C𝖺𝗉í𝗍𝗎𝗅𝗈 1 - 𝑊ℎ𝑜 𝑖𝑠 ℎ𝑒?

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Não é fácil viver em um apocalipse.

Enquanto caminhava cuidadosamente pelas ruas estranhamente silenciosas, comecei a relembrar o trajeto que eu e meus amigos percorríamos todos os dias na volta da escola. Me lembrar daquilo me trazia boas lembranças, mas também um sentimento de preocupação em saber se eles estavam vivos.

Saber que eu estava simplesmente vagando sem rumo pela cidade, exposta aos perigos de sobreviver às custas de coisas roubadas e lutar com mortos que um dia já foram pessoas comuns pelo simples fato de querer sobreviver estava me deixando com noites mal dormidas, e um medo inexplicável de encarar aqueles corpos ambulantes e não ter chance de escapar da tão temida morte.

Ao ver que caminhei tanto perdida nos pensamentos, percebi que não sabia onde eu estava.

—Merda, me perdi! –Pensei.

Cheguei a conclusão de passar a noite por ali mesmo, mas como estava quase sem mantimentos entrei numa farmácia ali perto. Tudo estava muito calmo, até de mais. Estranhei mas continuei andando por entre as prateleiras que já haviam sido saqueadas. Realmente estava bastante silencioso, algo que devemos nos preocupar em tempos como este. Pus algumas coisas que achei em bom estado na minha mochila e estava caminhando em direção à saída, mas naquele momento meu corpo gelou. Em frente a porta havia uma silhueta completamente desfigurada que emitia grunhidos altos e agudos.

A rua estava começando a se encher deles e eu estava cada vez mais encurralada. Minha respiração desregulada atraiu alguns deles para dentro. No momento em que achei que iria morrer uma voz masculina ecoou pelos meus ouvidos dizendo:

— Rápido, por aqui! –disse a voz.

Imediatamente obedeci, sai correndo pela porta dos fundos do estabelecimento, e pelo contrário do que se acredita, essas coisas não são nem um pouco lentas. Tomei um pouco mais de velocidade ao meu braço ser puxado por um garoto de cabelos platinados, assim conseguindo acompanhar a corrida.

Passei a prestar atenção no que estava acontecendo, estava sendo guiada para algum lugar por cinco garotos extremamente bonitos que nunca tinha visto na vida! 

Claramente não era uma boa ideia mas eu estava sem poder de escolha no momento.

Quanto mais corríamos, mais familiar eu achava a paisagem. Mas achar algo familiar não mudaria o fato de que ainda estávamos sendo perseguidos por uma orda de zumbis famintos.

Chegamos a uma escola, onde o garoto loiro encapuzado, que por sinal era o mais baixo do grupo se apressou em destrancar o cadeado que abriu com facilidade. Agora o problema seria o grande portão que estava emperrado.
O loiro forçava contra o gradeado com a ajuda do platinado e um terceiro acastanhado, mas o esforço não estava valendo muita coisa.  Eles se afastaram para ajudar os dois que estavam armados a deixarem os mortos longe enquanto o outro tentava abrir.

Todos estavam muito nervosos com a possibilidade de não conseguirmos entrar a tempo.

Pensei em algo muito idiota, mas eu só tinha apenas uma chance de fazer dar certo. Então me distanciei e com o impulso corri e apliquei com tudo todo o peso do meu corpo no portão, que com o impacto se abriu me fazendo cair por cima do garoto que rolou comigo no chão amortecendo em parte a queda. 

— Entrem logo! – o castanho ordenou.

Assim que todos entraram a entrada foi fechada por correntes e pelo cadeado. Ofegantes, todos se sentaram no chão. 

 — Você ficou maluca!? Não pensou no que poderia ter acontecido se tivesse se machucado?? – falou o platinado em um tom mais elevado

Apenas baixei o olhar pois ainda estava tentando me recuperar da dor. Nos foi dito para entrarmos, pois mesmo dentro dos muros o pátio não era muito seguro.

Subimos dois longos lances de escada para finalmente estarmos "a salvo". me sentei no chão mesmo e logo percebi a movimentação ao meu redor, e o mesmo menino veio ao meu encontro.

— Ei, foi mal ter falado com você daquele jeito, eu fiquei um pouco preocupado sabe...
Ah, à propósito, o meu nome é Harry.
 – disse dando um leve sorriso no final.

Não escutei muito bem o que ele havia acabado de dizer, então inclinei minha cabeça um pouco para o lado em expressão de dúvida.

— O meu nome, Harry. – Ele diz apontando para si mesmo, como se tivesse lido meus pensamentos.

— O-oh sim! Eu me chamo S/n.

— Muito prazer. Como voce já sabe meu nome vou apresentar os outros.
Aquele com cara de cu e de cabelo vermelho é o Zion. – O garoto mencionado de vira para nós e dá um leve aceno.
Do lado dele é o Lawrence, nosso líder que é bem gentil. – O acastanhado olha para mim e sorri docemente, fazendo com que eu retribuisse com a mesma ação.
Aquele baixinho é o Eugene, que é o mais novo do grupo. – Olho para o menino que eu havia derrubado e ele revira os olhos em deboche, o que me fez rir.

Olho ao redor e percebo que havia faltado alguém.

— E ele, quem é? –pergunto.

— Ah, ele é o Ethan. Ele não é muito de falar sabe..

Senti um olhar queimar minhas costas, então me virei. Era Ethan. Senti minhas bochechas corarem por tamanha beleza que ele carrega. Seus olhos da cor do mar são extremamente encantadores, tal qual o seu sorriso sereno e tranquilizante.
O mesmo faz um aceno com a cabeça para mim e sai.

Senti meu rosto quente e tentei disfarçar, o que pelo visto funcionou.

Lawrence nos chamou para ir até uma das salas onde eles haviam organizado como uma sala de reuniões. Andamos até chegar numa porta onde havia uma placa com o nome C–1. O líder deslizou a porta e entramos. Realmente era bem organizada, as mesas e cadeiras estavam juntas de modo que formassem uma maior, e vários mapas e papéis com coisas importantes em murais e nas paredes.

Me sentei em uma das que estava na lateral da sala e fiquei observando a paisagem da cidade de uma maneira que eu nunca havia percebido.

Perdida em pensamentos e preocupações, mal percebi o tempo passar. Cai na realidade novamente quando a porta se abriu em um grande estrondo.
Um grupo de cinco pessoas havia entrado e alguns deles se sentaram ao chão por conta do cansaço.
Virei para olhar quem havia entrado quando aqueles olhos se encontraram com os meus.
Mal pude acreditar....Judy estava viva!
Minha melhor amiga estava viva e a salvo bem na minha frente. Corri ao seu encontro percebendo seu espanto e a abracei como se fosse a última vez que nos veríamos.

— S-S/N...!? – Disse ela com a voz trêmula.

——————{¡Continua!}———–———

1151 palavras.

•Capítulo não revisado! Relevar qualquer erro ortográfico.

•Estou tentando manter o mais próximo possível com a história do jogo, porém haverá partes onde eu irei adicionar algo a mais.

•Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência!

Obrigada por ler, até o próximo capítulo!♡

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⏰ Última atualização: May 25 ⏰

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𝘛𝘰𝘨𝘦𝘵𝘩𝘦𝘳 𝘵𝘰 𝘵𝘩𝘦 𝘦𝘯𝘥 | 𝘋𝘢𝘯𝘨𝘦𝘳𝘰𝘶𝘴 𝘍𝘦𝘭𝘭𝘰𝘸𝘴Onde histórias criam vida. Descubra agora