O abismo que floresce em mim

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Distância que fere e presença que mata
Saudade implícita na ausência do mal disfarçado de bem

A lua ainda precisa do sol para brilhar
E onde estão as estrelas para fazer companhia quando o sol insiste em desaparecer?
É sabido que a existência do sol ilumina a lua,
que só brilha quando ele vai embora

Mas você não é o sol
e eu não sou a sua lua.
Meu brilho se apaga com sua presença
E quando você vai embora eu me escondo
Quando eu parto, você provoca eclipse
E o mundo chove enquanto eu choro.

Mas você não é o sol,
você não brilha só
e quando brilha, fere.

Você vai encontrar estrelas pra chamar de lua,
saber que nunca mais vou ser sua
De forma supérflua, agora atua
fingindo que brilha e flutua,
e ocultando bem quem te adula

Você não é o centro do universo
e eu já não giro mais ao seu redor.