Ato Um

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St. Joseph, MO
August, 2024

Ano após ano, a Missouri Western State University sedia o training camp dos Chiefs com a presença integral de todos os 90 atletas da franquia, que de experientes a novatos, buscam assegurar uma vaga no elenco definitivo de 53 jogadores para a nova temporada da National Football League.
A titularidade de Travis Kelce é tão indiscutível quanto inquestionável, mas assim como Patrick Mahomes, Chris Jones, e outros veteranos que nunca se colocaram acima da regra, para o tight end, a disciplina e o comprometimento coletivo formam a base de uma dinastia vitoriosa.
Algo que se consagrou em Vegas, quando eles levaram os Chiefs à elite das franquias que conquistaram o título mais cobiçado de todos em duas temporadas consecutivas, deixando uma marca na história do esporte, principalmente se conseguirem pôr em prática o inédito feito do three-peat neste ano.
Uma façanha tão notável e sem precedentes que poderíamos passar horas e horas falando, já que a simples ideia de reduzi-la é quase um insulto à sua significância. Afinal, chegar ao palco do Super Bowl e ganhar uma vez já é um sonho realizado; duas vezes, algo para poucos; mas três vezes seguidas?
Estamos falando de algo jamais concebido ou realizado, e por isso, digamos que é como o Santo Graal do esporte, principalmente na NFL, uma competição projetada para equilibrar as condições de jogo e evitar o domínio absoluto de uma equipe, onde a pior delas tem a chance de selecionar os melhores calouros para fortalecer seus pontos mais fracos.
Assim, a liga se diferencia por sua natureza imprevisível, fazendo desta uma particularidade que torna o jogo da bola oval tão fascinante e cada vez mais popular.
Além de outras coisas, claro.
Outras coisas como...
Taylor Swift.
O calendário de 2024 já marca agosto e o romance da estrela com o maior tight end de todos os tempos continua a ser um tema quente e recorrente, com todos de olho para saber quais serão as tendências que seu bom gosto lançará nas arquibancadas dos jogos da nova temporada.
Mas verdade seja dita que, neste momento, a prioridade de seu namorado é o campo, e não acompanhar o desfile que a amada fará em seu camarote do Arrowhead.
Só que, ah... ele preferiria fazer isso sem sentir tanta falta dela.
Ansiava por treinar sem que cada segundo fosse permeado por sua lembrança, recordando como o training camp anterior havia sido um calvário, justamente quando seus corações começaram a bater em sintonia.
Doze meses atrás, cada segundo longe do celular era um tormento, e cada instante livre era uma corrida em direção ao dispositivo como um dependente químico, ansioso para reiniciar o papo com a mulher que tanto queria conhecer pessoalmente.
E, devo dizer que, no final das contas, não apenas conheceu, mas teve a felicidade de ver aquela que antes era apenas um sonho se tornar a pessoa mais importante da sua vida.
Taylor era sua alma gêmea.
Sua parceira ideal.
A mulher que o entendia como mais ninguém.
Só que agora, com um mar de milhas entre os dois novamente, a distância a transformou em uma figura remota, acessível apenas através de uma tecnologia que os conectava e, ao mesmo tempo, os separava.
E fim de papo.
Sem choro nem vela.
Apesar disso, as lágrimas teimavam em cair, e o jogador quase acendia uma vela em tributo às seis horas de fuso que distanciavam a pacata St. Joseph, casa do training camp, da elegante Londres, onde a Eras Tour estava prestes a acontecer outra vez.
A cidade que, pouco tempo atrás, testemunhou a sua participação especial na enorme turnê de sua artista favorita.
A dela.
— Mas, e aí? Não vai me falar como foi o massacre de hoje? — Uma voz feminina instigou, com um sorriso ansioso repuxando seus lábios, enquanto, do outro lado da linha, recolhido em seu aposento, ele, recém-saído do banho, recebia a pergunta através do celular.
        A cada final de dia, conforme os calouros se amontoavam em quartos compartilhados, os veteranos tinham o privilégio de um espaço próprio; um detalhe pelo qual Travis era grato, já que isso lhe permitia ter momentos de privacidade como esse.
        — Ah, nada fora do normal. Muita correria, suor e... vontade de te ver. — Em um senso brincalhão, mas com uma leve manha no timbre cansado, ele revelou enquanto vasculhava um armário, com a toalha branca destacando o âmbar de sua pele bronzeada.
        Sozinho ali, a cena era bem simples: um quarto universitário apertado e mal ventilado, com o charme de um pôr do sol norte-americano, onde um homem revirava gavetas em busca de uma cueca.
        Mas no coração da europa, o panorama era outro, pois enquanto a madrugada começava, tínhamos uma suíte requintada com lareira, varanda privativa e poltronas de couro, onde uma mulher relaxava em uma cama king-size.
