o capeta atrás de mim - solto uma risada fraca - só queria paz.

- porra, depois que meu pai sumiu só arrumou problema pra mim. - passa a mão no rosto - velho fudido.

Solto uma risada sincera, e vou até ele subindo em seu colo. Deitei minha cabeça em seu ombro e ficamos assim por alguns minutos. Apenas em silêncio aproveitando a companhia um do outro.

- tava com saudade de tu. - cheira meu pescoço - saudade do teu cheiro, da sua boca. - puxa meu rosto me dando um selinho - caralho sou viciado em você, tava com abstinência já.

- também tava com saudade. - beijo seu pescoço - muita.

- vamo ali matar a saudade um pouquinho hum? - desce a mão pra minha bunda apertando.

Claro que eu concordei né, já estava ferrada em está aqui mesmo o que um tempinho a mais vai mudar... A essa altura meu pai já deve estar sabendo aonde estou, então vou aproveitar cada segundo.

PARA SEMPRE NÓS (finalizado) Onde histórias criam vida. Descubra agora