Capítulo 41

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Nathy narrando

Só me lembro de ver aquele cara nojento beijando a Clara a força e eu indo pra cima dele e levando um empurrão. Depois apaguei.

Abro os olhos e estou dentro de um quarto de hospital, me agitei mas logo uma enfermeira veio conversar comigo.

Ela disse que eu bati a cabeça e estou desacordada ha muito tempo. Chamaram Samu pra me trazer pra cá.

- Cadê a Clara? - Perguntei apreensiva e vendo o soro descer na minha veia da mão.
- Ela precisou tomar calmante, mas está bem. - Enfermeira respondeu e eu respirei aliviada

Eu não estou conseguindo raciocinar sobre tudo e a minha cabeça doi muito. Me deram medicação pra dor e disseram que tinha uma turma grande me esperando lá fora e que dois iam entrar pra me ver.

Olhei em volta, e minha ficha foi caindo.

A Clara foi abusada. Com um beijo.

Eu apanhei. De um escroto.

Só queria o colo do Hugo agora, pra chorar e poder ser cuidada por ele.

Comecei a chorar e a porta do quarto se abriu.

- Nega como você ta? - Fael perguntou com uma cara de espanto e eu pude ver seu rosto vermelho.
- Meu amor, você ta melhor? -  Hugo questionou.

Eu não consegui responder, aumentei o choro e os dois me abraçaram.

- Eu não consegui ajudar a Clara, eu deixei ela sozinha... - Falei chorando muito
- Nathy, calma. Ela vai ficar bem. A gente tava lá. - Fael respondeu
- Eu nunca mais te deixo sozinha. - Hugo disse

Eles me apertaram ainda mais. E optei por ficar em silêncio ali com eles

- Eu amo vocês dois. - Falei
- Também amamos você - responderam em unissom e com sorriso
- Mas de forma diferente! - Respondeu Fael
- Como assim forma diferente? - Perguntei
- Hugo te ama como mulher, eu te amo como amiga. - Ele respondeu e riu, olhei pro Hugo que virava os olhos.

Hugo me deu um beijo na testa e ficou ali comigo abraçado enquanto me contava a ideia doida do Fael de se casar, ate a enfermeira vim tirar eles do quarto.

- Se cuidem, e cuida desses hematomas Fael - Falei
- Pelo ou menos ja ta sorrindo - Ele respondeu
- Fica bem e qualquer coisa me liga Nathy! - Hugo disse e veio me abraçar de novo, nos olhamos por um tempo e quase nos beijamos.

Mas Fael bateu no braço dele e falou pra andar rápido.

Ver os meninos me trouxe tranquilidade. Mas, a dor era gigante. Me medicaram um pouco mais e então eu dormi quase que o resto do dia todo e fiz exames pra ter certeza que estava tudo bem após o desmaio.

Helena narrando

Eu me sinto completamente impotente.

Meu pé foi torcido e ao me medicar pra dor, me mandaram pra casa pra descansar e os meninos me forçaram a ir.

Um domingo completamente cinza.

Não tenho ideia de como a Clara vai acordar, ela não merecia passar por isso de forma nenhuma.

Pela primeira vez, eu quem preciso do Léo e do Lucas comigo.

Chegando em casa, todos estavam em um completo silêncio.

Sera que todas as cabeças estão se culpando? E se elas não tivessem ido sozinhas no banheiro?

Subi, tomei um banho e fui ate o quarto dos meninos.

- Léo, Lucas, posso ficar aqui com vocês? - Perguntei em choro
- Claro Helena, deita aqui. - eles abriram espaço no meio de ambos e falaram em unissom.

Reencontro - Primeira Escrita. Onde histórias criam vida. Descubra agora