        Afirmando, então, o paradoxo: tão diferentes, mas tão parecidos. Em polos opostos e contextos distintos, mas unidos por um mesmo sentimento: a saudade.
        — A saudade bateu, foi? — Ela sussurrou enquanto seus pés, inquietos e frios, buscavam em vão um calor perdido sob o cobertor, o que despertou a lembrança de quando ele estava ali, protegendo-a contra o frio noturno.
        — Sim, mas sua voz já me faz sentir mais perto de você. — Ele suspirou, finalmente encontrando uma samba-canção e pensando que, se tivesse mais tempo livre, adoraria usá-lo para organizar aquilo, mas não agora, já que aquele momento valia mais que qualquer armário organizado.
        Rotina de cão, suor na testa, cansaço nas pernas: era dessa forma que o 87 vivia suas manhãs e tardes naquele caldeirão queima-calorias chamado pré-temporada.
        No entanto, quando o sol dava indícios de se pôr, tudo mudava, porque era hora de se conectar com ela e esquecer de todo o resto.
        — E a sua me faz esquecer de tudo ao meu redor. — Ela confessou, confirmando o que ambos já sabiam: o sentimento era mútuo, a paixão correspondida, e quando o amor é assim, tão forte e verdadeiro, o que um sente, o outro também sente.
        — Ah, é? — Ele brincou, largando o celular na cama depois de rapidamente ativar o viva-voz para, discretamente, ajeitar a cueca sob a toalha molhada, já que a nudez em espaços que não eram seus o deixava um pouquinho vulnerável.
        A não ser, é claro, que estivesse em um quarto de hotel com ela.
        — Uhum... — A atmosfera londrina se aqueceu com um suspiro, enquanto o ar estadunidense era tomado por uma risada, que surgiu quando a cueca se encaixou e a toalha, em um movimento displicente, pousou no lençol.
        Ela detestava o hábito que ele tinha de largar a toalha em cima da cama.
        — A propósito... — Disfarçou quando seus dedos se fecharam em torno do pano felpudo, resgatando-o de lá ao recordar dos inúmeros sermões que já recebera, antes de continuar: — Que horas são aí mesmo? — Perguntou.
        — Não sei... — A resposta veio em forma de charada, com o timbre dela sendo enigmático de propósito ao seguir adiante: — Acho que em algum momento entre o 'já está tarde' e o 'ainda é cedo'. — Sorrindo de leve, continuou, e como de se esperar, ele bufou.
        Se o tight end não estava interessado em calcular, a cantora não seria a pessoa a dar a péssima notícia de que já era bem tarde.
        — Adoro quando você me deixa com mais perguntas do que respostas. — Do outro lado do quarto, colocando a toalha em seu devido lugar, ele berrou para o dispositivo abandonado sobre os lençóis, deixando escapar um piarregar divertido.
— É assim que te mantenho interessado. — Ironizou ela com uma meia risada, se enrolando nas cobertas e, internamente, ponderando sobre a estranha frieza daquela noite; era verão na capital britânica.
Seria o clima conspirando para agonizar a melancolia de sua solidão?
        — Mas, meu bem, você já é a pessoa mais interessante que eu conheço. — Com a resposta engatilhada, após capturar uma camiseta que criava um contraste interessante com as estampas de sua samba-canção, ele se aproximou da cama novamente.
        — Então pode ser que você ainda não me conheça direito. — Um sorriso de quem sabe exatamente o que falou apareceu nos lábios dela, já praticamente prevendo como o homem, que a conhecia por dentro e por fora, reagiria.
        — Uh, você acha? — Retrucou ele, usando um tom que deixava clara sua descrença, enfatizada pelo sutil levantar de suas sobrancelhas.
        — Acho. — Declarou ela, conforme os dedos de seus pés se enroscavam e desenroscavam nas fibras do edredom, reiterando o tédio que a incitava a espalhar boatos.
        — Parece que alguém está com os 'pezinhos' ansiosos... — Ele falou de repente, familiarizado com esse tique dela e fazendo-a suspendê-lo no mesmo instante em que sua voz prosseguiu: — Mas, hum.... até eu comentar, né? — Brincou, rindo da previsibilidade.
        — Ah, engraçadinho. — Um riso envergonhado escapou dos lábios da loira, que cobriu o rosto com a mão esquerda, pressionando os olhos antes de levá-la à testa, enquanto sua visão vagava pelo teto escuro.
        — E agora a mão na testa... estou te deixando sem graça, uh? — Já prostrado na cama, ele também observava o teto que o sol pintava de laranja e dourado, mas seus pensamentos estavam longe, ocupados pela piada.
        — Ok, onde você está? — Ela soltou, desviando o olhar do lustre apagado para as paredes do quarto, como se estivesse procurando por uma confirmação de que ele estava ali, a vigiando em segredo.
        — Não sei, mas você deveria parar de me procurar. — Caçoou ele, deliciosamente satisfeito em visualizar essa imagem, certo de que ela, sem dúvidas, percorria o cômodo em busca de alguém que sabia não encontrar.
