10- sai demônio

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Enquando eu acordei escutei minha mãe e Matheus conversando sobre revisar os turnos de acompanhante, e logo depoi voltei ao meu sono,pouco tempo depois acordei assustada por um bruto chacoalho em meu corpo quando abri os olhos me deparo com meu primo com cara de maluco

- você morreu ? Faz dez minutos que eu tô aqui e até agora você não tinha se mexido ainda- ele disse ainda com as mãos em meus ombros

- Eu estou treinando pra isso mas com você me atrapalhando vou ter que morrer errado- Eu disse sarcástica rindo pra ele

- Olha aqui sua praga eu acho bom você me respeitar porque até o seu amorzinho sair do trabalho quem vai ficar aqui sou eu- ele disse autoritário me olhando

- Eu quero lanche- eu respondi simples fazendo-o enrugar a testa imensa dele, em pouco tempo o mongoloide sai da sala e volta com um lanche e antes que eu retrucase ele diz

- Matheus disse que você pediria umas coisas muito específicas para complicar minha vida, então ele comprou todas as comidas que você mais gosta e deixou na cozinha, as médicas acharam a coisa mais fofa do mundo, mas se for bater em alguém só fassa quando sua mãe estiver aqui‐ o deboche em sua voz era evidente, sorte do desmiolado que eu não posso enganá-lo

- Quem disse isso? Fala o nome!- quem fui a galinha anêmica que mexeu com meu docinho, depois de muita gritaria e surtos de raiva, risos e tudo que se tem direito me acalmei pra ver minha mãe chegar, o sorriso em seu rosto indicava boas notícias, e eu fui liberada.

Chegando em casa subi as escadas como um foguete para pular em minha cama e só sair de lá quando Matheus chegasse, mais porque não fazer uma surpresa?

Pulei da cama indo até o banheiro, eu tomei um banho lavando o cabelo e esfoliando a pele, quando saí do banho eu me sequei e passei idratante por todo o corpo, e fiz um curativo resistente, fui até o guarda roupas para escolher oque usaria hoje, no final da minha análise totalmente detalhada escolhi

Uma calcinha preta de renda com uma liga de perna de cada lado também preta, e uma camiseta dele mesmo, também preta, depois de vestida fui até a penteadeira e escolhi um perfume passando, quando a mensagem acendeu a tela do meu celular Avisando que ele estava na rua de casa

Me deitei na cama de bruços com o quadril em pinado, coloquei um filme no meu celular e o apoiei no travesseiros, quando a porta foi aberta o suspiro pesado fez minha pele esquentar

- Você tá machucada, para com isso por favor- o tom de sua voz já entregava, ele não ia negar nada pra mim

- Você fala como se eu estivesse morrendo- eu disse me virando na cama

- Natasha...Meu amor, minha garota, minha vida-ele disse se sentando-se ao meu lado na cama - Você sabe que eu te amo, mas tem umas coisas que você faz... Isso acaba com a sanidade mental que eu não tenho, e eu não quero te machucar então se cubra e pare de esfregar essa boceta molhada na cara do seu amor. Tudo bem ?

- Primeiramente eu também te amo, segundamente vc tem anos o suficiente de terapia pra ter sanidade e terceiramente quem disse que você vai me machucar? Quem disse que eu quero por a roupa? E outra quem disse que tá molhada o suficiente? E é claro que eu tô bem, e você? Tá bem ? Já comeu? Quer comer ?

As minhas intenções eram claras, e minha felicidade foi intença assim que ele se curvou na cama pra me beijar, quando sua língua se encontrou com a minha eu esqueci completamente dos pontos e da dor, mais logo cai na realidade quando ele se levantou e foi até o banheiro trancando a porta sem me dar tempo para contestar, em pouco tempo pensando todos os meus sentimentos mudaram dentro do meu peito

Eu estava extremamente triste com tudo que tinha acontecido comecei a chora como uma criança, sentindo todas as dores que a adrenalina não me permitiu sentir antes, os meus soluços eram abafados pelas minhas mãos para que ninguém escutasse meu momento de fraqueza, minhas costelas doíam, as juntas dos meus dedos estavam roxas, o canto direito da minha boca ardia e ainda era como se o canivete estivesse cravado em minha pele

As náuseas que eu sentia de mim mesma por estar chorando eram tão fortes que eu estava quase vomitando.
Eu escolhi essa vida, isso é oque me mantém viva e feliz, a adrenalina percorrendo meu corpo enquanto as batidas do meu coração ficam tão fortes que ele quase pula do meu peito, meu sangue percorrendo as minhas veias em alta velocidade fazendo meu corpo esquentar, minha visão embaçando a cada vez que eu passo ao lado da morte, meu corpo tremendo desesperadamente por mais e meu cérebro misturado sem pensar direito pelos chacoalhos que eu dava nele

Minhas brigas incríveis em que o sangue na roupa e os tufos de cabelo e pele ficam em minhas mãos como lembrete da vitória, as corridas em carros caríssimos que não podem ser danificados de maneira nenhuma, contratos com pessoas perigosas o calafrio na barriga de alguém que pode ser sequestrada a qualquer momento por um louco que se diz meu pai, é a minha vida em que a policia passa perto e foge que não vê

O problema tá no nome, tá no sangue, tá na criação, ta na revolta contra o sistema opressor. O problema começa quando uma garota, uma criança, se torna a autoridade de grande fala de grandes responsabilidades, grande respeito

Sem querer enquanto pensava acabo adormecendo...

"Não demonstre fraquezas "

𝑛.𝑛.𝑛

 𝓵'𝓶 𝓬𝓻𝓪𝔃𝔂 𝓯𝓸𝓻 𝔂𝓸𝓾 Onde histórias criam vida. Descubra agora