O Ódio Cega

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02 de fevereiro de 1983, San Francisco-CA

POV: Lars

James Hetfield e Clifford Burton haviam saído para comprar umas cervejas no bar mais próximo, deixando eu e o maldito Dave Mustaine sozinhos na casa em que todos nós vivíamos juntos. Eu  odiava aquele filho da puta ruivo de 1,90 de altura. Odiava o fato de ele me tratar como um brinquedinho sexual e depois me largar como se eu fosse uma mera prostituta. Odiava o jeito que ele me olhava durante os shows. Não podia acreditar que alguma vez na vida já o amei (ou pensei que amei), mas seus vícios me fizeram deixar de sentir qualquer coisa por ele a não ser ódio. Certa vez, o Mustaine era um cara legal, mas a bebida e as drogas fizeram isso com ele, e ele se tornou um doente

Assim que os caras saíram, Mustaine me agarrou violentamente pelo braço, deixando uma marca, e me forçou a subir para o seu quarto. -Não Dave, por favor......eu não quero.....- Ele me levou até seu quarto, trancou a porta e me jogou na sua cama, aquele lugar fedia a bebida. -Cala a boca, vadia- Ele disse e me deu um tapa forte e ardido no rosto, subindo em cima de minha cintura e prendendo meus pulsos na cama com suas mãos. - A esse ponto eu estava chorando de desespero- Por favor cara, para com isso....- Você vai ficar quieto, e vai durar até eu gozar- Ele disse, me beijando contra minha vontade e descendo até arrancar minhas calças jeans azuis e minha cueca branca. Eu tentei o empurrar, sem sucesso. -Quanto mais relutar, pior vai ser para você- Ele disse, rindo maliciosamente, retirando sua própria calça jeans cinza e cueca verde musgo e me virando de costas, me forçando a empinar minha bunda em sua direção. -E você não vai contar pra ninguém, senão eu te mato.- Ele disse, separou minhas nádegas com as mãos. Com uma mas mãos ele agarrou meu pescoço e com a outra segurou uma de minhas pernas abertas. Eu mordi o travesseiro, tentando abafar um grito de dor pela ardência quando ele me penetrou brutamente, sem avisar. -A-ah.. Isso....- Ele suspirava de prazer enquanto eu apenas agarrava minhas mãos naquele lençol sujo da cama e tentava não gritar, sem sucesso, doía muito. -PARA CARALHO, VOCÊ TÁ ME MACHUCANDO- eu gritava desesperado. -Cala a boca, puta barata.- e continuou com o que estava fazendo. Agora não me restava nada a não ser apenas ficar quieto, esperando aquele inferno todo acabar. Ele ficou uns 15 minutos me estocando com força e me dando diversos tapas que as marcas não desapareceriam em pouco tempo, até que gozou em mim, e com a mão que estava em meu pescoço, ele me jogou na cama, de bruços, levantou-se, colocou sua calça e sua cueca de volta, abrindo a porta do quarto. -Se vista, desça lá embaixo e melhore essa cara. Se os garotos perguntarem algo, bico calado, senão eu te mato- Ele disse, pela fresta da porta- Entendeu?- ele disse, autoritário e eu apenas concordei com a cabeça. Eu não tinha tempo nem pra chorar, me vesti, fui até o banheiro e olhei meu reflexo no espelho que tinha em cima da pia. Eu estava acabado, culpa daquele maldito, cheio de marcas. O pior foi quando uma vez ele me deu um soco no rosto e tive que disfarçar da melhor maneira possível, ultimamente suas agressões estão bem próximas disso. Desci até a sala, me sentei no sofá e fiquei quieto, evitando encarar o Dave que estava na poltrona ao lado. -O que foi, sua puta?- Mustaine indagou, levantando-se e apertando minha bochecha com força- N-nada- Eu respondi, cabisbaixo- Boa cadelinha...- Dave disse me acariciando no queixo, eu o olhava com nojo. Ele se aproximou e tentou me beijar, mas o empurrei -Sai, caralho!- Eu apenas queria chorar. -Me obedeça, sua cadela européia vagabunda!- Ele me deu um tapa na bochecha e me beijou, sua boca tinha um horrível gosto de bebida. Ficamos naquela atmosfera terrível por uns 5 minutos, que pareceram uma eternidade, até que James e Clifford chegaram. -E aí, vocês dois, desculpem a demora, o James errou o caminho, mas depois ele achou o bar- Cliff disse- Tudo bem, Larsy?- Ele perguntou, Mustaine me encarava de ameaçador, como se fosse me matar, cortar em pedacinhos e queimar se eu contasse algo. -T-tudo, por q-que??- Eu disse, gaguejando de desespero. Clifford percebeu a marca do tapa de antes, mas resolveu ignorar para não me deixar pior. James jogou uma cerveja para Mustaine e uma para mim. -N-não, obrigado- devolvi a cerveja- eu vou lá em cima dormir, já. Boa noite pra vocês- Eu disse, subindo ao meu quarto, trancando a porta, retirei minha camisa e me olhei no espelho, eu tinha vergonha daquelas marcas, me jogando na cama e chorando tudo o que eu tinha para chorar, descontando todas as minhas mágoas batendo no meu travesseiro, eu chorei até amanhecer, ao som de gritos e socos no andar de baixo. Estavam brigando por minha culpa. Eu não podia acreditar no monstro no qual Dave se tornou. 