       — Não quero... — Escapando como um gemido, a negação veio carregada do peso de um dia cheio no Wembley, onde fez inúmeras passagens de som para que a acústica fluísse perfeita quando as cortinas se abrissem na noite seguinte.
        — Tudo bem, pode procurar. — Ele aquiesceu de forma simples, sem qualquer ênfase, expondo uma serenidade que de alguma forma a fragilizou, antes de fechar os olhos, esperando que ela dissesse algo para que a conversa prosseguisse.
        Mas dali em diante, o silêncio predominou.
        Predominou porque a ânsia pela presença dele a sufocava, prendendo sua garganta enquanto seu corpo inteiro se roía pela vontade de tê-lo ali, fisicamente, vivo e real.
        Sentia isso não apenas pela falta do namorado, muito menos por simplesmente se sentir só, mas por um desespero emocional que a consumia.
        Muito.
        Consumia muito.
        Tanto que uma lágrima solitária a escapou, seguida por outra, e logo um rio silencioso pintava um atlas de angústia em suas bochechas, enquanto o medo de ser notada chorando a paralisava.
        Suas mãos se fecharam em punhos, tentando sufocar os soluços que sacudiam seu peito, mesmo que ele já tivesse escutado aquilo no dia anterior, no dia anterior ao anterior, e no anterior deste último.
        Tudo era demais.
        A vida de artista exigia tantos, tantos sacrifícios, mas, no final das contas, ainda que todos os shows em Viena tenham sido cancelados e uma tragédia fatal abalado um evento que tocava suas canções em Southport, ela engoliria o nó na garganta, esconderia as cicatrizes e subiria ao palco, porque o show tinha que continuar.
        E vai continuar, definitivamente vai continuar, mas não hoje, e definitivamente não agora, pois sem a música como escudo, em um quarto de hotel frio e impessoal, ela se permitiria ser vulnerável, confiando seus segredos à única voz que a alcançava.
        — Shh... — Ele murmurou baixinho, reconhecendo o lamento que a perseguia desde o desenrolar de tudo: a ameaça do possível atentado, o intenso contato com as autoridades austríacas e, por fim, a anulação de toda a sua agenda de shows.
        Algo que causou, poucos dias atrás, a agonizante sensação de que um precipício de desespero estava se rasgando sobre os pés dela, intensificando sua já profunda decepção.
        A situação trazia à tona lembranças que ela preferia não revisitar, mas a convicção de ter feito a coisa certa se erguia como uma pequena chama de esperança em meio ao breu de descrença.
        Desta vez, ela ao menos havia conseguido evitar o pior.
        Era melhor um palco vazio do que um cemitério cheio, e a música poderia voltar, mas a vida não.
        — Estou aqui, meu bem. — Ele garantiu, captando a angústia em cada suspiro, como tem feito desde o incidente e repete o mesmo padrão: a tentativa de distração, a esperança de um sorriso, e o inevitável retorno das lágrimas.
        — Desculpa, é que o meu dia foi tão... — Quase desconsolada, ela se esforçava para manter a calma enquanto o celular, preso à sua bochecha pela umidade das lágrimas, lhe dava a liberdade de pressionar as mãos contra o rosto.
        Mas não houve gesto que pudesse apagar as conversas daquela manhã, quando ela e sua equipe se reuniram com alguns agentes de segurança pública no estádio e a revisão de dezenas de medidas preventivas foram repassadas.
        I. O perímetro externo será completamente fechado, impedindo a formação de multidões do lado de fora.
        II. A quantidade de zonas de evacuação será dobrada, aprimorando a segurança em situações de crise.
        III. Uma rede de sensores contra explosivos será posta em funcionamento, sob a tutela de uma patrulha especializada.
        Nem mesmo a visita de três membros da coroa durante a primeira ida da turnê no centro londrino justificou a adoção dessas medidas, mas o contexto atual as tornou necessárias.
        Eles simplesmente não podiam se dar ao luxo de arriscar.
        Afinal, a responsabilidade era imensa, principalmente porque a notícia, carregada de ameaça, se espalhou pelo continente europeu com a velocidade de um incêndio em mato.
        Famílias revendo planos, vendendo ingressos e cancelando reservas em hotéis eram fatos abafados e pouco falados, mas não passavam despercebidos pela cantora.
        Ela estava a par de tudo.
       Mas o silêncio, gostando ou não, era a única forma de evitar o pânico, e ela o manteria a todo custo.
        Exceto, é claro, com seu namorado, a quem confidenciou cada detalhe, desde as conversas com os agentes do governo até a emoção de quebrar a barreira do som em um Wembley deserto.
        E ali, sentindo o conforto de sua presença virtual, mesmo separados por oceanos, ela encontrou não apenas um consolo, mas também a fé em si mesma e no futuro.
