Tortura

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Quando a noite caiu, o breu profundo era tudo o que consumia aquela mansão.
Seungmin estranhava aquilo tudo, definitivamente aquilo não era normal.
Algo estava errado.
Christopher estava estacionando o carro na garagem na mansão, não era tão longe, mas também precisaria dar uma boa corrida se quisesse alcançar.

Estava assustado, sabia que tinha algo definitivamente errado ali.

Quando ascendeu as luzes da entrada, seus olhos se arregalaram.
Os seguranças estavam mortos, todos mortos, com espuma branca já seca em suas faces, escorrendo de seu nariz e boca.

Suas sobrancelhas se franziram, foram envenenados.

Caminhou corajosamente para dentro, a primeira hora que ascendeu a luz da sala de jantar se arrependeu, sangue seco manchava a mesa com resto de comida, o corpo de Jeongin ainda estava sobre o chão e Changbin morto a facadas no chão.
Não saberia dizer se ele morreu esfaqueado ou fatiado, haviam pedaços de sua carne espalhadas por toda sala de jantar.

Se deparou em sequência com o corpo desmaiado de Jisung, ele não estava ferido, mas sua cabeça parecia machucada com uma queda feia, já que havia um pouco de sangue pisado próximo a sua cabeça, porém chegando próximo, percebeu que aquele sangue sequer era dele, pertencia as cozinheiras, todas mortas, assim como Changbin, havia pedaços de seus corpos em todo o lado, inclusive em cima do fogão e dentro de panelas no fogo.
Dali vinha o cheiro de comida.

- Está com fome? - a voz tão assustadora naquele momento soou atrás de si, o fazendo se virar imediatamente, arregalando os olhos a tempo de sentir o conteúdo pelando em contato com seus olhos cor de avelã.

O grito apavorado soou, enquanto o rapaz caminhava para trás com as mãos no rosto.
Seus olhos queimavam, doía como um inferno, estava derretendo, não sabia dizer o que era aquilo, mas doía para caralho.

Quanto mais se afastava para trás, não notava que estava cada vez mais próximo da poça de sangue das mulheres falecidas, quando pisou sobre a mesma, acabando por tropeçar.
Seu corpo foi de encontro ao fogão, sua cabeça foi como um ímã para a panela com a sopa de carne humana, que borbulhava em pura ebulição, seu corpo se debateu em agonia, enquanto seu crânio derretia, sua pele de sua face virava um tecido solto na panela que cada vez tomava mais o tom rubro.
Quando a panela caiu sobre seu corpo desmaiado, seu fim foi trajado naquele instante.

Minho apenas encarava, soltando a panela com o resto de óleo fervendo sobre a mesa, caminhando lentamente para o interruptor, apagando as luzes outra vez, saindo do ambiente tão apavorante.

Christopher seria sua próxima vítima, ou pelo menos, era seu alvo.

Enquanto Minho sumia na escuridão, Christopher entrava pela passagem de trás da mansão, sendo a mais proxima da garagem.
Estava atento, não era comum a escuridão na mansão pela noite, não antes de meia-noite.
Seus seguranças não respondiam o rádio e ninguém atendia o telefone, o fazendo estranhar ainda mais, principalmente pelas poças de sangue que manchavam a garagem.

Percebeu o que acontecia ali quando o corpo falecido apareceu a poucos paços de si, a camareira estava fodida (sua pele foi arrancada), os músculos expostos repletos de sangue, enquanto sua pele estava caída no chão, não tão longe dali.

Era um assassino a sangue frio, por algum motivo, sua mente caiu sobre Hyunjin, ele estava estranho naquele dia, obediente demais para seu gosto, para quem parecia sempre implorar para apanhar, ele estava bem quietinho e aceitou bem a manhã com Changbin.

Suas sobrancelhas se franziram, enquanto se aproximava cada vez mais dos corredores da mansão.
Não chegou a cozinha, assim como não ascendeu as luzes, seria dar sua localização aos assassinos.
Os passos eram silenciosos, primeiro com o dedão e por fim o calcanhar, lento e calmo, enquanto tentava manter sua respiração calma, tranquila, Seungmin também não atendia o telefone, mas o ouviu tocar vindo da direção contrária de onde caminhava, preferia manter a distância, aquilo com certeza iria dar sua localização, não poderia ir até lá.

Lentamente, o som de porta soou, próximo demais de si.
Seus olhos se expremeram, não enxergava bem nessa escuridão, mas isso também era positivo, se ele não enxergava, então os assassinos também não enxergavam.

Christopher não era imbecil, um homem milionário deveria sempre andar preparado.
Quando a silhueta surgiu devido a iluminação no quarto de onde a luz estava acesa, o som do gatilho surgiu.

Não havia dado tempo, o grito de Felix soou, enquanto o corpo ensanguentado de Hyunjin caía sobre o chão.
O ruivo correu para segura-lo, entrando na mira de Christopher, que não pensou duas vezes antes de atirar contra a cabeça do rapaz.

Faltava apenas um.

Minho não estava ali, não estava naquele quarto.

O que o fez franzir as sobrancelhas. O som de gatilho soou, o tom frio tocando sua nuca, não deu tempo, o tiro escapou pelo meio de sua testa, enquanto seu corpo caía no chão.

O de orbes violetas olhou para os três corpos falecidos, sorrindo para si mesmo antes de sair dali com tudo o que queria: Uma arma e um cartão com todas as riquezas daqueles homens imbecis que morreram nesse dia.

Gucci Pet (Han Jisung Centric)Onde histórias criam vida. Descubra agora