Definitivamente, desde que o Mustaine se viciou em bebidas e drogas, cada dia da minha vida tem se tornado um inferno. Tenho chorado até o amanhecer desde os últimos 2 meses, estava vivendo o pior pesadelo que eu poderia ter, era como se minha vida houvesse simplesmente se tornado um livro de terror, que não tinha fim. 

POV: James

Nestes últimos meses, Dave Mustaine tem ficado muito estranho, digo 'muito' porque ele está muito estranho, especialmente perto do Lars. Toda vez que eles ficam sozinhos, o Ulrich fica mais triste, mais cabisbaixo e isso é estranho. Se eu suspeitar que o Dave faz algo com ele, deito o Mustaine na porrada até ele morrer. -Mustaine- Eu disse -Me diz cara, o que você e o Ulrich têm?- Ele me encarou surpreso -Nada, por que a pergunta?- Ele anda muito diferente e você também, além disso ele fica cada vez pior, sei lá, talvez até doente -Nada cara! Eu disse que nós não temos nada! Isso daí é só aquela vadia dinamarquesa depressiva que fica fazendo drama, caralho!- Dessa vez, Dave gritou mais alto, e Lars estava ouvindo tudo do andar de cima. -Mustaine, se eu descobrir que você está mexendo com o Lars, você é um homem morto!- falei, dando um soco na cara do Dave, recebendo outro soco em troca. Cliff, que estava na cozinha, ouviu tudo e veio correndo até a sala, Dave e eu estávamos nos deitando no soco. Obviamente, Burton foi correndo separar a briga. -Meu Deus! Parem, seus malucos! O Lars está super mal, ouvi ele chorar lá no andar de cima. Pelo amor de Deus, parem de brigar, isso vai deixar o coitadinho pior!- Clifford disse, puxando eu e Mustaine pelos braços. -Entendam, se essas brigas continuarem, eu estou fora do Metallica!- Cliff estava nos dando uma lição, mas ainda com sua imensa paciência. -D-desculpa- Mustaine quase sussurrou para mim. -Eu quero que se desculpem como dois homens adultos!- Clifford estava basicamente nos obrigando a nos desculpar. -E Mustaine, deixe o Ulrich em paz, senão você está fora desta banda! -Desculpe- Dave e Hetfield falaram em uníssono, mas quase inaudível. -Os dois, vão para cima, cada um no seu quarto!- Cliff disse, debochando do comportamento infantil por parte dos dois.

Eu e Mustaine subimos, cada um em seu quarto, e eu esmurrei o travesseiro, com todo o meu ódio, como se aquele travesseiro fosse o Dave. Levante-me e me deitei no chão por uns segundos. Me lembro de beber algo que estava numa garrafa no canto do quarto e dormir que nem um bebê.

POV: Mustaine

Ah, se aquele europeu soltou alguma coisa para o James ou para o Burton, ele vai se ver comigo, ah se vai...

Clifford idiota, eu poderia quebrar a cara daquele filho da puta do James e ele não me deixou. Estou pouco me fodendo se aquele cara vai sair da banda ou não, aqueles dois são uns palhaços. Se aquele vagabundo contar... vai se ver comigo. Dormi inquieto, por culpa daqueles dois palhaços que chamo de "colegas de banda".





Pessoas, esta fanfic já possui mais 2 rascunhos, mas eu vou melhorar eles pra postar tudo bem bonitinho aí.

My Danish Sweetheart | Klars ❤🧡💛💚💙💜🤎🖤🤍💖Onde histórias criam vida. Descubra agora