        Até porque, ele dominava a arte de ser realista sem ser pessimista, sensível sem ser dramático, atento sem ser intrusivo; era a medida certa de tudo, o ouvinte dos sonhos, e ela, com um coração que transbordava por falar, achou um cálice que acolhesse suas palavras sem derramar.
        Um cálice verde, bem bonito e cintilante, chamado Travis.
        — Caramba, já escureceu. — A voz dele constatou quando seus olhos, antes cerrados, se abriram para a negritude ao seu redor, com apenas um filete de luz escapando por baixo da porta, vinda do corredor que dava acesso aos outros aposentos.
        O tempo havia voado, e aquela madeira antiga já havia sido beijada por inúmeras batidas, em uma mensagem clara de que o jantar o aguardava, mas ele não se deixou levar pela fome.
        Seu compromisso era com ela, e ele o cumpriria até que ela encontrasse a paz no sono, algo que parecia próximo, agora que suas lágrimas haviam secado e seus segredos, encontrado um refúgio confiável.
       — Hey, babe. — O chamado escapou dela, seguido pelo alongamento preguiçoso de seu corpo, que delineou suas curvas sob o tecido da camisola, ao mesmo tempo em que seus dedos, num gesto de auto-acalento, fluía pelas ondas de seus cabelos.
      — Sim? — A voz veio dele, que sem notar, sentiu sua mão repetindo o exato movimento que ela estava fazendo, deslizando os dedos por entre os fios acastanhadas de seu corte, um pouco mais comprido do que de costume, mas ainda curto.
        — Eu te amo. — Ela sussurrou, meio que devolvendo, na mesma moeda do amor, o carinho e a compreensão que a preenchiam, com a convicção de quem sabe que essas três palavras, ditas tantas vezes, jamais perderiam seu significado.
        — Eu também te amo, meu anjo. — Em um fio sonoro, ele replicou, desnudando sua sensibilidade e mostrando que, por trás da fachada de força, lá no fundo, o pavor tomava conta ao pensar em qualquer mal que pudesse alcançá-la.
       — Vou aproveitar que ainda não virei um robô e preciso dormir. — As palavras escaparam em meio a um bocejo lento, algo que arrancou um sorriso dele, que apesar do bom humor, sabia o quanto aquela mulher sempre vivia à beira do esgotamento.
       — Durma bem, minha humana. — Tirando sarro, ele projetou o queixo e modulou a voz em um tom monocórdico, fazendo cada palavra soar como se fosse gerada por um algoritmo, recebendo uma risada que começou a aliviar o peso da conversa anterior.
        — Beep... Sistema sobrecarregado. Iniciando processo de desligamento em 5... 4... 3... — Dando corda à brincadeira, a voz dela então se transformou em um chirrido metálico, tão caricato que eliminou de uma vez o gelo, reacendendo a descontração e a sensação de conforto entre eles.
        — Negativo! Aviso crítico! Solidão detectada. Por gentileza, fornecer namorado para um check-up no sistema de afeto antes do desligamento. — Cortando-a com um timbre robótico brincalhão, como se temesse que ela realmente fosse desaparecer da linha, ele não esperou a contagem regressiva terminar.
       — Processando... Processando... Falha na busca. Parceiro romântico não encontrado. Substituindo abraços por cobertores quentinhos. — Ela continuou a imitação que, se ouvida por terceiros, soaria completamente insana, mas entre eles, fazia todo o sentido.
       — Conforto alcançado: parcial. Agendamento de contato humano recomendado. Aviso final: "Ninguém vence sozinho." - Bill Belichick. — Em um suspiro mecânico colorido por um toque de drama, quase solenemente, ele proferiu a citação motivacional do famoso treinador de futebol americano.
        — Instruções recebidas e armazenadas. Aviso final dois: "Não é bom que o homem esteja só." - Aristóteles. — A brincadeira chegou ao fim, e a risada deles, como grande uma ponte, conectou o simples quarto no alojamento em St. Joseph à elegante cobertura no topo de um edifício em Londres.
        E fim de papo.
        Sem choro nem vela.
        Apesar disso, não passou despercebido que lágrimas caíram, e o jogador, depois que a ligação chegou ao fim, realmente acendeu uma vela, dessas finas e baratas que os estudantes usavam para blecautes inesperados, retirada do fundo de uma gaveta que ele ainda não havia organizado.
        Sua chama era um vaga-lume perdido, lançando tremulações na escuridão do quarto, onde a única luz vinha através daquela pequena vela.
        E então, como um jovem peregrino diante de um altar sagrado, ele se ajoelhou junto à cama, se apoiando nos cotovelos e curvando a cabeça em direção ao chão.
        E ali, Travis orou.
        Orou para que Deus zelasse não só por ela, mas também por todos que a amavam e a queriam bem.
        Orou para que o bem subjugasse o mal, que a luz banisse as sombras e que todos estivessem seguros de qualquer perigo.
