1

617 36 7
                                    


⚠ ️ ATENÇÃO! Esse capítulo é da nova versão do livro! Lembrem-se que eu avisei que seria apagado e trocado, leia-o novamente pois acrescentei algumas coisas que farão muito sentido no enredo. Boa leitura!

𖥡 𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒐𝒔 𝒕𝒓𝒂𝒄̧𝒂𝒅𝒐𝒔

Capítulo 1

Desde tenra idade, fui instruída nas artes da realeza, preparada para um dia ascender ao trono de Helgard. Contudo, em meu íntimo, almejava a liberdade que a soberania jamais poderia conceder.

A noite envolvia o castelo com seu véu estrelado, e eu me encontrava em meu aposento, um santuário pessoal ornado com tapeçarias cintilantes e retratos de terras que jamais exploraria. A lua plena banhava o recinto, conferindo um brilho argênteo aos meus cabelos, tão escuros quanto o éter noturno.

Aproximei-me da janela, permitindo que o luar se refletisse em meus olhos enquanto contemplava o horizonte. As luzes do reino abaixo cintilavam como astros terrenos, uma visão que sempre me trouxe paz. Mas naquela noite, meu espírito estava tumultuado.

Meus pensamentos erravam até Ryomen Sukuna, conhecido temivelmente como o rei das maldições. Ele capturara minha atenção e, inadvertidamente, meu coração. Sukuna era como um cometa - fulgurante, potente e perpetuamente inalcançável. Consciente de que amá-lo era um exercício de futilidade; ele era um espírito selvagem, tão indomável quanto os ventos que rasgavam as montanhas de Helgard.

Foi então que a porta de meu quarto se abriu abruptamente, revelando a silhueta imponente de meus pais. O Rei Edward e a Rainha Anne adentraram com expressões severas que antecipavam notícias de grande importância.

─ Margareth ─ começou meu pai com uma voz grave que ecoou pelas paredes do quarto ─ Chegou o momento de discutirmos seu futuro.

Minha mãe segurou minha mão com gentileza. ─ Filha ─ ela disse suavemente ─ você se casará com o Príncipe William no próximo solstício. É uma união necessária para a estabilidade do reino.

Eu senti meu coração afundar.

─ Mas eu não amo William ─ protestei com uma voz trêmula.

─ Querida ─ respondeu meu pai com firmeza ─ o amor é um luxo que nem sempre podemos nos permitir. O dever deve vir primeiro.

As palavras caíram sobre mim como uma sentença. Eu sabia que argumentar seria inútil; a decisão estava tomada.

Com um suspiro de resignação, sentei-me à escrivaninha e iniciei a redação de uma nova carta - uma aceitação do destino imposto por minha linhagem real. As palavras fluíam de minha pena como lágrimas silenciosas - um adeus não apenas para Sukuna, mas para a jovem sonhadora que outrora fui.

Aquela missiva concluída marcava minha aceitação; estava pronta para renunciar aos sonhos juvenis e abraçar meu destino como futura monarca. Os dias vindouros demandariam de mim fortaleza e resolução. Eu seria a protetora de Helgard, a defensora de meu povo.

Após selar a carta e alocá-la junto às demais reminiscências de um passado distante, extingui a luz do abajur e me recolhi sob as cobertas. A obscuridade me envolveu como um velho aliado, mas mesmo na penumbra, a imagem do rei das maldições permanecia vívida em minha mente.

Fechei os olhos e fiz uma promessa silente às estrelas: independentemente do que o futuro reservasse, eu, Margareth Scarlett, seria uma rainha digna do amor e respeito de meu povo - e quem sabe, talvez ainda digna do amor proibido que secretamente albergava.

A notícia do meu iminente casamento com o Príncipe William se espalhou como um incêndio pelas terras de Helgard, e uma festa opulenta foi organizada para celebrar a união. O salão de baile estava repleto de nobres e cortesãos, todos adornados com suas melhores vestimentas, refletindo o brilho das inúmeras velas que iluminavam o ambiente.

Enquanto a música enchia o ar com melodias encantadoras, meus olhos buscavam involuntariamente por ele - Ryomen Sukuna. Encontrei-o à distância, conversando com uma dama cujo riso cristalino se elevava acima do burburinho da festa. Uma pontada de ciúme me atingiu, mas rapidamente a suprimi.

Enquanto observava de longe, pude notar a postura confiante de Sukuna enquanto ele conversava com a jovem dama. Ela era uma visão de elegância, com seus cabelos dourados caindo em cachos suaves sobre um vestido de seda azul celeste. Sua risada, embora encantadora, parecia forçada - como se estivesse mais interessada em impressionar do que em desfrutar da conversa.

Sukuna, por outro lado, mantinha um ar de desinteresse cortês. Seus olhos ocasionalmente varriam o salão, como se procurassem algo - ou alguém - mais digno de sua atenção. A moça, percebendo isso, tentava redobrar seus esforços para cativá-lo, tocando levemente seu braço e inclinando-se para frente para sussurrar algo que pretendia ser sedutor.

No entanto, Sukuna apenas sorriu com condescendência e ofereceu respostas breves e não comprometedoras. Era evidente que, apesar da beleza e do charme da dama, ela não possuía o que era necessário para capturar o interesse do rei das maldições.

─ Élise ─ murmurei para minha irmã mais nova que estava ao meu lado ─ Veja, Sukuna parece estar bastante... entretido.

Élise seguiu meu olhar e sorriu com malícia. ─ Oh, Margareth, não seja tão sombria. A noite é jovem e cheia de possibilidades.

Antes que pudesse responder, senti uma mão firme em meu ombro. Era ele. Sukuna me encarava com um sorriso predatório que fazia meu coração acelerar.

─ Margareth Scarlett ─ sua voz era um sussurro tentador ─ Permita-me a honra desta dança?

Sem esperar minha resposta, ele me conduziu para o centro do salão. A proximidade dele era avassaladora; seu perfume, uma mistura intoxicante de especiarias e algo selvagem.

─ Você parece uma flor prestes a murchar nesta festa ─ ele comentou enquanto nossos corpos se moviam em harmonia com a música.

─ E você parece um lobo pronto para atacar ─ retruquei, tentando manter a compostura.

Sukuna riu baixinho, um som que enviou arrepios pela minha espinha. ─ Talvez eu seja mesmo. Mas diga-me, Margareth, você teme o lobo?

A pergunta era carregada de significados ocultos e promessas veladas. Eu sabia que deveria temê-lo, mas em vez disso, sentia-me cada vez mais atraída pelo perigo que ele representava.

─ O medo é para os fracos ─ respondi com audácia.

Ele inclinou-se mais perto, seus lábios quase tocando meu ouvido. ─ Então talvez você seja mais forte do que aparenta... e talvez eu goste disso.

A dança continuou, mas as palavras de Sukuna reverberavam em minha mente muito depois da música ter cessado.

Continua...

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 10 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

 𝐎 𝐑𝐞𝐢 𝐝𝐚𝐬 𝐌𝐚𝐥𝐝𝐢𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 [ Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora