convenhamos, uma festinha para estudantes de medicina é tudo né!

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não que ricky fosse um cara ciumento. longe disso! ele era muito contido com o que sentia e sempre sabia se portar, esconder suas emoções e não deixar nada lhe controlar. e era por isso que ele definitivamente não era ciumento. além do fato de que achava o ciúme um sentimento ridículo com muita falta de confiança e quase amor de menos. e ricky não tinha nenhum desses. se amava um pouco até demais e às vezes deixava sua confiança passar um pouco dos limites. o problema não era ele, definitivamente não. porém ele não saberia explicar porque seu corpo fervia e ele se sentia tão incomodado com a quantidade absurda de pessoas tentando chegar até seu namorado. eram meninas daqui, uns caras de lá e todo mundo querendo um pedacinho de kim gyuvin. uau, como isso o fazia querer morrer, cometer uma loucura, ir lá e arrancar todo mundo de perto dele e o agarrar pra si. pra longe de toda aquela atenção excessiva.

é, ricky se sentia muito patético observando ele de longe. do outro lado da festa universitária de alguém que nem conheciam, só sabiam que era um amigo de zhang hao, mas que de alguma forma gyuvin acabou encontrando muita gente. muito mais do que a paciência de ricky e seu autocontrole poderiam aguentar. então agora estavam assim, um em cada canto da festa, porque rikcy havia expulsado gyuvin de seu lado tamanha a quantidade de gente se aproximando. se encaravam vez ou outra, gyuvin com aquele olhar arteiro de sempre e ricky tentando não demonstrar a pequena raiva que crescia. ainda assim, ele não se daria ao trabalho de admitir o quanto era patético e que talvez sentisse uma pontada saudável de ciúmes.

– ei! ricky! – foi kum junhyeon, aquele cara que nunca ficava quieto e simplesmente não tinha vergonha nenhuma e muito menos neurônios na cabeça, quem disse se aproximando sorridente seguido de seu namorado. ricky não sabia como kim taerae, com aquela alma pacífica e angelical, poderia namorar alguém tão descabeçado como junhyeon. e o pior era saber que o relacionamento deles era quase um modelo a ser seguido.

– oi ricky! – taerae sorriu gentil, se agarrando ao corpo meramente mais alto de junhyeon que se escorava na parede ao lado de ricky.

– oi. – foi só isso o que proferiu. a carranca se tornando uma expressão passiva.

– porque você tá aqui sozinho e o seu namorado tá lá conversando com meio mundo? – junhyeon perguntou tentando ser gentil, mas ele não levava jeito pra gentilezas. assim como rikcy.

– porque... – ricky soltou um suspiro. – sim. porque sim.

– porra, mas era pra vocês estarem curtindo. convenhamos, uma festinha para estudantes de medicina é tudo né! – ele falou sorridente encarando ricky e depois mirando seu namorado. taerae concordou com um aceno de cabeça e sorriu bonito como sempre fazia. até ricky seria capaz de derreter quando se tratava dele. – e fora que, bebida e um namorado bonito, não é o mesmo que pegação a noite toda? – suas sobrancelhas se levantaram de maneira sugestiva enquanto o kim ria ao seu lado.

– você tem umas ideias ridículas junhyeon. sério. – ricky negou sem jeito.

– eu sou demais isso sim. agora se você me der licença, já que você não quer ficar de beijos com o seu namorado, eu quero ficar com o meu. – e aí ele simplesmente beijou taerae ali mesmo. sem mais nem menos. sem consideração alguma ao fato de ricky estar bem ali do seu lado. do lado de ambos. porque nem taerae teve dignidade. ele simplesmente cedeu as investidas de junhyeon e agora eles estavam numa aventura incrível de mãos bobas e beijos estalados. ricky preferia ter levado um tiro a ter que viver essa experiência. agora não tinha nenhuma companhia. mas não que estivesse procurando por uma, afinal sua companhia parecia ocupada conversando com muitas pessoas lá do outro lado da festa. e nesse meio termo entre morrer de vergonha por ter um casal se pegando ao seu lado e simplesmente desistir e ceder a alguma bebida alcoólica, ricky escolheu a segunda opção. deixou taerae e junhyeon aos beijos para trás e foi direto até a cozinha da enorme casa. tudo bem, levou um bom tempo até ele encontrar o cômodo, mas nada que umas perguntas daqui e uns bêbados tentando lhe agarrar de lá não trouxessem uma resposta. e quando ele encontrou a dita cuja, foi direto a geladeira onda haviam muitas cervejas de qualidade duvidosa e pegou qualquer uma. abriu num clique e levou aos lábios, aquilo era horrível, mas não era pior do que não poder beijar seu próprio namorado, ter ciúmes e ter que ver um casal de amigos se pegando. aquela noite havia sido o auge. ricky bufou e sem pensar muito sentou na enorme bancada de mármore que havia naquela enorme cozinha. era alto o suficiente para seus pés poderem balançar e ele simplesmente ficou assim. até sua cerveja terminar. quando estava no último gole, ele viu um vulto entrar na cozinha. claro, ele sabia do que se tratava.

ciúmes!? \ gyuricky Onde histórias criam vida. Descubra agora