        E ali, ele foi consolado.
        A crença o amparou e uma paz inexplicável o envolveu, como um sinal de que eles não estavam sozinhos nessa.
        Em cada cidade, em cada palco, uma presença benevolente a seguiria, como um anjo da guarda velando por seus passos.
        — E, céus... como sinto a falta dela. — A voz dele, em um contraste gritante com a imagem de força que seu perfil projetava para o mundo, preencheu o espaço com a vulnerabilidade de sua súplica, entregando suas dores e esperanças.
        — Que os dias passem rápido e nos tragam o reencontro, mas, mais do que tudo, sou grato pelo Senhor a ter colocado na minha vida. — Absorvendo a oração que avançava em um ritmo meditativo, ele prosseguiu, sentindo o calor da chama refletir através de suas pálpebras.
        — Ela é um exemplo de fé e bondade que me aproxima de Ti, e quero continuar aprendendo com ela, por toda a minha vida. — Envolto por uma absoluta sinceridade, ele afirmou, certo de que o amor que os unia transcendia o acaso, impulsionado por uma força invisível e poderosa.
        — Agradeço pelo apoio que sempre me manteve firme. Amém. — E assim, com o apelo finalizado, a última palavra pairou no ar, mas ele permaneceu abaixado em sinal de humildade, como se relutasse em deixar aquele estado de comunhão.
        Aos poucos, a realidade o reconquistou, e ele se levantou, se sentando na cama com um suspiro e um olhar perdido em algum ponto além das paredes do quarto.
        Meio estranho, não?
        Quem o vê agora pode pensar que ele sempre foi assim.
        Ledo engano.
        Na verdade, isso é bem recente, e tudo graças a ela: a mulher que, mesmo tendo o mundo aos seus pés, nunca se esqueceu de quem realmente importa.
        Afinal, diante do caos na América do Sul, só lhe restou a oração, e hoje, diante da ameaça do terror, mais uma vez, sua única arma era a fé.
        O ouro não comprava sossego, e a glória não impedia a morte. Ela sempre soube disso, e hoje, ele também sabia, já que esteve presente em cada luta que a namorada travou, desde as faladas pela mídia até as que o mundo jamais conhecerá.
        E resumidamente, as estações mudaram, um ano se completou e Travis retornou ao mesmo campo de treinamento com o mesmo corpo, a mesma casca, a mesma força e a mesma vontade de vencer, mas por dentro, ele era um homem diferente.
        Ele havia aprendido a enxergar o mundo com mais empatia, seus atos eram mais prudentes e sua essência, mais madura.
Não que fosse uma pessoa ruim antes dela, longe disso, mas costumava levar a vida de forma mais despreocupada, sempre com uma piada à mão, e apesar dessa leveza continuar presente, com ela, a máscara da festa caiu, abrindo seus olhos para a vida, para o amor, e para uma versão melhor de si mesmo.
Ela o moldou, revelando o cara que estava adormecido lá dentro, o tipo de homem que entendia o que realmente valia a pena e que, acima de tudo, a protegeria com a própria vida, confiando em Deus para lidar com o que fugisse do seu alcance.
Porque eram tantas, tantas, mas tantas as coisas que fugiam do seu alcance... e essa falta de controle era uma agonia, porque todo mundo quer estar no comando de tudo, mas é uma lição que muitos jogadores da NFL, embriagados pelo sucesso, se recusam a aprender.
Até porque, o futebol americano é como uma escada rolante para o Olimpo do ego.
Começa no ensino médio, onde você é o herói do time da escola; passa pela faculdade, onde a adoração aumenta; e culmina na liga, onde você é praticamente um ser mitológico com uma conta bancária que faria Zeus invejar.
As pessoas te tratam como um todo-poderoso, a imprensa te coloca num pedestal, e quanto mais você sobe nessa hierarquia distorcida, mais a popularidade se torna uma droga viciante.
Portanto, repito e reafirmo: o tight end que vemos hoje é uma anomalia na estatística.
Jogadores como ele só se ajoelham para amarrar suas chuteiras, pois nesse universo de egos inflados e bíceps avantajados, a humildade é um item de luxo, e a fé, um acessório dispensável.
E é por isso que ele se destaca, não por seguir o que há, mas por ser o que há de mais.
— Bye-bye. — Observando a vela por um instante, como se estivesse hipnotizado, seus dedos roçaram o pavio, e a chama se desfez em um suspiro de brasa, deixando apenas um ponto rubro na escuridão.
Em seguida, com o corpo pesado pelo cansaço, mas ainda capaz de se mover, ele percorreu o quarto às cegas, tateando as paredes em busca do interruptor que, felizmente, não demorou a encontrar.
De repente, a luz inundou o quarto, revelando a mobília, a cor das paredes e cada detalhe que a noite havia escondido em uma claridade que o fez piscar, com seus olhos redescobrindo o espaço.
Na cama, seu celular vibrou, e caminhando até ela, ele o pegou, notando como o tempo havia corrido quando o visor mostrou que já se passava das oito horas, o que também o fez se dar conta de que, do outro lado do mundo, a noite já estava bastante avançada.
Nove, dez, onze...
Seus dedos tamborilam enquanto ele somava os ponteiros do fuso-horário, quando a noção que já eram mais de duas da manhã na capital inglesa o fez franzir o cenho, e a imagem dela, como um anjo adormecido sob a lua londrina, o fez suspirar de saudade.
Disparadamente, a pior parte era a incerteza de quando ele a teria em seus braços novamente. Sabia que o reencontro estava logo ali, virando a esquina, mas a falta de um cronograma detalhado o deixava mais ansioso que criança na véspera de Natal.
Ainda assim, a noite prosseguiria, e se resumiria a ouvir o burburinho das conversas e o tilintar dos talheres enquanto se servia com uma porção de frango grelhado, para então, desabar sobre o colchão, fechar os olhos e sonhar.
Sonhar que o novo dia lhe trouxesse não apenas a alegria de ser torturado por um treinador sádico e a satisfação masoquista de superar seus próprios limites, mas também a certeza de que ela estava encontrando forças para seguir em frente, radiante e resiliente.
Apesar de, no fundo, entender que esse equilíbrio só seria alcançado quando ela se distanciasse um pouco daquilo que, embora fosse sua devoção, em alguns momentos, estava sendo uma armadilha de fantasia e sofrimento, como um conto de fadas que sempre se convertia em uma história de terror.
Um tempo em um lugar remoto, longe dos holofotes, da rotina e dos padrões estabelecidos, com o colo do seu amor e a força da sua rede de apoio, era o único remédio que seu coração partido precisava para se recompor, e ela sabia, mas jamais teria a coragem de pedir por isso.
Até porque, seria egoísta esperar que todos acompanhassem suas dificuldades, certo?
Eles estavam ocupados com suas próprias vidas; vidas que não podiam simplesmente parar porque ela queria e, por isso, a ideia de passar um tempo sozinha em Nashville depois que a leg europeia chegasse ao fim era um plano bem guardado até mesmo dele.
Nem mesmo ao namorado ela queria impor o peso de seus problemas, ciente de que a pré-temporada pedia todo o seu foco e, da mesma forma, que seus amigos mais íntimos estavam envolvidos em seus próprios projetos pessoais, aos quais ela adorava apoiar, e não atrapalhar.
— E a Tay, como anda? — Um vozeirão grave, digno de um capanga estabanado, percorreu os tímpanos do tight end, que naquele instante havia acabado de levar mais um bocado de seu jantar à boca.
— Mm... — A resposta dele foi um grunhido, dando uma pequena pausa na mastigação ao apontar para os próprios lábios com o garfo, a fim de indicar que, com a boca cheia, não poderia falar no momento.
— Mhumm, mas que homem de classe! — O timbre do quarterback prolongou, gotejando sarcasmo em cada sílaba enquanto o veterano, já acostumado à língua afiada do amigo, apenas balançou a cabeça em diversão.
— Alguém tem que manter o nível por aqui. — Sem frango na boca, só sobrou o deboche no prato, algo que se evidenciou ainda mais conforme ele, num gesto lento e à la etiqueta, matou sua sede com um copo d'água.
— Nossa, quando rolar outro passeio de barco com a família real, reserva um lugarzinho na proa  pra mim também. — A retrucada, coroada por um sorrisinho que dizia mais que mil palavras, insinuou que o mochilão chique do amigo teria embutido um chip de de boas maneiras em seu cérebro.
— Com aquele óculos ridículo que você usa por aí? O príncipe te confundiria com um paparazzi e mandaria os guardas te prenderem. — O jeitão do atleta se destacou, mostrando que agora ele até podia saber a diferença entre um garfo de salada e um garfo de entrada, mas o bom humor ainda era o prato principal no banquete chamado 'sua personalidade'.
— Se aceitaram você com aquela bermuda de 'turista em lua de mel' e aquele boné que gritava 'sou americano, e daí?!', eu poderia ir até de pijama. — O caçula obviamente não deixou barato, com uma tirada tão precisa e hilária que até o alvo dela se rendeu à gargalhada, reconhecendo o seu talento em zombar.
— Dá um tempo, aquilo foi um grito de apoio aos nossos atletas! — Se justificou, ou pelo menos, tentou se justificar, sentindo os músculos do rosto tensionados em um esforço para não gargalhar ainda mais, antes de continuar: — Por sinal, o próprio M8 disse que queria levar um pouco do meu espírito olímpico pra casa, acredita? — Com um tom mais solene, deu de ombros.
— 'M' o quê?! Santo Deus, só falta você começar a chamar a rainha de 'véia'! — Fingindo estar escandalizado, Mahomes fez cena, como se o veterano tivesse cometido um crime de lesa-majestade ao chamar o príncipe assim, apesar de, no fundo, saber bem o motivo daquela intimidade toda.
— Bem, tecnicamente, ela não está mais aqui para se ofender. — Sem grandes intenções, ele caçoou só pra ver até onde aquela brincadeira iria, mas para Patrick, o comentário mais serviu para acender um interruptor em sua memória: havia se esquecido completamente daquele detalhe.
— Argh, esqueci disso. Uma santa! Que ela descanse em paz, é claro. — Soltou o mais novo, em uma tentativa tão desastrosa e cômica de soar respeitoso que o mais velho quase pôde ouvir a trilha sonora de 'The Office' começar a tocar em sua mente.
— Sem dúvidas, que ela encontre a paz que nunca proporcionou a algumas colônias... — Envolto por uma expressão séria que ameaçava desmoronar em uma risada, ele respondeu, enquanto seus olhos percorriam a mesa, se deparando com a prova de sua fome civilizada.
Nem um farelo no prato e nem uma gota no copo, o que só confirmou que a comida, realmente, não teve a menor chance.
Mas agora, quem não teria chance era o silêncio, com a turma do ronco pronta para fazer um estrondo no alojamento até o amanhecer.
Só que antes, ele teria que enfrentar aquele mar de mesas e cadeiras até chegar no quarto que, para sua alegria ou desgraça, era vizinho ao do seu parceiro de humor duvidoso e papo furado.
— Enfim, vamos nessa? — A questão saiu em câmera lenta, no embalo preguiçoso de seu bocejo, que foi eclipsado pelo barulho de uma cadeira sendo arrastada, com o quarterback reagindo à pergunta como um cão a um apito.
— Por favor! Já estava cogitando montar uma barraca aqui. — Sua reclamação foi instantânea, seguida por uma onda de risadas que não precisou de convite para tomar conta do salão, uma vez que, no fim das contas, só sobraram os dois ali.
De um lado, o sujeito 'depois eu como'; do outro, o santo 'padroeiro da paciência'.
Apelidos que invento, já que, conforme o jantar se tornava uma reunião de sobreviventes, o santo topou o sujeito cruzando as portas, quando um 'já vai?' foi a isca, e ele, como um peixe cansado, viu seus planos de hibernação irem por água abaixo, fisgado pela rede da amizade.
Local onde ficou ancorado até o último grão de arroz ser engolido pelo tight end, o que nos traz de volta ao agora, com a dupla já partindo rumo aos corredores que levam aos aposentos, vozeando por cada canto, com a leveza de antes ganhando um peso maior, quando as piadas deram lugar a uma conversa mais séria.
Afinal, a pergunta "e a Tay, como anda?" voltou a ser feita justamente quando eles passaram pelo quarto número 13, como uma superstição misteriosa abrindo um baú de sentimentos que Travis preferia manter trancado e, sinceramente, de fato teria mantido assim, não fosse pelo talento de Patrick em destrancar qualquer porta, até mesmo as do coração.
— Céus, que barra... — E lá estavam os dois, frente a frente, apoiados nos batentes de seus respectivos quartos, os braços cruzados, os olhares distantes, como se a força da preocupação pudesse conter o que estava desafiando uma segurança pública.
— Sim, está sendo uma droga... mas, você sabe, vai ficar tudo bem. — Em resposta, verbalizou Travis, permitindo que cada palavra vibrasse em sua própria mente antes de se transformar em som, na esperança de se convencer antes de convencer o amigo.
— Sim, vai sim, e você pode ter certeza disso. — Irradiando a confiança de quem já faz disso um hábito, a fala saiu de Patrick, com o timbre encorajador vindo seguido pelo gesto de seu rosto, que ao se erguer, fitou o mais alto, ainda cabisbaixo.
— E eu tenho, só que... — A voz rouca, carregada de um desconforto intraduzível, prenunciou a confissão que estava por vir: — Eu só queria poder tirar esse peso dela, sabe? Me sinto tão, mas tão inútil aqui que, caramba, não dá nem pra explicar. — E assim, a ênfase culminou num suspiro, enquanto a coragem o impulsionou a elevar o olhar, se deparando com o castanho do outro par.
— Te entendo, é normal sentir assim, mas cara, como eu já falei, isso foge do seu controle, do controle dela, e de qualquer um outro. — Um vinco marcava a testa do caçula conforme ele começava a falar, deixando claro o quanto reconhecia a gravidade da situação, que no silêncio do outro, não demorou a ser discorrida por ele mesmo.
         — Vai mesmo se culpar por algo que você não manda? É impossível bancar o herói o tempo todo, e na boa, não existe capa que dê conta de todas essas situações, então só foca no que você sente e em como você passa isso pra ela, igual você já faz, e inclusive, faz como ninguém, porque sério, isso já é uma baita força, que é exatamente o que ela precisa agora. — A torrente verbal não deu trégua, com o olhar escuro mirando no mais claro que, sem dizer nada, rompeu a distância entre eles.
Um norte.
Uma validação.
Era a luz verde que Travis precisava; e Patrick foi o cara que a fez brilhar com a força de um farol, apontando o caminho não para ser o refúgio de alguém, pois isso ele já encarnava, mas para confirmar que ele estava, de fato, cumprindo seu papel, que seus esforços não eram em vão e que, apesar da distância, ele continuava sendo um namorado competente.
— Amo você, seu filho da mãe. — Junto com essa declaração, toda a sede dele se saciou naquele abraço, pontuado por tapinhas nas costas e frases motivadoras que selaram a noite com uma sensação de plenitude inexplicável.
E assim chegou a hora de fechar os olhos, num ponto do relógio que conduziu um homem de quase dois metros à cama com a mesma convicção que o habitava nos últimos doze meses: sua vida era uma narrativa, talvez um filme, talvez um livro, e o roteirista, embora exímio em criar obstáculos, era mestre em tecer o amor.
Porque ora trágico, ora apaixonado, ele dominava tanto, mas tanto a arte do equilíbrio que, mesmo em dias difíceis como aquele, o que restava era gratidão, expressa em preces sinceras antes de nutrir o corpo e descansar a mente, certo de que, no final das contas, tudo se ajeitaria.
Se ajeitaria hoje, amanhã, no antes e no depois mas, especialmente, no sentimento que tinha por ela, algo que ele entendia ser complicado, sempre testado, mas sem dúvidas real, profundo e intenso, o transformando a cada amanhecer no homem que ele era no presente, consciente de que o dia seguinte já o moldaria em uma nova forma.
E moldaria porque esse era o jeito que tudo estava destinado a ser, e ele aceitaria de bom grado, afinal, evoluir era um presente, mas evoluir por ela era uma dádiva, ou, pelo menos, passou a ser desde o instante em que ele se deu conta que o relacionamento deles, forjado pela saudade e ajustado pelas milhas que sempre os distanciavam, precisava ser assim.
Precisava porque tinha que deixar o campo da atração física, da ânsia pelo toque e da necessidade de posse, para se converter em um compromisso emocional que, mesmo à distância, se aprofundava e se tornava cada vez mais relevante, ao mesmo tempo em que cada encontro causava uma combustão, criando o enredo perfeito.
Um roteiro complexo e desenfreado onde, separados, eles cultivavam uma conexão que ia além da pele, e quando se viam, a pele que antes havia padecido com a ausência se satisfazia no toque que, de tão fervoroso, me leva a questionar: existe algo mais belo e forte do que um amor que floresce na ausência e consome na presença?
Não.
Não mesmo, porque doía, mas como doía, e eles sofriam, mas sofriam muito... porém, toda essa situação também os fortalecia, e acima de tudo, os transformava em algo novo.
E por causa dessa alquimia, agridoce demais, que sempre os fazia sangrar só para voltar a ser mais, eles seriam eternamente gratos.
Até porque, honestamente, quem eram os dois para lutar contra ela?

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Nota da autora:

HEYYY!
O QUE ACHARAM?
PODE TER POTENCIAL?
ME DIGAM, ME ATUALIZEM, ME ILUMINEM, PORQUE PRECISO DO FEEDBACK PRA ESCREVER O CAPÍTULO DE RHODE ISLAND!

Nota da autora (versão palestra):

Hey, pessoal!
Meu... Deus... quanto tempo sem eles. Quem está por dentro do quadro de mensagens sabe que a fanfic 'Com Amor, Taylor & Travis' foi retirada do ar pelo Wattpad, e eu também sumi nesse meio-tempo, porque estava pronta para pôr fogo nessa plataforma.
O ódio e o luto continuam ali, no cantinho, tomando um café bem forte e amargo, mas é hora de seguir em frente, e por isso, apresento este spin-off, que siimm, pode ser lido à parte, sem que você precise conhecer a fanfic que mencionei.
Mas, explicando um pouco, quis começar tudo com um vislumbrezinho da evolução do Travis ao longo do último ano, pra trazer um tom mais maduro ao personagem que, embora ainda seja um bobão, é aquele bobão inteligente que conhecemos.
Além disso, tentei retratar de que maneira a espiritualidade da Taylor a ajuda a superar momentos difíceis e como isso o influencia - peço desculpas se isso incomodou alguém, mas era importante pra transmitir essa conexão entre eles.
O ponto é: esse spin-off definitivamente não se limitará a isso, e por favor, não se enganem pela tranquilidade inicial—haha—porque eu pretendo colocar alguns conflitos e muita, mas muita paixão desenfreada, ciente de que no final, tudo se encaixa!
Obrigada por ler, eu nunca resisto em despejar o que ando pensando com vocês. Ainda adoro esse espaço, e espero que tenham gostado!
Bye-bye! ❤️

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